O público da Jornada apresenta um interesse prévio no tema e já atua, de alguma forma, com a educação quilombola. de 44,8% dos participantes das Diretrizes para a Educação Quilombola. São 2.526 escolas quilombolas em todo o Brasil (Censo da Educação Básica 2020).
No Estado de São Paulo há 23 escolas quilombolas, sendo 03 estaduais – EE Bairro Bombas, no município de Iporanga, EE Cangume, no município de Itaóca, ambas pertencentes à jurisdição da Diretoria de Ensino Regional Apiaí e EE Maria Antonia Chules Princesa, em Eldorado, pertencente à jurisdição da Diretoria de Ensino ...
De acordo com a Resolução CNE/CEB Nº 8, de 20 de novembro 2012, escolas quilombolas são aquelas localizadas em território quilombola, e este se caracteriza como espaço remanescente dos quilombos, habitado por grupos étnico-raciais, segundo critérios de consciência comunitária, com trajetória histórica própria, dotados ...
Das 5.972 localidades, 404 são territórios oficialmente reconhecidos, 2.308 são denominados agrupamentos quilombolas e 3.260 são identificados como outras localidades quilombolas. Entre os agrupamentos, 709 estão localizados dentro dos territórios quilombolas oficialmente delimitados e 1.599 estão fora dessas terras.
De acordo com dados do Censo 2022, a população quilombola do país é de 1,32 milhão de pessoas, ou 0,65% do total de habitantes do país. Os dados mostram que foram identificados 473.970 domicílios onde residia pelo menos uma pessoa quilombola, espalhados por 1.696 municípios brasileiros.
Mas é resultado da luta de homens e mulheres do Quilombo da Caveira. Foi a primeira escola quilombola inaugurada no Rio de Janeiro e o seu nome homenageia Dona Rosa Geralda, a grande liderança local, produtora de farinha, poetisa e sindicalista.
Qual a diferença entre a escola quilombola e as demais escolas?
O que diferencia uma escola quilombola de uma escola regular é o respeito à cultura e à história do local. Por causa disso, o projeto político pedagógico da escola precisa, além do núcleo comum, estar voltado para a realidade local.
Além da rede de ensino, a escola também é classificada conforme o local onde se encontra. De acordo com o MEC, a instituição de ensino pode se enquadrar em quatro categorias diferentes de localização, sendo: urbana, rural, território indígena, território quilombola, e assentamento.
A escola nas comunidades quilombolas é uma garantia de educação para estudantes da educação básica que residem em comunidades quilombolas. Para isso, as escolas quilombolas devem ser garantidas pelo poder público e organizadas com as comunidades e movimentos sociais.
A educação quilombola acontece nas comunidades por meio do compartilhamento de conhecimentos e saberes entre todos. Já a educação escolar quilombola visa uma aproximação entre os saberes da comunidade e os curriculares.
A falta de infraestrutura escolar, as dificuldades de transporte e o apagamento histórico dos quilombolas no conteúdo das disciplinas são alguns dos entraves. Em 2012, foram criadas as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Escolar Quilombola na Educação Básica.
Como as crianças quilombolas fazem para frequentar a escola?
A comunidade quilombola trata-se de um fértil território educativo, onde crianças recebem uma educação integral, brincando, experimentando, conversando e observando as demais crianças e adultos.
Lei nº 10.639/2003 - Altera a Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade da temática "História e Cultura Afro- Brasileira".
Qual é o principal problema enfrentado por quilombolas em Idade escola?
Falta de salas de leitura, de bibliotecas e de internet, salas superlotadas, além de alimentação e transporte escolar precário são alguns dos problemas enfrentados por escolas quilombolas no Brasil.
O currículo de uma escola quilombola deve oferecer atividades e metodologias que contemplam e valorizam os saberes e fazeres locais, a oralidade e a ancestralidade, fazendo com que os estudantes não se sintam invisíveis e desconexos da sua realidade.
Destina-se ao atendimento educacional diferenciado das populações quilombolas rurais e urbanas e deve ser garantido pelo poder público e organizado em articulação com as comunidades quilombolas e os movimentos sociais.
A educação quilombola é fundamental para a valorização e manutenção de nossa existência – negada pelo Estado e por parte da sociedade –, para que todos conheçam nossa cultura, e possam promover autoestima de crianças e jovens, que desde cedo são vítimas de discriminação.
As comunidades quilombolas do Brasil tiveram início na metade de 1500, quando grupos de africanos e afrodescendentes escaparam da escravidão e se reuniram em comunidades coesas para resistir à recaptura, ocupando terras de difícil acesso, longe das fazendas de monocultura.
Ganga Zumba, Gangazumba ou Grande filho do Senhor (Reino do Congo, 1630 – Capitania de Pernambuco, 1678), foi o primeiro líder unificador do Quilombo dos Palmares, governando entre 1670 e 1678.
Segundo as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Escolar Quilombola, de 2012, estas escolas devem estar inscritas em suas terras, e ter uma pedagogia própria em respeito à especificidade étnico-cultural de cada comunidade, bem como reconhecer e valorizar sua diversidade cultural.
Quando pensamos em quilombo no Brasil vem à nossa mente o famoso Quilombo dos Palmares, sediado no Nordeste e que contemplou uma rede de 12 quilombos, chegando a contar com mais de 20 mil pessoas.
Quantas comunidades quilombolas existem no Brasil em 2024?
O número é muito acima dos cerca de 467 territórios quilombolas oficialmente delimitados por Unidades da Federação no país. É o que revelou nesta sexta-feira (19) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Pessoa Quilombola é a pessoa que, morando ou não em um quilombo, se identifica com a cultura quilombola. Ela pode estar matriculada em qualquer etapa da Educação Básica, bem como na Educação de Jovens e Adultos (EJA).