Quantas pessoas morrem por ano por causa do cigarro eletrônico?
O pneumologista David Coelho foi quem fez o diagnóstico. Entre 2019 e 2020, foram registrados nos Estados Unidos, quase 13 mil internações e 68 mortes por EVALI. David Coelho fala sobre os elementos na composição dos aromatizantes usados nos cigarros eletrônicos que causam danos à saúde.
Dr. Márcio: Eu diria que a diferença é que o vape tem potencial para matar mais rápido. O cigarro comum leva anos para gerar doença pulmonar obstrutiva crônica e câncer, por exemplo. No caso do cigarro eletrônico, vai depender da composição do produto.
Por ano, são 161.853 mortes anuais. O tabagismo é o terceiro fator de risco para anos de vida perdidos ajustados por incapacidade. No mundo, o tabaco mata mais de 8 milhões de pessoas anualmente, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS).
Os principais riscos do consumo do cigarro eletrônico são o surgimento de câncer, doenças respiratórias e cardiovasculares, como infarto, morte súbita e hipertensão arterial.
Quantas pessoas fumam cigarro eletrônico no Brasil?
O dado é do Ipec, instituto de pesquisas, que aponta quase três milhões de adultos usuários do cigarro eletrônico no Brasil. No topo da lista, os estados do Paraná e Mato Grosso do Sul e também o Distrito Federal.
O pneumologista David Coelho foi quem fez o diagnóstico.
Entre 2019 e 2020, foram registrados nos Estados Unidos, quase 13 mil internações e 68 mortes por EVALI. David Coelho fala sobre os elementos na composição dos aromatizantes usados nos cigarros eletrônicos que causam danos à saúde.
Embora estejam disponíveis online e em comércios físicos, a comercialização, importação e propaganda de todos os tipos de dispositivos eletrônicos para fumar são proibidas no Brasil. Para ele, o alvo da indústria dos cigarros eletrônicos são os menores de 18 anos.
Cada pod do cigarro eletrônico no formato de pendrive contêm 0,7 ml de e-líquido com nicotina, possibilitando 200 tragadas, similar, portanto, ao número de tragadas de um fumante de 20 cigarros convencionais.
Contêm ainda mais de 80 substâncias químicas, incluindo cancerígenos comprovados. O uso da nicotina aumenta o risco de trombose, AVC, hipertensão e infarto do miocárdio, entre outros. Estudos também mostram que o cigarro eletrônico aumenta em cerca de três vezes as chances do usuário fumar também cigarros comuns.
Diversas evidências científicas já demonstraram que o uso de cigarro eletrônico ou de narguilé causam riscos semelhantes e até maiores que outras formas de fumar. Ainda assim, em geral, não é possível apontar o principal vilão, uma vez que ambos têm como base o tabaco, produto prejudicial à saúde.
No Brasil, estima-se que as mortes em decorrência do fumo cheguem a 200 mil por ano. Doenças do coração, bronquite, enfisema, câncer e doenças vasculares são as complicações mais conhecidas ocasionados pelo tabaco. Mas a lista não fica por aqui.
No Brasil, as principais causas de morte já são as doenças não transmissíveis, com destaque para as doenças cardiovasculares, os diversos tipos de câncer, diabetes, doenças respiratórias e do aparelho digestivo (gráfico).
A China lidera a lista dos dez países com mais fumantes em 2019, totalizando 341 milhões de consumidores: um em cada três fumantes no mundo vivia há dois anos na China. Depois da China, seguem-se Índia, Indonésia, Estados Unidos, Rússia, Bangladesh, Japão, Turquia, Vietnam e Filipinas.
Quando vaporizadas e inaladas, essas substâncias usadas nesses aparelhos podem causar tanto mal quanto o cigarro comum. Como contém concentrações altíssimas de nicotina, muitas vezes transformada para se tornar mais rapidamente absorvida, esses "cigarros" provavelmente até mais rápido que os convencionais.
“Comparando fumaça de cigarro com o vapor, o aerossol do eletrônico, quando você procurava os produtos convencionais do cigarro, como monóxido, alcatrão, não tinha. Então, tem menos substâncias tóxicas, consequentemente, é mais seguro.
As inflamações e lesões causadas no trato respiratório não são os únicos problemas que o cigarro eletrônico é capaz de trazer à saúde. Os efeitos nocivos no corpo também aumentam o risco de desenvolver câncer de pulmão. Essa tendência recente levou ao desenvolvimento de diversas pesquisas em torno do tema.
Segundo um estudo feito pelo Center for Tobacco Research do The Ohio State University Comprehensive Cancer Center e da Southern California Keck School of Medicine, ambos dos Estados Unidos, apenas 30 dias de consumo dos chamados vapes podem gerar problemas respiratórios severos, mesmo em pessoas com boas condições de ...
"Destaco o aumento do risco da iniciação de jovens e adolescentes ao tabagismo, a alta prevalência de uso em países que permitem tais produtos, em especial por crianças, adolescentes e adultos jovens e ausência de estudos que comprovem que estes produtos provoquem menos danos à saúde", afirmou Buvinich.
Há DEFs que chegam a ter concentração de 5% de nicotina, o que quer dizer que cada mililitro do “juice” (líquido contido nos DEFs) tem 50 mg de sal de nicotina. Em média, cada cigarro tem um pouco menos de 1 mg de nicotina.
Este pod descartável oferece até 8.000 puffs, ou seja, ele é o equivalente a 7 maços de cigarros convencionais, sem a necessidade de recarga ou manutenção. Com bateria interna de 550mAh e design compacto e elegante, o Ignite V80 é ideal para levar para qualquer lugar.
De acordo com a agência, a norma não trata do uso individual, porém veda o uso dos dispositivos em ambiente coletivo fechado. O não cumprimento é considerado infração sanitária e levará à aplicação de penalidade, como advertência, interdição, recolhimento e multa.
1º Esta lei tipifica criminalmente a produção, importação e comercialização de cigarros eletrônicos, alterando o Decreto- Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940, Código Penal. para venda cigarro eletrônico. Pena – reclusão, de um a cinco anos, e multa.”