Natura (NTCO3) conclui venda da Aesop para L'oreal por US$ 2,58 bilhões. A Natura (NTCO3) anunciou nesta quarta (30) ao mercado a conclusão de venda da Aesop para a L'Oréal. A venda da Aesop consistiu em uma transação de US$ 2,58 bilhões (R$ 12,5 bi) anunciada ainda em meados de abril.
Primeiro passo fora do País na estratégia de construção de uma plataforma global de marcas de cosméticos, a Aesop entrou no radar do Natura em 2012, com a compra de uma fatia minoritária, por US$ 71,6 milhões.
A Aesop foi adquirida pela Natura em 2013, seguida pela compra da fabricante de cosméticos The Body Shop, em 2017. Já em 2019 foi feito acordo para a compra da Avon. Essas medidas aumentaram a alavancagem financeira da companhia, o que levou a Natura fazer em 2020 dois aumentos de capital, totalizando R$ 8 bilhões.
A Natura então bateu o martelo e comprou a Avon Products, em um negócio que acabou criando o quarto maior grupo de beleza do mundo, quando a empresa pagou a bagatela de cerda de US$ 2 bilhões pela sua rival norte-americana que já tem mais de 130 anos de história.
Estabelecida em Melbourne, na Austrália, em 1987, Aesop vem desenvolvendo fórmulas de alta qualidade para o cuidado do rosto, do cabelo e cuidado do corpo. Aesop se expandiu e hoje vende produtos em 27 países em todo mundo, e cada uma de suas 247 lojas exclusivas tem projeto arquitetônico único.
NATURA ASSINA VENDA DA AESOP POR US$ 2,5 BILHÕES PARA L'ÓREAL
Para quem a Natura foi vendida?
A Natura &Co vendeu para a Goodman Brasil, gestora de ativos imobiliários, a antiga fábrica da Avon, na sequência do plano de integração das operações da marca com as estruturas da Natura. Por isso, a partir de 2024, a produção migrará de “forma gradual” para as plantas da Natura em Cajamar.
A empresa, que é uma subsidiária não operacional da brasileira Natura, vendeu seus ativos nos EUA em 2016 e hoje detém a marca Avon fora do mercado americano. A Natura concordou em financiar até US$ 43 milhões em custos com o processo de recuperação judicial, informou a Avon.
Natura manteve a primeira colocação pelo oitavo ano consecutivo. O Grupo Boticário ficou em segundo, enquanto a Avon ficou, pela primeira vez, entre as cinco melhores do levantamento, em 5º lugar, subindo duas posições em relação a 2020.
É o que afirma a revista norte-americana WWD Beauty Inc, que acaba de divulgar os vencedores do Prêmio Top 100, seu ranking anual das maiores empresas globais de beleza, elegendo a L'Oréal como a número um.
Última atualização em 19 de fevereiro de 2024 às 13h34. Em meados de novembro, a firma de private equity Aurelius anunciou que havia adquirido da Natura a marca britânica de beleza The Body Shop, em um acordo de R$ 1,25 bilhão dos quais R$ 563 milhões seriam pagos em cinco anos.
Em janeiro de 2020, a Natura concluiu a compra da Avon, em um acordo de cerca de US$ 2 bilhões, que criou, na época, o quarto maior grupo de cosméticos e beleza do mundo. A aquisição trouxe, porém, o desafio de recuperar a companhia americana, que vinha em uma trajetória descendente no setor.
No Brasil, quarto maior mercado de beleza do mundo, a companhia completou 60 anos em 2019 e é uma das líderes entre as empresas de beleza, com um portfólio de 19 marcas no país, como L'Oréal Paris, Maybelline, Garnier, Niely, Colorama, Kerastase, L'Oréal Professionnel, RedKen, La Roche-Posay, Vichy, SkinCeuticals, ...
Somos um grupo de 4 marcas orientadas por propósitos, com origem nos quatro cantos do mundo. Avon, Natura, The Body Shop e Aesop, cada marca com missão e espíritos únicos, todas orientadas por propósitos, compartilhamos o compromisso com práticas éticas e sustentáveis em nossos negócios.
Publicado em 3 de abril de 2024 às 07:33. Última atualização em 3 de abril de 2024 às 14:51. Num ano difícil para o varejo, o Grupo Boticário foi na contramão, com uma alta de 30,5% nas vendas, para R$ 30,8 bilhões – encostando na Natura &Co, que faturou R$ 34,7 bilhões no ano passado.
A Natura ocupa o primeiro lugar no ranking pelo décimo ano consecutivo, mesmo tempo de duração do próprio ranking no Brasil. Na indústria da beleza, o Grupo Boticário conquistou a 4ª colocação, a ser comparado a uma sétima posição em 2022.
Voltada a mulheres que trabalham ou empreendem, a Eudora se tornou a marca do Grupo Boticário que mais cresce. Com um faturamento de 1 bilhão de reais em 2018, a Eudora é um case do poder da tradicional venda direta.
Dificilmente algum brasileiro não conheça ou não tenha usado algum produto da Natura, a gigante dos cosméticos. Com a compra da Avon no final de 2019, a companhia se tornou a quarta maior do setor de cosméticos do mundo. Antônio Luiz Seabra é um dos fundadores da Natura, empresa criada em 1969.
O “inferno astral” da empresa brasileira se dá por uma combinação de endividamento elevado, em razão da captação que a Natura fez para comprar a Avon, em 2020, e pelo ciclo de baixa no mercado de consumo de cosméticos do Brasil e dos Estados Unidos.