O histórico anterior era de uma inflação que chegava a 5.000% ao ano." "Com essa desvalorização, se o indivíduo ganhava R$ 100 em 1994 agora precisa de R$ 400 para poder atender aos seus desejos", diz o professor de Economia do Insper Oto Nogami.
Em 1994, um apartamento de 211 metros quadrados, três dormitórios, varanda com churrasqueira e duas vagas na garagem no bairro do Morumbi, em São Paulo, custava R$ 94.340. Hoje, um imóvel com essas mesmas características custam entre R$ 600 mil e R$ 800 mil.
Quanto custava um quilo de feijão preto tipo 1? Resposta a - O quilo do feijão preto tipo 1 custava entre R$ 0,95 e R$ 1,25 nos supermercados em agosto de 1994. Hoje, sai por cerca de R$ 4.
Em 1994, com R$1,00 era possível comprar um destes itens: 🐔1 kg de frango 🥔2,8 kg de batata 🥛1,5 L de leite 🥖700 g de pão Este é o efeito da inflação: o poder de compra é corroído, como um imposto invisível. Ficamos assim cada vez mais pobres.
O almoço da família com carne de primeira exigia um gasto de R$ 6,80, caso a pedida fosse um quilo de filé mignon - preço médio de 1994 com inflação histórica descontada.
Laticínios: Um litro de leite custava em média R$ 0,80, enquanto um pote de manteiga de 250g saía por R$ 1,20. Já um quilo de queijo fresco era um pouco mais caro, custando cerca de R$ 2,50. Frutas e verduras: Uma maçã, banana ou laranja custava em torno de R$ 0,10 cada.
Mas nossa moeda não é reserva de valor. Se fosse, teria ao menos mantido o mesmo poder de compra que tinha quando surgiu em julho de 1994, quando o arroz custava R$ 0,64 o quilo, o pão francês, R$ 0,09 a unidade, e o filé mignon, R$ 6,80 o quilo (veja outros valores da época aqui).
Em 1994, após surgimento do Plano Real, uma unidade de pão francês custava, em média, 9 centavos. Preço do produto subiu até agora bem acima da inflação oficial.
Isso porque, de lá para cá, houve um acúmulo de inflação e a moeda se desvalorizou. Ou seja, para arcar com a compra de R$ 1 em 1994, você precisaria de R$ 8,08 do dinheiro de hoje.