Os 5.570 municípios brasileiros geram 3,44 milhões de toneladas anuais de resíduos plásticos que podem acabar no Atlântico. A quantidade lotaria uma média de 344 mil caminhões de lixo. Isso mostra que ⅓ das 10,33 milhões de toneladas produzidas nacionalmente é mal gerenciado.
Segundo um estudo do Blue Keepers, projeto ligado ao Pacto Global da Organização das Nações Unidas (ONU), o Brasil é responsável por 3,44 milhões de toneladas de plástico que chegam aos oceanos todos os anos. Estima-se que há acumulado nas águas de 86 a 150 milhões de toneladas desses resíduos.
A China, apesar de começar a apostar em melhorar o ambiente e a investir em energias renováveis, ocupa o topo da lista, produzindo mais de um milhão de toneladas que vai parar ao mar.
O painel apresentou as estimativas mais recentes de emissões de gases de efeito estufa no Brasil, o sexto maior emissor climático do mundo e anfitrião da COP 30. O país emitiu 2,3 bilhões de toneladas brutas de gases de efeito estufa em 2022.
Do 1,8 bilhão de toneladas de gases emitidas em 2021 pelo sistema de produção de alimentos, 77,6% vem da produção de carne. Dessas, 70,6% da mudança no uso da terra -- ou seja, desmatamento. Outros 29,2% vem da produção em si. Os outros 0,2% vem do uso de energia e produção de resíduos.
O documento foi divulgado nesta semana e traz dados de 7.800 localidades em 134 países - o Brasil é o 83º colocado. O município brasileiro que apresentou o pior índice de poluição foi Xapuri, no Acre.
O Brasil emitiu 2,3 bilhões de toneladas brutas de gases de efeito estufa em 2022. O número representa uma queda de 8% em relação ao ano anterior, quando foram emitidas 2,5 bilhões de toneladas, mas ainda é um nível de poluição em patamares elevados.
"A maior parte das emissões brutas (92%) é causada por alterações de uso da terra, que em sua maioria consistem no desmatamento do bioma Amazônia, que concentram 77% (911 MtCO2e) das emissões brutas do setor em 2021", ressalta o Ipam, em nota.
A China é o país que mais emite gases de efeito estufa (GEE). Em 2022, por exemplo, a nação asiática liberou 15,68 gigatoneladas (Gt) de gases. Esse valor representa 29% de todas as emissões globais. Em segundo lugar estão os Estados Unidos, com 6,02 Gt –menos que a metade das emissões chinesas.
Segundo o IQAir, apenas Austrália, Estônia, Finlândia, Granada, Islândia, Ilhas Maurício e Nova Zelândia não registraram índices de concentração de poluentes do tipo PM2,5 superiores aos indicados pela OMS – média anual igual ou inferior a 5 microgramas por metro cúbico (µg/m3).
O petróleo é um dos maiores poluentes dos mares e é um produto altamente tóxico. A contaminação ocorre em alto mar quando há um vazamento – e quando um problema desses acontece, é muito difícil contê-lo.
Embora apenas 25% do fundo do oceano seja mapeado atualmente, já se sabe que o aquecimento em zonas mais profundas vem se dando em um ritmo sem precedentes. O ano de 2023 registrou recordes em temperaturas oceânicas. A publicação também aponta que o aquecimento está se tornando mais acelerado.
Os 5.570 municípios brasileiros geram 3,44 milhões de toneladas anuais de resíduos plásticos que podem acabar no Atlântico. A quantidade lotaria uma média de 344 mil caminhões de lixo. Isso mostra que ⅓ das 10,33 milhões de toneladas produzidas nacionalmente é mal gerenciado.
Xapuri (AC), Osasco (SP) e Manaus estão entre as primeiras na lista de cidades que excedem de 3 a 5 vezes o parâmetro da OMS (entre zero e cinco na escala de material particulado com diâmetro de até 2,5 micrômetros).
Começando pelos menos poluídos, estes incluem a Suécia, a Irlanda, a Noruega, Portugal, o Liechtenstein, a Dinamarca, o Reino Unido, Andorra, a Letónia, a Ucrânia, os Países Baixos, o Luxemburgo, a Suíça, a Alemanha, a Bélgica, a França, a Áustria, a Espanha e a Rússia.
O estado de São Paulo tem as 12 cidades com os piores índices de poluição do ar, conforme um estudo do Ministério da Saúde em parceria com o Ministério do Meio Ambiente.
No entanto, entre os 10 maiores emissores de CO2 do mundo, os Estados Unidos são o país com os níveis mais altos de emissões por habitante. A taxa de emissões per capita do país é o dobro da chinesa e oito vezes maior que a da Índia.
Desmatamento na Amazônia foi principal responsável pela elevação de 9,5% nos gases de efeito estufa verificada em 2020, indicam dados do Observatório do Clima. As emissões brasileiras de gases de efeito estufa em 2020 cresceram 9,5%, enquanto no mundo inteiro elas despencaram em quase 7% devido à pandemia de Covid-19.
O Brasil não foi destaque negativo, mas também não foi positivo. No meio da lista, ocupa a 83ª posição – menos poluído que Grécia (57º lugar) e que o vizinho Chile (53º), mas com pior qualidade do ar que nos Estados Unidos (102º) e Argentina (101º).
Belo Horizonte, Minas Gerais. Belo Horizonte foi considerada a metrópole brasileira com melhor nível de qualidade do ar, segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde).