Pesquisas mostram que o uso desta droga fulminante começa, em média, aos 13 anos de idade. O crack é feito a partir dos restos da cocaína. É tão forte que mata 30% dos usuários nos cinco primeiros anos de vício. Dos que sobrevivem mais tempo, pouquíssimos conseguem largar o vício.
Quanto mais rápida é a droga, mais rápida é a dependência que ela cria. O crack tem uma capacidade destrutiva intensa. O usuário não o consome porque quer, mas porque precisa — explica, acrescentando que 30% dos que usam crack há mais de cinco anos acabam morrendo pelos efeitos da droga.
Pacientes podem morrer de doenças cardiovasculares (derrame e infarto) e relacionadas ao enfraquecimento do organismo (tuberculose). A causa mais comum de óbito é a exposição à violência e a situações de perigo, por causa do envolvimento com traficantes, por exemplo.
Doses muito elevadas podem provocar uma temperatura corporal muito elevada que pode ser letal (hipertermia). A overdose pode ser fatal. O crack aumenta a pressão arterial e a frequência cardíaca, e pode perturbar o ritmo cardíaco (um quadro clínico denominado arritmia ).
Os efeitos psicológicos são euforia, sensação de poder e aumento da auto-estima. A dependência se constitui em pouco tempo no organismo. Se inalado junto com o álcool, o crack aumenta o ritmo cardíaco e a pressão arterial o que pode levar a resultados letais. Tratamento – Depende do estado de cada paciente.
VICIADOS EM CRACK: TUDO SOBRE A SUBSTÂNCIA E SEUS EFEITOS
Qual é a brisa do crack?
A química do crack causa uma baderna no corpo, com efeitos desejados – como sensação de mais energia, hiperatividade, bem-estar, elevação do estado de alerta – e indesejados – como aumento dos batimentos cardíacos, da pressão sanguínea e até alucinações, depressão, pânico e paranoia.
Instala-se cerca de 15-30 minutos após cessado o uso da droga, persistindo por cerca de 8 horas e podendo estender-se por até quatro dias. O usuário pode sentir depressão, ansiedade, paranoia e um intenso desejo de voltar a usar a droga, o craving ou fissura.
O uso prolongado da droga pode levar a uma série de problemas físicos e psicológicos, incluindo doenças cardíacas, problemas pulmonares, transtornos mentais e dependência. Segundo estimativas de especialistas, a expectativa de vida de um usuário de crack (não tratado) é de 8 anos.
“O crack não deixa ninguém agressivo, só permite que ele libere a agressividade que, em outras circunstâncias, controlaria”, explica. A substância química também pode gerar quadros de desnutrição, ansiedade e depressão.
Devido à sua forma de consumo, fumado, ela proporciona uma absorção mais rápida, intensificando os efeitos do mesmo. Isso faz com que o crack seja ainda mais perigoso e difícil de controlar, levando a um vício mais intenso e rápido.
Abandonar o vício não é uma tarefa simples. Requer tratamento adequado, mudanças de estilo de vida, perspectiva de melhoria de vida e, claro, uma forte rede de apoio. “A dependência pode repercutir na qualidade das relações do usuário.
Quanto tempo um viciado em crack consegue ficar sem a droga?
O usuário de crack precisa de pelo menos 45-90 dias para se desintoxicar e mais de 90 dias para desenvolver mecanismos capazes de evitar o consumo da droga.
“O contato direto dos dentes com a cocaína e o crack com o tempo acaba resultando em erosão dental, enfraquecendo o esmalte e expondo a dentina (parte viva do dente) – o que provoca bastante dor, do tipo que se sente em “choques” ao contato com o ar e líquidos quentes ou frios.
Em longo prazo, a pele ganha um aspecto extremamente ressecado, enrugado e envelhecido. O dependente da droga deixa de dormir e se alimentar corretamente – o que leva à perda de peso –, bem como pode vir a experimentar estados em que se sente paranoico, ansioso, desorientado, hostil e agressivo.
No entanto, os efeitos duram em média 5 minutos, no qual quanto mais o usuário consumir a droga, mais a duração é reduzida, o que leva os usuários a utilizar cada vez mais em curtos espaço de tempo, tornando assim dependente.
Perda dos sentidos, surtos psicóticos e alucinações estão entre os principais efeitos causados em usuários de crack. Porém, o uso excessivo da droga pode causar a danos irreversíveis ao organismo do usuário, como perda de capacidade cognitiva, danos permanentes no cérebro e até levar à morte.
Neste artigo, o dr. Drauzio relata sua experiência nos presídios, que o permitiu chegar à conclusão que deixar o crack é mais fácil do que abandonar o vício do cigarro. É mais fácil largar do crack do que do cigarro.
Como o crack leva à perda de apetite, é comum que os usuários fiquem por longos períodos sem se alimentarem. Com isso, verifica-se, em muitos casos, rápido emagrecimento e desenvolvimento de desnutrição.
Como o usuário está perseguindo constantemente o mesmo alto que antes, o tratamento para o vício de crack pode ser a única maneira que um usuário compulsivo pode se afastar da droga. É aqui que entra o tratamento de dependência de crack na cocaína.
A droga causa efeitos rapidamente no cérebro, provocando, por exemplo, euforia, aumento da autoestima e da sensação de poder. Seu uso constante pode levar a doenças pulmonares, problemas cardíacos e comprometimento do sistema nervoso, afetando até mesmo a capacidade cognitiva do usuário.
Existem malefícios comuns a diversas substâncias, como a diminuição do fluxo salivar, que é um efeito típico da cocaína, do crack, da maconha e do ecstasy. O ressecamento dificulta a limpeza da cavidade oral, gerando mau hálito, acúmulo de placa bacteriana e infecções.
Muitos usuários relatam sentimentos de paranóia intensa, ansiedade extrema e agitação. Outro efeito imediato que traz preocupação enquanto o uso do crack é a supressão do apetite, além da desidratação. Os usuários muitas vezes perdem a vontade de comer e beber, o que causa uma deterioração rápida da saúde física.
Médicos e estudiosos são unânimes em dizer que, infelizmente, a dependência química, especialmente a do crack, ainda não possui cura. Mas isso não impossibilita que se encontrem caminhos para que usuários possam levar uma vida digna e se manter distantes da droga.
No trato gastrintestinal, pode se expressar por manifestações como perfuração gastroduo- denal aguda, colite isquêmica, infarto, isquemia intestinal e, raramente, hemorragia maciça. Seu mecanismo fisiopatológico parece ser o vasoespasmo ou vasoconstrição, que pode levar à isquemia, inclusive com necrose transmural.
O vício tem cura, mas não há medicamento para isso. A agência americana Food and Drug Administration, por exemplo, nunca aprovou nenhum remédio para tratamento específico de dependência de crack.