Um raio pode durar até dois segundos, mas dura em geral cerca de meio a um terço de segundo. No entanto, cada descarga que compõe o raio dura apenas frações de milésimos de segundos.
Para que um raio possa ocorrer é necessário que existam cargas de sinais opostos entre nuvens ou entre nuvens e o solo, quando isso ocorre, a atração entre as cargas é tão grande que provoca a descarga elétrica.
O próprio corpo emite sinais aos quais devemos prestar atenção, como pele coçando e pelos arrepiados, que podem indicar que um raio está prestes a cair. Nesses casos, especialistas recomendam ajoelhar-se e curvar-se para a frente, com as mãos nos joelhos e a cabeça entre as pernas, sem deitar.
Após receber a descarga elétrica, o ser humano pode ter problemas neurológicos, arritmia cardíaca, danos ao miocárdio e edema pulmonar no sistema circulatório. Se os neurotransmissores foram comprometidos, por exemplo, a vítima atingida terá perda de memória por algumas horas ou anos, podendo ocorrer desmaios.
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Como fica um corpo depois de um raio?
Um raio descarrega um impulso elétrico maciço numa fração de milissegundos. A corrente elétrica que atravessa o corpo gera calor, que queima e destrói os tecidos. As queimaduras podem afetar a pele e, às vezes, os tecidos internos. A breve duração da exposição, muitas vezes, limita o dano à camada exterior da pele.
Ao atingir uma pessoa, o raio pode causar sérias queimaduras e outros danos ao coração, pulmões, sistema nervoso central e outras partes do corpo, através do aquecimento e de uma variedade de reações eletroquímicas. A chance de sobreviver é de apenas 2%.
2 - Um raio pode atingir diretamente uma pessoa? A chance de uma pessoa ser atingida diretamente por um raio é muito baixa, sendo em média menor do que 1 para 1 milhão. Contudo, se a pessoa estiver numa área descampada embaixo de uma tempestade forte, esta chance pode aumentar em até 1 para mil.
Cuidados. O cabelo arrepiado é um sinal de alerta que pode indicar a proximidade de um raio. É importante procurar abrigo imediato se você sentir seus pelos se arrepiando durante uma tempestade. Se estiver na água, saia imediatamente e procure abrigo.
Espelho atrai raios? Não. A crença surgiu na época em que os espelhos tinham grandes molduras metálicas – elas, sim, um grande atrativo para os raios. Não há necessidade de cobrir espelhos durante uma tempestade.
Os raios caem nos pontos mais altos porque eles sempres procuram achar o menos caminho entre a nuvem e a terra. Árvores altas, torres, antenas de televisão, torres de igreja e edifícios são pontos preferidos pelas descargas atmosféricas.
A pesquisa do Inpe mostra que o maior número de acidentes com raios acontece no campo. São as pessoas que trabalham em lugares abertos. Mas um dado surpreendeu os pesquisadores: a nossa própria casa pode ser uma armadilha. Quase 20% dos acidentes com raios acontecem dentro de casa.
Na floresta, procure um conjunto de árvores de altura regular e numa zona baixa, mas longe d'água. Afaste-se de troncos e raízes. Se for apanhado em céu aberto, evite árvores isoladas, Faça do corpo uma "bola com pés", acocorando-se com eles o mais junto possível. Não toque com as mãos no chão.
Para obter a distância aproximada da queda do raio, em quilômetros, basta contar o tempo (em segundos) entre o momento em que se vê o raio e se escuta o trovão e dividir por três.
Apesar de muitas pessoas pensarem que o celular atrai raios, a resposta é não, smartphones não fazem com que você tenha mais chances de ser atingido por um raio. Esse mito já foi desmentido por vários especialistas, incluindo profissionais NOAA (National Oceanic and Atmospheric Administration).
Será que o celular atrai raio? De acordo com alguns estudos, o aparelho não é responsável por atrair descargas elétricas, ou seja, em dias de tempestade você não corre o risco de ser atingido por um raio devido ao smartphone.
Se não houver nenhum abrigo seguro por perto, a orientação é afastar-se de qualquer ponto mais alto e de objetos metálicos, manter os pés juntos, agachar-se até a tempestade passar, e não ficar deitado.
Um raio começa com pequenas descargas dentro da nuvem, que liberam os primeiros elétrons em direção ao solo. Quando essa descarga, conhecida como 'líder escalonado', encontra-se a algumas dezenas de metros da superfície, parte em direção a ela uma outra descarga com cargas opostas, chamada de 'descarga conectante'.
Se ficar dentro de casa não for possível, ainda há algumas coisas que podem diminuir um pouco o risco. Em uma tempestade, evite campos abertos, o topo de uma colina ou o topo de um cume. Da mesma forma, você deve ficar longe de objetos altos e isolados, como árvores, e deixar imediatamente qualquer corpo de água.
"O raio é perigoso porque é uma descarga elétrica, que ao atingir uma pessoa, ou cair próximo dela, pode ser fatal. Já o trovão é apenas o som proveniente do deslocamento de ar da passagem do raio", explica Gerson Santos, integrante do grupo de espetáculos Ciência em Show.
Estatisticamente, as chances de uma pessoa ser atingida por um raio em um determinado ano são muito baixas, geralmente na faixa de 1 em 500.000 a 1 em 1.000.000 de pessoas, dependendo do local e do ano específicos.
Durante chuva com raios, a regra é clara: se estiver dentro de um carro, mantenha os vidros fechados e não entre em contato com as partes metálicas do veículo. A orientação é dada por autoridades e especialistas e encontra explicação na ciência: trata-se do princípio da Gaiola de Faraday.