De janeiro até a primeira semana de setembro deste ano, o Brasil registrou 1.015 casos confirmados ou prováveis de mpox. O número supera o total de casos notificados ao longo de todo o ano passado, quando foram contabilizados 853. Há ainda 426 casos suspeitos da doença.
O Sudeste concentra 80% dos casos. Os estados com maiores quantitativos são: São Paulo, com 533 casos, Rio de Janeiro, 224, Minas Gerais, 56, e Bahia, 40. Amapá e Piauí são os dois únicos estados sem registros.
O que é a Mpox? Também conhecida como varíola dos macacos, a mpox é uma zoonose causada por um vírus do gênero Orthopoxvirus. Em agosto de 2024, a Organização Mundial da Saúde (OMS) a classificou como uma emergência global, principalmente devido à sua rápida disseminação na África.
O mais recente boletim do Ministério da Saúde, divulgado em 27 de agosto deste ano, informa que nenhuma morte por mpox foi registrada este ano no Brasil. O último óbito aconteceu em abril de 2023.
O número é significativamente menor em comparação aos mais de 10 mil casos notificados em 2022, durante o pico da doença no Brasil, segundo a pasta. Desde 2022, foram registrados 16 óbitos no país pela doença, sendo o mais recente em abril de 2023, disse o órgão federal.
Entre janeiro de 2022 e junho de 2024, dez países concentram a maior parte dos casos confirmados globalmente: Estados Unidos (33.191), Brasil (11.212), Espanha (8.084), França (4.272), Colômbia (4.249), México (4.124), Reino Unido (3.952), Peru (3.875), Alemanha (3.857) e República Democrática do Congo (2.999).
Segundo a OMS, a duração dessa imunidade ainda está evoluindo. Casos de reinfecção foram relatados, ou seja, mesmo quem já teve mpox pode pegá-la novamente.
Quadros graves causados pela Mpox podem incluir lesões maiores e mais disseminadas (especialmente na boca, nos olhos e em órgãos genitais), infecções bacterianas secundárias de pele ou infecções sanguíneas e pulmonares.
2) Como a mpox é transmitida? A principal forma de transmissão da mpox é por meio do contato próximo e prolongado (abraços, beijos, relação sexual) quando existem lesões na pele tais como erupções cutâneas, crostas, feridas e bolhas ou fluidos corporais (como secreções e sangue) em uma pessoa infectada.
Desde o início do ano, foram registrados 1.015 casos confirmados ou prováveis da doença no país. Segundo o boletim, o Brasil registrou 70 novos casos confirmados ou prováveis de mpox em apenas uma semana.
O número é bem menor quando comparado aos mais de 10 mil casos notificados em 2022, durante o pico da doença no país. Desde 2022, foram registrados 16 óbitos, sendo o mais recente em abril de 2023. Até o momento, não há registro de casos da nova variante no Brasil.
A mpox é transmitida pelo contato entre humanos, materiais e animais silvestres contaminados, e até o momento, não existe um remédio aprovado para o seu tratamento.
Qual o nome da nova doença que chegou no Brasil em 2024?
Anteriormente conhecida como "varíola dos macacos" (ou Monkeypox, em inglês), a Mpox já registrou 709 casos no Brasil em 2024, resultando em 16 mortes.
De acordo com a professora de Biossegurança Global Raina MacIntyre, da UNSW (Universidade de Nova Gales do Sul), na Austrália, existem dois tipos de clade da mpox, a 2b, da África Ocidental, que é menos severa e apresenta uma mortalidade de 1%, e a 1b, da África Central, com um número mais elevado de 10%.
Os sinais e sintomas duram de 2 a 4 semanas. Na pele, surgem lesões de consistência mais dura, visíveis e elevadas; a febre tem início súbito e há presença de inchaço dos gânglios, popularmente identificado como ínguas, sendo essa uma característica clínica importante para distinguir a Monkeypox de outras doenças.