A temperatura ideal para o corpo humano gira em torno de 36 °C a 37 °C. Essa faixa é fundamental para o funcionamento adequado do organismo, pois permite que as reações químicas ocorram de modo correto e os órgãos e o sistema imunológico funcionem eficientemente.
Até 28ºC, o organismo sofre com alteração do nível de consciência e tremores. Abaixo disso, há grandes chances de arritmia e parada cardíaca, levando, inclusive, à morte.
O frio pode matar o ser humano de hipotermia - queda acentuada e perigosa da temperatura corporal, abaixo dos 35 °C, nível necessário para o bom funcionamento do organismo.
Em amarelo, há risco de congelamento entre 10 a 30 minutos. Em laranja, em 10 minutos. O mais extremo, vermelho, indica que o risco de congelamento é inferior a 2 minutos. Este é o limite que o ser humano pode suportar em baixas temperaturas.
A diminuição da temperatura para 27-34°C significa a fase de exaustão: cãibras musculares, respiração e pulso lentos. Abaixo de 30°C ocorre a perda de consciência. Uma hipotermia profunda, em temperatura corporal abaixo de 27°C, geralmente leva à morte. O congelamento também está dividido em três etapas.
Qual a temperatura que o ser humano consegue suportar?
Testes mais recentes e menos perigosos foram capazes de descobrir a exata temperatura máxima que podemos aguentar: 127ºC, por 20 minutos. Na verdade, o suor é o grande responsável por suportarmos altas temperaturas.
Embora a regra prática seja que a água congela a 0ºC, na verdade, ela ocasionalmente pode permanecer líquida em uma faixa de temperaturas frias. Até agora, acreditava-se que esse intervalo parava em menos 38ºC. Ou seja, qualquer temperatura mais baixa do que isso, e a água congela.
Ao todo, a pesquisa estima em surpreendentes quatro milhões as mortes relacionadas com as temperaturas nesses 15 anos (cerca de 270.000 óbitos por ano). Atualmente, o calor e o frio não têm a mesma incidência na mortandade: as baixas temperaturas estão relacionadas com até 10 vezes mais mortes do que o calor.
Temperaturas abaixo de 35°C indicam hipotermia, uma condição séria que pode causar danos aos órgãos e até levar à morte se não for tratada. Por outro lado, temperaturas superiores a 38°C geralmente indicam febre, que pode ser causada por infecções, por exemplo.
Qual a temperatura mais baixa que o ser humano consegue sobreviver?
Em seu livro “A vida no limite — a ciência da sobrevivência”, a escritora francesa Frances M. Ashcroft afirma que em um local sem ventos, uma pessoa adequadamente vestida consegue sobreviver a uma temperatura de até -29ºC.
Abaixo de 21 graus, já estamos falando de hipotermia profunda, e a morte é questão de tempo. O coração está à beira da falência completa – e pode parar a qualquer momento.
Hipotermia moderada: indivíduo apresenta temperatura central entre 31,9 ºC e 28 ºC. Hipotermia grave: indivíduo apresenta temperatura central menor que 28 ºC. A hipotermia grave é potencialmente fatal, uma vez que quedas na temperatura corpórea podem provocar, por exemplo, colapso circulatório.
O próximo recorde mundial de baixa temperatura foi uma leitura de -88,3°C (-126,9°F; 184,8 K), medida na Estação Vostok soviética em 1968, no Planalto Antártico. Vostok novamente quebrou seu próprio recorde com uma leitura de -89,2 °C (-128,6 ° F; 184,0 K) em 21 de julho de 1983.
Uma imersão súbita em água muito fria pode causar hipotermia fatal em 5 a 15 minutos. No entanto, algumas pessoas, em sua maioria lactentes e crianças, sobrevivem até 1 hora completamente imersos em água gelada.
Os pesquisadores explicam que a hipótese aceita até a descoberta do programa genético é de que a maior longevidade em locais frios se dá por um processo termodinâmico passivo, no qual as temperaturas baixas reduzem a taxa de reações químicas e, consequentemente, a velocidade do envelhecimento.
Uma queda de 2º C na temperatura do organismo já é o suficiente para provocar um quadro de hipotermia. Onda gelada que varreu países ao norte do globo no início de 2024 pede prudência. A temperatura ideal para o corpo humano varia entre 36,5º C e 37º C.
Se a temperatura corporal for menor que 35 °C, a pessoa pode sofrer hipotermia, o que afeta o funcionamento dos órgãos vitais e pode causar até mesmo coma e morte.
Períodos excepcionalmente quentes, conhecidos como ondas de calor, podem desencadear várias consequências para a saúde das pessoas. Quando a temperatura passa dos 40°C, os indivíduos podem se ver seriamente afetados.
O número de mortes extras por causa do calor equivale a um décimo: 20 mil. A conclusão de que o frio é mais perigoso que o calor não é nova. Em 2015, outro estudo na revista The Lancet concluiu que o frio matava 14 vezes mais que o calor com base em 74 milhões de óbitos registrados em 13 países.
As baixas temperaturas aumentam a sobrevivência e a transmissibilidade dos vírus respiratórios. Diminuição dos mecanismos de defesa naturais do sistema respiratório, aumentado o risco de infecções. Em pacientes asmáticos, tanto o ar frio como as infecções virais podem causar broncoespasmo e desencadear crises de asma.
Juliana Passos/André Zamboni/ComCiência/Labjor/DICYT Estudo publicado pela revista Epidemiology em agosto colocou o frio como maior responsável por um aumento do número de mortes em temperaturas extremas.
Os destilados, como a cachaça, têm o ponto de congelamento em torno de -40°C, temperatura que os freezers modernos não alcançam, uma vez que costumam atingir até -20°C. Por isso, mesmo que o consumidor esqueça a bebida, ela não irá congelar.