Conforme historiadores, no atual município de Pinheiro Machado, fronteira com o Uruguai, durante à noite na Batalha de Porongos, em 14 de novembro de 1844, os Lanceiros Negros foram desarmados e mais de 100 foram mortos pelo exército imperial.
Grupo de guerreiros excepcionais, os Lanceiros Negros lutaram em busca da liberdade na Revolução Farroupilha, revolta gaúcha contra o Império do Brasil, mas foram traídos e mortos no “Massacre dos Porongos”, em 1844.
Lanceiros Negros foram dois corpos de lanceiros constituídos, basicamente, de negros livres ou de libertos pela República Rio-Grandense que lutaram na Revolução Farroupilha. Possuíam 8 companhias de 51 homens cada, totalizando 408 lanceiros que andavam com seus cavalos.
O que aconteceu com os Lanceiros Negros na guerra Farroupilha?
Os Lanceiros Negros teriam sido previamente desarmados por Canabarro e separados do resto das tropas, sendo atacados de surpresa e dizimados pelas tropas imperiais comandadas pelo Coronel Francisco Pedro de Abreu, conhecido como Moringue.
Temiam uma rebelião – o Império temia que os negros se voltassem contra a escravidão, logo, eram contrários a emancipação dos negros; já os Farrapos temiam que os lanceiros se voltassem contra eles por não terem cumprido com a promessa.
Quem eram os Lanceiros Negros? Lanceiros Negros era o grupo de negros que participaram da Guerra Civil Farroupilha com a condição de lutarem como soldados. Seu vestuário era constituído por sandálias de couro, colete, chiripá de pano e braçadeira vermelha, simbolizando a república.
Quantos soldados morreram na Revolução Farroupilha?
A Guerra dos Farrapos, apesar da sua longa duração e da sua extensão para outra província do Sul do Brasil, teve, em geral, combates de baixa intensidade. Isso é perceptível, pois, ao longo de 10 anos, cerca de três mil pessoas morreram (a Cabanagem, por exemplo, em cinco anos, resultou em 30 mil mortos).
Há controvérsias sobre o que teria facilitado o Massacre dos Porongos. A maioria das evidências históricas, porém, indica que a chacina é resultado da traição do general David Canabarro, homem forte dos farroupilhas. À época, reconhecendo a iminente derrota, os rebeldes tentavam negociar uma anistia com o império.
Quem é a mulher mais conhecida da Revolução Farroupilha?
Ana Maria de Jesus Ribeiro, a Anita, “companheira de vida e de armas de Giuseppe Garibaldi”, é a figura mais lembrada entre as mulheres que foram obrigadas a redefinir seus papeis em virtude da guerra, mas o filme lembra que há outras guerreiras nessa história, a exemplo de Maria Josefa Fontoura.
Os Lanceiros Negros desempenharam papel crucial na Revolução Farroupilha, guerra do Rio Grande do Sul contra o Império. Com a sanção, terão seu legado inscrito no Panteão da Pátria e da Liberdade Tancredo Neves, em Brasília. O livro é um documento que preserva os nomes de pessoas que marcaram a história do Brasil.
Por que os gaúchos comemoram uma Guerra que eles perderam?
Os gaúchos comemoram por acharem que ganhamos. É uma ilusão alimentada ano a ano.” Juremir Machado, jornalista e historiador. “As guerras se ganham ou se perdem, muito mais pelas ideias do que pelas armas. Tudo o que os farroupilhas defenderam entre 1835 e 1845 acabou por acontecer no Brasil em 1889.
O que aconteceu com os escravos que lutaram na Guerra dos Farrapos?
No dia 14 de novembro de 1844, mais de 100 negros foram assassinados e os que sobreviveram foram enviados à corte brasileira. “Foi um massacre! Não foi uma batalha em que as duas partes estavam posicionadas para combater. Foi um ataque surpresa, como era na maior parte do tempo dessa revolução de guerrilhas.
“A Revolução Farroupilha é um exemplo de coragem e de heroísmo do povo rio-grandense, na defesa dos valores da democracia, da independência e da liberdade”, afirmou. Maia também disse que a revolta, que durou 10 anos, foi a mais longa e acirrada que ocorreu durante o período regencial.
Porque muitos escravos aderiram à luta dos farroupilhas?
Alguns escravos aderiram à luta dos Farroupilhas pois lhes havia sido prometida a liberdade caso vencessem as disputas contra o Governo Central, de modo que seriam cidadãos (em teoria, em condição de igualdade) na nova sociedade a ser fundada pela Revolução.
" Teixeira Nunes foi um dos oficiais de maior nomeada que possuiu a Revolução Farroupilha. Era uma lança das primeiras. Com o Corpo de Lanceiros Negros a seu mando, alongava do exército, para operar com seus próprios meios, em qualquer parte que o inimigo aparecesse.
O que aconteceu com os lanceiros negros depois da Revolução Farroupilha?
Foi a partir desta resistência que a Revolução Farroupilha foi selada em uma traição, chamada Traição dos Porongos. Os Lanceiros Negros foram ordenados a montar acampamento – sem suas armas – na localidade de Porongos e, na madrugada, foram massacrados pelos imperiais.
As forças se encontraram em sangrento combate. Silva Tavares fugiu e seus homens foram derrotados. Os farrapos ficaram quase intactos, enquanto do outro lado havia 180 mortos, 63 feridos e 100 prisioneiros. Donos do campo, os farroupilhas comemoraram vibrantemente a vitória.
De acordo com os relatos, há uma carta que teria sido enviada ao Coronel Francisco Pedro de Abreu pelo Barão de Caxias instruindo Francisco Pedro de Abreu a atacar o corpo de Lanceiros Negros e afirmando que tal situação estaria acertada com Canabarro.
Outras revoltas aconteceram em 1809, 1814, 1826 etc. A maior revolta africana que aconteceu no Brasil foi a Revolta do Malês, que se passou em Salvador em 1835.
Quem foi o líder militar mais destacado durante a Revolução Farroupilha?
A principal liderança da rebelião foi Bento Gonçalves da Silva, autor do célebre Manifesto que expressava as causas da revolução. Outra combatente de destaque foi Anita Garibaldi, que já foi tema do Hoje na História.
Episódio que vitimou lanceiros negros completa 178 anos nesta segunda-feira. Combatentes desarmados foram emboscados após acordo entre farroupilhas e imperiais. Mais de 100 foram mortos, e sobreviventes voltaram a ser escravizados.
Quem foram os Lanceiros Negros na Guerra dos Farrapos?
Os Lanceiros Negros, homens negros escravizados que lutaram ao lado das tropas gaúchas durante a Revolução Farroupilha e acabaram traídos no Massacre de Porongos, foram incluídos nesta segunda-feira (8) no Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria.