Se, em 2017, foram pouco mais de sessenta e cinco mil assassinatos, em 2018, esse número caiu para quase 58 mil e, desde 2019, vem se mantendo inferior a 50 mil casos por ano.
O grupo que compõe a população negra, de acordo com a classificação do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), corresponde a 8 de cada 10 pessoas assassinadas no país. Das 77.847 vítimas no Brasil, em todo ano de 2021, 36.922 eram negras. O número equivale a 77,1% dos mortos.
O número de pessoas mortas pela polícia em apenas oito estados brasileiros chegou a 4.219 em 2022. Desse total, 2.700 foram considerados negros (pretos ou pardos) pelas autoridades policiais, ou seja, 65,7% do total. Se considerados apenas aqueles com cor/raça informada (3.171), a proporção de negros chega a 87,4%.
Com isso, a proporção de pretos no total da população avançou de 7,6% para 10,2%. Ao mesmo tempo, os autodeclarados pardos superaram os brancos pela primeira vez no Censo.
Racismo: a cada 23 minutos um jovem negro é assassinado no Brasil
Qual país mais branco?
Os locais que possuem população predominantemente branca são as regiões da Europa (95%), Rússia (90%), África do Norte, Oriente Médio; e países como Estados Unidos [29] (75%), Canadá (80%), Austrália (92%), [30] Nova Zelandia (70%), [30] e a porção meridional da América do Sul: Argentina [31] (88%), Uruguai [32] (90%) ...
Uma pessoa negra foi vítima de homicídio a cada 12 minutos no Brasil, do início de janeiro de 2012 até o fim de 2022. Foram 445.442 negras e negros assassinados nesse período, número que é mais de três vezes maior do que entre a população que não é negra.
Em valores absolutos, a Bahia foi o estado com maior letalidade policial: ao todo, foram 1701 mortes, o que equivale a mais de 26% do acumulado ao redor do país. Ao comparar os casos com o tamanho da população local, as forças policiais no Amapá se tornam as mais violentas, com 25,3 mortes a cada 100 mil habitantes.
Como a média anual de mortos por todas as polícias nos EUA é de 369, é possível afirmar que, em 20 anos, 7.380 foram mortas por policiais em território norte-americano. Nos mesmos 20 anos, no Estado de São Paulo, a Polícia Militar de São Paulo matou 11.358 pessoas — 3.978 mortos a mais.
A população brasileira está tendo mais orgulho em se reconhecer mais “escurecida”. Essa é uma constatação de especialistas ouvidos pela Agência Brasil após os mais recentes resultados do Censo 2022, que revelaram que 55,5% da população se identifica como preta ou parda.
Entre as vítimas de crimes violentos, os jovens e os negros são a maioria. Segundo o estudo do Ipea, de um total de 59 080 homicídios registrados em 2015, 31 264 foram de jovens (53 por cento). De acordo com o mesmo estudo, a cada cem pessoas assassinadas no Brasil, 71 são negros.
Em 2011, foram 35.616 negros mortos no Brasil. Esse número chegou a 49.524 em 2017, e então passou a cair. Em 2021, foram 36.922 mortes. O total de assassinatos seguiu a mesma tendência, passando de 52.807 em 2011 para 47.847 em 2021, com pico de 65.602 em 2017.
Destaca-se que os homens são as maiores vítimas da violência. A taxa média de mortalidade masculina por essas causas na década foi de 119,6/100.000 habitantes, sendo 5 vezes maior que a taxa média observada para as mulheres (24/100.000 habitantes).
Quem são as maiores vítimas da violência no Brasil?
Dados do Atlas da Violência 2024, divulgados nesta terça-feira (18) pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), revelam que as meninas com até 9 anos de idade foram as maiores vítimas da violência doméstica e intrafamiliar em 2022.
Muitas vezes, pode ser inversa: mais polícia, mais violência. O Amapá, por exemplo, estado que registra proporcionalmente o maior efeito policial do Brasil (4,2 policiais militares para cada mil habitantes), lidera o ranking dos homicídios brasileiros (45,2 mortes por 100 mil).
O Amapá é o estado brasileiro mais violento de 2023, segundo dados do Anuário Brasileiro de Segurança Pública divulgados nesta quinta-feira, 18, pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública. O estado tem 69,9 mortes violentas por 100 mil habitantes – o triplo da média nacional. Cerca de 751 mil pessoas vivem no Amapá.
As maiores taxas de mortes violentas intencionais por 100 mil habitantes são: Amapá, com 69,9 mortes por 100 mil habitantes; Bahia, com 46,5; e Pernambuco, com 40,2. As menores taxas são as de São Paulo, 7,8; Santa Catarina, 8,9; e, Distrito Federal, 11,1.
Brasil tem menor número de homicídios desde 2011, mas 5 mortes por hora. O Brasil teve, em 2023, queda pelo terceiro ano seguido no número de homicídios, segundo o Anuário do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, divulgado nesta quinta-feira, 18.
Qual é o percentual de negros no sistema carcerário?
Em 2005, 58% do total de presos eram negros; já em 2022, esse percentual subiu para 68%, o maior da série histórica. “O sistema penitenciário deixa evidente o racismo brasileiro de forma cada vez mais preponderante.
Cerca de 88% dos afrodescendentes viviam nas regiões metropolitanas em 2000. A cidade de Nova Iorque tem a maior população negra do país, com 2 milhões de pessoas, o que representa cerca de 20% de sua população total. Os Estados Unidos, ao lado do Brasil, tem uma das maiores populações negras fora da África.
Localizado a 118 km de São Luís, no litoral noroeste do Maranhão, Serrano do Maranhão é o município "mais preto" do Brasil, revelam dados divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta sexta-feira (22/12).
Os locais que possuem população predominantemente branca são as regiões da Europa (95%), Rússia (90%), África do Norte, Oriente Médio; e países como Estados Unidos (75%), Canadá (80%), Austrália (92%), Nova Zelandia (70%), e a porção meridional da América do Sul: Argentina (88%), Uruguai (90%) e Chile (52%).