Entretanto, o álcool chega no cérebro fazendo justamente o contrário: ele faz os neurônios ficarem menos receptivos e, consequentemente, menos informações são repassadas, dificultando os pensamentos, a fala, a coordenação motora, entre outras funções.
O excesso de álcool no cérebro leva a efeitos psíquicos como redução da concentração, da atenção, da memória recente e da capacidade de julgamento. E é por isso que depois da farra você pode até se esforçar, mas muitas vezes não se lembra da noite anterior.
De uma forma geral, o etanol deprime a transmissão sináptica, interferindo, inclusive, com a plasticidade sináptica (DILDY-MAYFIELD & HARRIS, 1995). A atividade dos neurotransmissores, o álcool seletivamente altera a ação sináptica do glutamato no cérebro.
O etanol ativa o disparo neuronal dopaminérgico na área tegmental ventral do mesencéfalo e também a liberação dopaminérgica no núcleo accumbens – estruturas que fazem parte da via mesolímbica, essencial para os efeitos de recompensa do etanol.
O consumo excessivo de bebidas alcoólicas mata mais rápido do que o fumo. É o que sugerem investigadores da University Medicine Greifswald, na Alemanha. O estudo revela ainda que o álcool é especialmente perigoso para as mulheres e que os alcoólicos morrem cerca de 20 anos mais cedo, em média, do que a população geral.
Quais as consequências do álcool no sistema nervoso?
Está associado ao risco de desenvolvimento de problemas de saúde, tais como distúrbios mentais e comportamentais, incluindo dependência ao álcool, doenças não transmissíveis graves, como cirrose hepática, alguns tipos de câncer e doenças cardiovasculares, bem como lesões resultantes de violência e acidentes de trânsito ...
O álcool inibe a liberação do hormônio antidiurético, e é por isso que, quando ingerimos bebidas alcoólicas, há uma grande produção de urina. O álcool pode, portanto, desencadear desidratação, o que pode ser responsável pelos famosos sintomas da ressaca.
o álcool é uma substância psicotrópica depressora do sistema nervoso central (SNC), que promove alteração simultânea de inúmeras vias neuronais, gerando profundo impacto neurológico e traduzindo-se em diversas alterações biológicas e comportamentais.
“O álcool tem ação direta no sistema límbico, do Sistema Nervoso Central, e age como um depressor das funções cerebrais, diminuindo o centro da crítica da pessoa, que fica mais expansiva. A ansiedade, a variação de humor e a depressão são consequências da ingestão de bebida alcoólica”, explica Claudio Jerônimo.
O que acontece com o cérebro quando paramos de beber?
Um estudo recente oferece esperança para aqueles que lutam contra o alcoolismo. Depois de parar de beber, o cérebro pode reparar a sua estrutura a um ritmo acelerado, especialmente durante o primeiro mês de abstinência. Aqueles que pararam de beber experimentaram um aumento na espessura cortical ao longo do tempo.
Talvez vocês tenham ouvido falar que temos 100 bilhões de neurônios, mas nós possuímos em média, 86 bilhões de neurônios e 16 bilhões se encontram no córtex cerebral que é a sede de funções como consciência, raciocínio lógico e abstrato.
O álcool é considerado uma droga depressora, porque causa diminuição nas atividades do Sistema Nervoso Central (SNC). A substância provoca uma certa euforia no início da ingestão, mas logo depois uma sonolência. É muito comum que as pessoas tenham que aumentar a quantidade ingerida para ter os mesmos efeitos.
Hábitos como uma alimentação inadequada, falta de sono adequado, excesso de tecnologia, falta de exercícios mentais e sociais, entre outros, podem prejudicar o cérebro a longo prazo.
Como a perda parece ser gradual e constante ao longo dos anos, pode-se calcular que 31 milhões de neurônios morrem no córtex a cada ano, ou 85 mil neurônios por dia, ou seja, um por segundo.
Um comportamento muito comum é o aumento da frequência em que consome a bebida e com doses maiores. O viciado passa a ter oscilações de humor mais frequentemente, irritação e agressividade, assim como isolamento social podem fazer parte desse perfil.
Um órgão bastante afetado pela ingestão de bebidas alcoólicas é o fígado, responsável pelo metabolismo dessas substâncias. Há evidências de que o consumo imoderado de bebidas alcoólicas pode causar esteatose hepática, conhecida também como fígado gorduroso.
O consumo de álcool é um exemplo. Mais especificamente, a ingestão excessiva de bebidas, como a cerveja, que contenham esta substância pode piorar a intensidade dos sintomas do transtorno. “A ingestão intensa de álcool ao longo de vários dias resulta em muitos dos sintomas observados no quadro depressivo.
O álcool parece aumentar os níveis de colesterol “bom”, conhecido como HDL, e os bebedores têm níveis mais baixos de uma proteína pegajosa chamada fibrinogênio no sangue, o que pode reduzir o risco de coágulos perigosos.
"Ao ser ingerido, ele libera no cérebro neurotransmissores como dopamina e serotonina, que estão relacionados com a ativação dos centros de prazer e recompensa", diz. "Devido a essa liberação exacerbada, ocorrem mudanças fisiológicas no organismo, como sensação de bem-estar, relaxamento, desinibição e euforia."
Isso ocorre, pois o álcool muda a dinâmica dos neurotransmissores, resultando em alterações no funcionamento do sistema nervoso central. O álcool ataca os neurônios e confunde a maneira como os neurotransmissores enviam informações entre uma célula nervosa e outra.
Afecção em que o dano do sistema nervoso periférico (incluindo os elementos periféricos do sistema nervoso autônomo) está associado com ingestão crônica de bebidas alcoólicas. O transtorno pode ser causado por um efeito direto do álcool, uma deficiência nutricional associada, ou uma combinação de fatores.
Quando o álcool é ingerido, uma substância chamada ácido lático se acumula no organismo e na musculatura, e traz desconforto como as câimbras e as dores musculares em excesso.
O que acontece com o corpo quando paramos de beber?
Abandonar o álcool por vários meses permite que o fígado se cure e volte ao normal. Para aqueles que bebem grandes quantidades de álcool e já possuem cicatrizes mais graves ou até insuficiência hepática, abandonar o álcool por vários anos reduz a chance de agravamento da insuficiência hepática e o risco de morte.