Das 5.972 localidades, 404 são territórios oficialmente reconhecidos, 2.308 são denominados agrupamentos quilombolas e 3.260 são identificados como outras localidades quilombolas. Entre os agrupamentos, 709 estão localizados dentro dos territórios quilombolas oficialmente delimitados e 1.599 estão fora dessas terras.
TERRITÓRIOS - São 494 territórios quilombolas oficialmente delimitados, presentes em 24 estados e no Distrito Federal. Destaca-se a ausência de população quilombola no Acre e em Roraima.
Os quilombos continuaram existindo e sendo formados mesmo após o fim formal da escravidão. A existência de quilombos contemporâneos é uma realidade latino-americana. Tais comunidades são encontradas na Colômbia, Equador, Suriname, Honduras, Belize e Nicarágua.
O Brasil tem cerca de 1,7 milhão de indígenas autodeclarados de 305 etnias, o que representa 0,83% do total de habitantes do país, de acordo com dados do Censo 2022 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O Quilombo dos Palmares surgiu por volta de 1580 e foi o maior quilombo brasileiro, com aproximadamente 20 mil negros fugidos na época do Brasil Colônia.
Assim, uma pessoa que se autodetermina quilombola tem laços históricos e ancestrais de resistência com a comunidade e com a terra em que vive. O Sítio Histórico e Patrimônio Cultural Kalunga, no nordeste de Goiás, é o maior território quilombola do Brasil, ocupado há mais de 300 anos por esses povos tradicionais.
Dos estados brasileiros, a Bahia é o que tem o maior número de localidades quilombolas: são 1.046 no total. Em seguida vem o estado de Minas Gerais, com 1.021, Maranhão, com 866, e o Pará, com 516 localidades quilombolas. Os estados do Acre e Roraima não possuem tais localidades.
Pessoa Quilombola é a pessoa que, morando ou não em um quilombo, se identifica com a cultura quilombola. Ela pode estar matriculada em qualquer etapa da Educação Básica, bem como na Educação de Jovens e Adultos (EJA).
A Comunidade Quilombola Kalunga do Mimoso foi escolhida para receber o projeto-piloto, denominado Luzeiro, em razão da extensão territorial e do número expressivo de pessoas.
Os povos quilombolas não se agrupam em uma região específica ou vieram de um lugar específico. A origem em comum dos remanescentes de quilombos é a ancestralidade africana de negros escravizados que fugiram da crueldade da escravidão e refugiaram-se nas matas.
Outros quilombos que se destacaram foram: o Quilombo do Campo Grande, que foi uma espécie de confederação de quilombos, do qual fazia parte o Quilombo do Ambrósio, ambos na região da Capitania de Minas Gerais; a Comunidade Quilombola do Caxambu, também em Minas Gerais; o Quilombo Ivaporunduva, em São Paulo; o Quilombo ...
Suas tropas eram formadas por milhares de homens (especula-se até 9 mil homens) e equipadas com canhões. Depois de uma luta intensa, Cerca Real do Macaco foi destruído em 1694, forçando os sobreviventes a fugirem.
Apenas 167 mil quilombolas vivem em territórios reconhecidos, ou seja, 12,6%. Das 5.570 cidades em território nacional ,1.696 têm moradores e moradoras que se autoidentificam como quilombolas, o que significa 30,5% do total. Apesar disso, 50% da população quilombola do Brasil vive em pouco mais de 100 municipios.
Destaca-se, ainda, a ausência de população quilombola no Acre e em Roraima. “Nesses dois estados, não há qualquer indício de população quilombola, por isso, a pergunta de autoidentificação não foi aplicada”, explica Marta.
Quantas comunidades quilombolas existem no Brasil em 2024?
O número é muito acima dos cerca de 467 territórios quilombolas oficialmente delimitados por Unidades da Federação no país. É o que revelou nesta sexta-feira (19) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Bahia, Amazonas e Pará são os Estados com maiores proporções de negros, próximas a 80%. Somando-se os Estados de São Paulo, Bahia e Minas Gerais, têm-se mais de 30 milhões de negros do país (Tabela 1).
Aqui no Brasil, quilombos e mocambos foram agrupamentos de negros que resistiram à escravidão por meio da fuga e criaram um ambiente comunitário de sobrevivência próprio. O Quilombo dos Palmares, liderado por Zumbi, é o mais conhecido deles e durou mais de 100 anos.
Nas comunidades quilombolas, hoje, existem três religiões predominantes: o catolicismo, o candomblé e o evangelismo. Algumas possuem apenas uma religião, porém, o mais comum é que, numa mesma comunidade, predominem duas ou três religiões diferentes.
Para dar entrada no pedido de titulação, o primeiro passo é retirar na Fundação Palmares, ligada ao Ministério da Cultura, uma certificação na qual a comunidade se autodefine como quilombola. De posse desse documento, o processo pode ser aberto no Incra.
O Quilombo dos Palmares foi o maior quilombo que existiu na América Latina. Foi construído na região do atual estado de Alagoas e chegou a reunir cerca de 20 mil habitantes. Foi um dos grandes símbolos da resistência dos escravos no Brasil e foi alvo de expedições organizadas por portugueses e holandeses.
Segundo o levantamento, a maior concentração de quilombolas no Rio está no município de Cabo Frio, na região dos lagos. A cidade contabiliza 3.137 pessoas do grupo; em seguida vem Campos dos Goytacazes, no norte fluminense, com 3.083 quilombolas; e em terceiro está o município do Rio de Janeiro com 2.866 pessoas.
A expedição que destruiu Palmares foi liderada pelo bandeirante paulista Domingos Jorge Velho, que esteve à frente de inúmeras batalhas contra os quilombolas, entre 1692 e 1694.