A cocaína é responsável por 25% dos Infartos Agudos do Miocárdio (IAM) em pacientes entre 18 e 45 anos de idade e o risco é 24 vezes mais elevado nos primeiros 60 minutos após o consumo. Não há correlação do IAM com a quantidade, com a via de administração ou com a freqüência do seu uso.
A cocaína e o crack, além de arritmias, aumentam o risco de infarto e causam prejuízo ao funcionamento do coração (disfunções valvares e insuficiência cardíaca), assim como as anfetaminas e o LSD.
“O pior cenário para o coração dá-se com o consumo simultâneo de cocaína e álcool, aumentando em três vezes os riscos de arritmias e ataques cardíacos, que ocorrem em indivíduos jovens, apesar de eles terem poucas ou nenhuma lesão nas coronárias”.
O uso de drogas ilícitas, como cocaína e maconha, e o consumo excessivo de bebidas alcoólicas podem aumentar o risco de infarto por causarem aumento da pressão arterial.
A pesquisa apontou que o uso dos anti-inflamatórios não-esteroides, conhecidos pela sigla AINEs, como diclofenaco, ibuprofeno, naproxeno e celecoxibe está associado a um aumento de até 53% no risco de infarto.
A principal causa do infarto é a aterosclerose, doença em que placas de gordura se acumulam no interior das artérias coronárias, chegando a obstrui-las. Na maioria dos casos o infarto ocorre quando há o rompimento de uma dessas placas, levando à formação do coágulo e interrupção do fluxo sanguíneo.
Drogas depressoras, como o álcool e os benzodiazepínicos, causam diminuição nas atividades do sistema nervoso e nos batimentos cardíacos. Já as aceleradoras, a exemplo da cocaína e das anfetaminas, provocam uma aceleração na atividade cardiovascular.
O infarto tem sido descrito com doses que variam de 200 a 2.000 mg em usuários regulares, bem como em usuários fortuitos. Cerca de 6% dos pacientes que se apresentam com dor torácica associada à cocaína evoluem com IAM.
Esse grupo de medicamentos compreende a adrenalina, a vasopressina e a noradrenalina (BERNOCHE et al., 2019). Já o grupo dos antiarrítmicos é composto pela amiodarona, lidocaína, sulfato de magnésio, procainamida e betabloqueadores (BERNOCHE et al., 2019).
A consequência é o aumento da frequência cardíaca e da pressão arterial. Problemas cardiovasculares, como infarto, podem ocorrer. O uso crônico da droga pode levar à degeneração irreversível dos músculos esqueléticos, chamada rabdomiólise.
A overdose é causada pelo consumo excessivo de substâncias químicas. Essas substâncias podem ser, por exemplo: drogas estimulantes (como o LSD, a metanfetamina, o crack e a cocaína); drogas depressoras (como o álcool, os solventes, a heroína, a morfina e o ópio).
A cocaína pode causar danos em qualquer sistema de órgãos por vasoconstrição, hemorragia ou aumento da coagulação. A superdosagem pode provocar ansiedade grave, pânico, agitação, agressividade, insônia, alucinações, delirium paranoico, juízo comprometido, tremores, convulsões e delirium.
Quais são os batimentos cardíacos de uma pessoa que está infartando?
Quando o coração acelera, ele encurta a diástole. Assim, o órgão envia menos sangue para o corpo, causando cansaço e desmaios. Uma frequência cardíaca perto dos 180 bpm é sinal de alerta total e perigo de morte.
A principal causa de um infarto fulminante, é conhecida tecnicamente como aterosclerose, nome dado para a doença que desenvolve reações inflamatórias responsáveis por acumular placas de gordura nas paredes das artérias cardíacas. Quando há o rompimento dessas placas, são formados coágulos sanguíneos.
A cocaína estimula os receptores beta e alfa-adrenérgicos levando ao aumento do inotropismo cardíaco e, conseqüentemente, do trabalho cardíaco. Adicionalmente, com estímulo dos receptores alfa-adrenérgicos nas coronárias, há aumento da resistência vascular coronariana e redução do fluxo sangüíneo.
Podemos incluir nesse grupo: anfetaminas, cocaína e crack —drogas que provocam, por exemplo, aumento acentuado da frequência cardíaca e a contração excessiva dos vasos do coração, exigindo trabalho extra do órgão no bombeamento do sangue.
Comumente, alguns minutos após o uso da droga, ocorre dor torácica, podendo ser acompanhada de vômitos, sudorese profusa e sensação de morte iminente. O uso concomitante de cigarros e bebidas alcoólicas pode exacerbar a dor. A maioria das complicações cardíacas ocorre nas primeiras 12 horas.
Chamamos de infarto fulminante aquele que causa o óbito do paciente antes que haja tempo de um atendimento médico, ou seja, o paciente morre antes de chegar ao hospital. Cerca de 15% dos infartos se manifestam com morte súbita, não dando chance ao paciente.
De acordo com Felipe Gavranic dos Reis, especialista em Cardiologia e Médico Cardiologista da CCRmed, o paciente normalmente apresenta sinais entre uma e até duas semanas antes do infarto e costuma recorrer ao pronto-socorro para ser medicado.
É importante lembrar que pacientes mais jovens apresentam mais infartos e AVCs relacionados ao uso de entorpecentes, como a cocaína, a doenças autoimunes, causas genéticas ou congênitas (quando se nasce com uma doença).