Segundo Fávaro, o Rio Grande do Sul é responsável por 70% de toda a produção de arroz do Brasil, que chega a mais de 10 milhões de toneladas. E a medida vai evitar a especulação nos preços e garantir a distribuição para todo o país.
Já em 2023, quase 98% do volume de 1,03 milhão/t vieram do Paraguai, 674 mil/t, Uruguai, 306 mil/t e Argentina, 46 mil/t. O produto do Paraguai, pela relativa facilidade e custos logísticos, via modal rodoviário, responde em média por mais de 60% de todo o arroz importado pelo Brasil.
O Valor Total das Importações Brasileiras neste período foi de US$ 234,62 Milhões, para o arroz sem casca. As principais origens de nossas importações deste tipo de arroz foram: Paraguai - 52% Uruguai - 32%
Brasil é um dos maiores produtores de arroz do mundo!
Qual o país o Brasil vai comprar arroz?
Na primeira etapa, o leilão de compra da Conab, uma empresa pública federal, será para 200 mil toneladas de arroz, que devem ser importados dos países vizinhos do Mercosul, como Argentina, Uruguai e Paraguai, e eventualmente da Bolívia.
A decisão foi tomada diante do alto volume de chuvas na região Sul, afetando a produção gaúcha, responsável por cerca de 68% do arroz produzido no Brasil. O objetivo é evitar especulação financeira e estabilizar o preço do produto nos mercados de todo o país.
É verdade que o MST é o maior produtor de arroz do Brasil?
Na ocasião, o movimento chegou a visitar a sede da Globo para entregar uma cesta de produtos aos apresentadores, com destaque para os sacos de arroz da marca Terra Livre, do MST. O MST não é apenas o maior produtor de arroz orgânico do Brasil, mas também da América Latina.
Elas são responsáveis por uma parcela significativa da produção de alimentos no país, tendo o MST sido reconhecido como o maior produtor de arroz orgânico (livre de agrotóxicos) da América Latina, título que mantém há uma década. A safra de arroz colhida pelo MST em 2022 foi de 15 mil toneladas.
Em relatório, pesquisadores do Cepea reforçam a preocupação quanto à perda de grãos já colhidos. “Além disso, algumas estradas estão interditadas, o que também dificulta o carregamento do cereal. Esse cenário aumenta as incertezas quanto à produtividade da safra 2023/24”, aponta.
A finalidade é garantir que o cereal chegue diretamente ao consumidor final, assegurando o abastecimento alimentar em todo o território nacional. A compra autoriza o Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA), através da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a fazer a aquisição.
Sendo comercializado acima de R$ 100 a saca, a elevação estaria acontecendo por uma soma do superaquecimento da demanda mundial provocada pela pandemia de covid-19, aliada à forte valorização do dólar frente ao real e à falta de incentivo à atividade orizícola no Brasil nos últimos 10 anos.
O MST lidera há mais de dez anos a maior produção de arroz orgânico da América Latina, conforme o Instituto Riograndense de Arroz (Irga). A estimativa é colher mais de 16 mil toneladas na safra 2022/2023, em uma área de 3,2 mil hectares, segundo levantamento do Grupo Gestor.
Não vai faltar arroz no Brasil, apesar do governo Lula criar alarme no mercado. Mesmo com a tragédia das enchentes no Rio Grande do Sul, a safra gaúcha de arroz, que atende 70% do consumo nacional, deverá ser apenas 1,24% menor do que no ano anterior, atingindo 7,15 milhões de toneladas.
Segundo o próprio MST, o custo são para atender a demanda por alimentos saudáveis da população dos grandes centros urbanos a preços justos e acessíveis.
Mesmo com essa discrepância, o MST se tornou o maior produtor de arroz orgânico da América Latina, com uma área de produção de cerca de 5 mil hectares, centralizada na região Sul, mais os estados do Maranhão e Bahia, produzindo aproximadamente 100 sacas de arroz/hectares.
As principais marcas de arroz do movimento são Terra Livre, Raízes do Campo e Campo Vivo. Martielo Webery é engenheiro agrônomo, nasceu e se criou no Assentamento Segredo Farroupilha, na cidade de Encruzilhada do Sul (RS) e trabalha na área da comercialização da Cootap.
Nesta primeira compra, os lotes arrematados foram para os estados da Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Paraná, Pernambuco e São Paulo.
A iniciativa busca recompor os estoques e evitar especulação financeira e estabilizar o preço do grão nos mercados brasileiros. A aquisição foi definida pela Medida Provisória 1.217/2024, editada após tragédia que atingiu o Rio Grande do Sul, que responde por 68% de todo arroz produzido no Brasil.
Atualmente, a maior parte das importações de arroz no Brasil vem do próprio Mercosul, sem pagar a taxa. Com isenção definida pela Camex, destacou Edegar Pretto, outros países produtores de arroz poderão participar do leilão nas mesmas condições dos fornecedores do Mercosul.