Em 1970 o oncologista americano Van Rensselaer Potter cunhou o neologismo Bioética para expressar uma nova ciência que deveria ser o elo de re-ligação entre as ciências empíricas e as ciências humanas, mais especificamente a ética.
O cirurgião e especialista em bioética William Saad Hossne, 86 anos, recebeu no dia 15 o troféu Guerreiro da Educação Ruy Mesquita. A homenagem é conferida anualmente pelo Centro de Integração Empresa-Escola (Ciee) e o jornal O Estado de S.
O primeiro documento conhecido é de Fritz Jahr(2), que em 1927, publicou um artigo na revista alemã Kosmos, onde apresentava a Bioética como a emergên- cia de obrigações éticas não apenas com o homem, mas com todos os seres vivos.
Como nasce o neologismo bioética? Atribui-se a Van Rensselaer Potter, bioquímico e oncologista americano que trabalhou na Faculdade de Medicina da Universidade de Wisconsin, a criação do termo Bioética.
Como a Bioética impacta a medicina diariamente | Coluna #144
Quem descobriu a bioética?
Em 1970 o oncologista americano Van Rensselaer Potter cunhou o neologismo Bioética para expressar uma nova ciência que deveria ser o elo de re-ligação entre as ciências empíricas e as ciências humanas, mais especificamente a ética.
Em 1927, em um artigo publicado no periódico alemão Kosmos, Fritz Jahr utilizou pela primeira vez a palavra bioética (bio + ethik). Esse autor caracterizou a Bioética como sendo o reconhecimento de obrigações éticas, não apenas com relação ao ser humano, mas para com todos os seres vivos (1).
A palavra Bioética é uma junção dos radicais “bio”, que advém do grego bios e significa vida no sentido animal e fisiológico do termo (ou seja, bio é a vida pulsante dos animais, aquela que nos mantém vivos enquanto corpos), e ethos, que diz respeito à conduta moral.
Beauchamp e o filósofo e teólogo James F. Childress podem ser considerados os primeiros grandes estudiosos de bioética. Eles escreveram um tratado de bioética chamado Princípios de ética biomédica, considerada obra fundamental por estabelecer os primeiros princípios de um trabalho bioético.
A bioética surgiu no Brasil em meados da década de 1990. Assim, em 1995 foi criada a Sociedade Brasileira de Bioética, bem como cursos de pós-graduação.
Um dos conceitos que definem Bioética (“ética da vida”) é que esta é a ciência “que tem como objetivo indicar os limites e as finalidades da intervenção do homem sobre a vida, identificar os valores de referência racionalmente proponíveis, denunciar os riscos das possíveis aplicações” (LEONE; PRIVITERA; CUNHA, 2001).
Clotet, que foi pioneiro na Bioética brasileira. Em agosto de 1988, o Prof. Joaquim Clotet criou, na condição de professor responsável, a primeira disciplina de Bioética oferecida no Brasil. Esta disciplina foi oferecida aos alunos de mestrado e doutorado vinculados ao PPG em Medicina e Ciências da Saúde da PUCRS.
A Bioética tem como objetivo facilitar o enfrentamento de questões éticas/bioéticas que surgirão na vida profissional. Sem esses conceitos básicos, dificilmente alguém consegue enfrentar um dilema, um conflito, e se posicionar diante dele de maneira ética.
A Bioética, atualmente, é considerada como sendo a Ética Aplicada às questões da saúde e da pesquisa em seres humanos. A Bioética aborda estes novos problemas de forma original, secular, interdisciplinar, contemporânea, global e sistemática.
Exemplos de casos que envolvem bioética são as polêmicas em torno do aborto, do transplante de órgãos, dos transgênicos, do uso de animais e humanos em experimentos, do uso de células-tronco, da eutanásia, do suicídio, da fertilização in vitro, entre outras.
A Bioética busca resolver os conflitos éticos e morais das práticas no campo das Ciências da Vida e da Saúde. Na Medicina, o termo remete ao estudo do comportamento moral dos médicos enquanto profissionais, suas decisões e a relação com os pacientes.
Em resumo, a principal diferença entre ética e bioética é que a ética é um ramo da filosofia que aborda questões morais em geral, enquanto a bioética é uma subárea da ética que se concentra nas questões relacionadas ao tratamento ético da vida e da área das ciências da vida e da saúde.
Suas funções principais são estabelecer normas específicas no campo da ética em pesquisa, funcionar como instância final de recursos, informar e assessorar os órgãos de saúde e sociedade em geral sobre questões relativas a ética em pesquisa, estimular a criação e registrar os CEPs.
Em 1979, Tom Beauchamp e James Childress apresentam, pela primeira vez, os quatro princípios bioéticos: Beneficência, Não Maleficência, Autonomia e Justiça. A autonomia é o único dos princípios bioéticos que não é contemplado no Juramento de Hipócrates, escrito no século V a.C.
A Bioética se apresenta nesta tentativa de apreender e compreender o verdadeiro significado do novo, capacitando-nos a uma possível adaptação. Ela nos permite expressar o nosso pensamento ético, o que nos possibilita encontrar consensos de qual será o comportamento moral mais adequado frente a uma determinada questão.
Por fim, a ecoética e a bioética “são neologismos que combinam a vida e a natureza com a ética, ou seja, com o sentido de viver, a com- binação entre o humano e o natural, a necessidade de refletir sobre as estruturas mais humanas como são a ciência, a tecnologia e a paradig- mática 'qualidade de vida', bem como ...