Formalmente a religião umbanda foi organizada por Zélio Fernandino de Morais, quando ele reuniu rituais africanos e católicos ao espiritismo kardecista.
Diferentes intérpretes apontam que essa religião surgiu no Sudeste brasileiro nas primeiras décadas do século XX. As práticas nominadas “macumba” e associadas aos negros podem ser pensadas como a origem da umbanda.
Macumba é uma espécie de árvore africana e também um instrumento musical utilizado em cerimônias de religiões afro-brasileiras, como o candomblé e a. O termo, porém, acabou se tornando uma forma pejorativa de se referir a essas religiões – e, sobretudo, aos despachos feitos por alguns seguidores (veja o box abaixo).
Os umbandistas acreditam na existência de um deus soberano chamado Olorum (equivalente a Olódùmarè). Eles também creem na imortalidade da alma, na reencarnação e no carma, além de reverenciar entidades, que seriam espíritos mais experientes que guiam as pessoas.
História, mitos e verdades sobre a religião do Candomblé
O que é Exu é do mal?
“Em suma, Exu, quando abre os caminhos dos homens, é associado aos santos católicos e é tido como 'do bem'. Entretanto, quando fecha os caminhos dos homens, é visto como 'do mal' e comparado com as legiões de demônios que impedem o acesso dos homens aos bens do céu”, escreve o professor.
“É ele quem vê as pessoas que estão nos fazendo mal, que enxerga as energias que nos faz mal e é ele [Exu] que vai sempre batalhar por nós”, disse o pai de santo.
Há 39 anos morria no Rio de Janeiro, Zélio Fernandino de Moraes, o fundador da Umbanda; religião que tem cerca de 400 mil seguidores no Brasil. A história relata que Zélio Fernandino, aos dezessete anos, teve uma paralisia que os médicos não conseguiam curar.
Exu é um dos Orixás primordiais. Exu é o Orixá da ordem, do movimento, da comunicação, da fecundação; ele é quem abre os caminhos, vigia os mercados e habita as encruzilhadas.
No Brasil, a palavra “macumba” designa de forma popular e equivocada toda oferenda aos orixás. O termo correto para isto, no Candomblé, seria o “ebó” ou “padê”. Já na Umbanda seria “despacho”. Ainda pode se referir a uma religião específica de matriz africana.
É uma religião monoteísta, centrada na figura de um deus único e onipresente chamado Olorum. Mas existem também outras divindades, conhecidas como orixás, e guias espirituais (as entidades).
A cidade maranhense de Codó (Brasil) é conhecida como "capital da macumba", embora a religião afro-brasileira praticada na região de Codó, bem como em Teresina, seja mais conhecida como terecô.
Por religiões de matriz africana devemos compreender o Candomblé, o Batuque, o Omolokô, a Santeria e a Umbanda. A pratica do sacrifício de animais é encontrada em todas estas religiões com exceção da Umbanda, para qual esta pratica é raramente encontrada .
Por isso, para a Umbanda, uma religião genuinamente brasileira, Jesus é o equivalente a Oxalá, o criador. A figura de Jesus, em termos históricos, por mais que sua santidade seja dependente de cada fé que cada um tiver, possui uma relevância histórica muito grande.
“Em algumas casas das religiões africanas e afro-brasileiras Exu é o sentinela e protetor”, afirma. Mas ele também assume, em algumas canções, características de uma espécie de mensageiro entre os orixás e o ser humano.
A macumba nasce desta fusão, refletindo o mínimo de unidade cultural necessária à solidariedade dos homens, em face de um mundo que não lhes traz senão insegurança, desordem e mobilidade. Ela é o reflexo da cidade em transição, no qual os antigos valores desapareceram sem que os substituíssem aos valores do mundo.
Quem trouxe o candomblé para o Brasil foram os negros que vieram como escravizados da África. Entre eles se destacavam dois grupos: os bantos (que vinham de regiões como o Congo, Angola e Moçambique) e os sudaneses, que vinham da Nigéria e do Benin (e que são os iorubas, ou nagôs, e os jejes).
Por que a figura de Exu foi demonizada no Brasil? A demonização começa na África com a chegadas dos europeus. O Exu já na África sofre grande sincretismo. Como é o orixá mensageiro do panteão foi sincretizado com outra entidade Elegbara, o mensageiro do panteão dos povos fon, que deram origem ao Jeje brasileiro.
Exu é a divindade responsável pela comunicação entre o mundo terreno e o espiritual. Segundo a tradição iorubá, ele é o senhor dos caminhos, o guardião do culto, e nada se faz sem a sua presença.
Para os povos de terreiro, não existe céu nem inferno. Mãe Jaciara conta que o terreiro é o local onde os povos se fortalecem, independente de cor, de credo e de etnia.