Havia três tipos diferentes de escrita gravadas nela, e uma delas era a antiga escrita egípcia — os hieróglifos. O cientista francês Jean-François Champollion (1790-1832) é o homem mais aclamado por seus esforços em decifrar os segredos da antiga escrita, feito que ele anunciou em 1822.
Em 1822, Champollion publicou seu primeiro avanço na decifração da hieróglifos da pedra de Roseta, mostrando que o sistema de escrita egípcio era uma combinação de sinais fonéticos e ideográficos – a primeira escrita desse tipo descoberta.
Jean-François Champollion é considerado o fundador da egiptologia. Foi o primeiro pesquisador a decifrar os hieróglifos egípcios, desenvolvendo, inclusive, técnicas científicas de leitura dessa escrita.
Os hieróglifos só foram decifrados novamente no século XIX, quando uma pedra encontrada por tropas napoleônicas no Egito permitiu que eles fossem decifrados.
O que a decifração da escrita egípcia possibilitou?
A partir de sua decifração por Champollion o reconhecimento desta escrita não somente permitiu o desenvolvimento da egiptologia, mas também assegurou sua adoção nos livros didáticos, no que concerne ao Egito Antigo.
A Invenção da Escrita (Escrita Cuneiforme, Hieróglifos e a Pedra de Roseta) História da Civilização
Quem sabia ler e escrever no Egito Antigo?
Os escribas eram os únicos que dominavam a leitura e a escrita dos hieróglifos. Sua formação acontecia em uma escola palaciana onde os mais bem preparados obtinham cargos de fundamental importância para o Estado.
Sabe-se que a história da escrita começou na antiga civilização mesopotâmica (atual Iraque) por meio dos povos sumérios. Essas pessoas desenvolveram a escrita cuneiforme por volta de 4.000 a.C. Eles iniciaram o processo da escrita usando argila e a cunha (uma ferramenta de metal ou madeira dura, em forma de prisma).
Mas foi Jean-François Champollion, francês conhecido como o fundador da egiptologia, que decifrou o código em 1822. Embora Young não tivesse experiência com a língua egípcia, Champollion era fluente em copta e tinha amplo conhecimento sobre o Egito.
A pedra traz a mesma mensagem em três escritas distintas e, ao comparar o egípcio antigo com o demótico, uma de suas variantes, e o grego antigo, Champollion desvendou o segredo milenar. Ele é, na verdade, um decreto promulgado pelo faraó Ptolemeu V Epifânio que restabelece o domínio dos reis ptolemaicos sobre o Egito.
Frequentemente descrita como "a pedra mais famosa do mundo", sua inscrição guarda um decreto de um conselho de sacerdotes estabelecendo o culto ao faraó Ptolemeu V, no primeiro aniversário de sua coroação.
O francês Jean-François Champollion (considerado o pai da egiptologia), professor de História da Universidade de Grenoble, na França, foi quem conseguiu pela primeira vez, em 1822, traduzir um texto em hieróglifos, gravado na famosa pedra de Roseta.
Havia três tipos diferentes de escrita gravadas nela, e uma delas era a antiga escrita egípcia — os hieróglifos. O cientista francês Jean-François Champollion (1790-1832) é o homem mais aclamado por seus esforços em decifrar os segredos da antiga escrita, feito que ele anunciou em 1822.
Para ler os hieróglifos é necessário observar o sentido em que a figura representada está voltada, por exemplo, quando se utiliza uma imagem humana, devemos notar para onde ela está olhando, lá será o início da frase.
No Egito clássico (entre 2575 a.C. e 1630 a.C.), havia cerca de 700 hieróglifos diferentes usados para a comunicação. Era uma língua complexa: cada um deles podia ser entendido como uma imagem, um som e um símbolo.
Quando os militares franceses descobriram a pedra, tanto os hieróglifos egípcios, como a escrita demótica, eram desconhecidos, apenas sabiam sobre o grego antigo. “A inscrição da Roseta se tornou o ícone da decifração, em geral, com a implicação de que ter bilíngues é a chave mais importante para a decifração.
Qual a importância de Champollion para o conhecimento da história egípcia?
Champollion demonstrou a relação entre elas: a escrita hieroglífica era mais antiga, a hierática era uma forma mais simples e abreviada do hieróglifo, e o demótico era uma versão posterior e mais simplificado do hierático.
A pedra de Roseta está em exibição no Museu Britânico desde 1802 e teve apenas uma pausa de dois anos durante a Primeira Guerra Mundial, quando foi mantida no subsolo por segurança.
Enquanto conduziam um grupo de engenheiros para o Forte Julien, próximo à cidade de Roseta, os soldados franceses se depararam com um fragmento polido de uma pedra entalhada com estranhos glifos cunhados separadamente em três línguas diferentes: grego, demótico e hieróglifos.
Porque a Pedra de Roseta foi escrita em três línguas diferentes?
Isso acontecia pois os escribas egípcios acreditavam que uma versão clássica de sua língua reforçava o tom de autoridade de um texto. É por esse motivo que a Pedra de Roseta conta com duas variações do egípcio, sendo uma da fala do cotidiano, enquanto a outra atribuía formalidade ao documento.
Como foi possível desvendar o que está escrito na Pedra de Roseta?
A partir do grego, os dois gênios souberam que a Rosetta continha um decreto emitido por um conselho de sacerdotes egípcios em 196 a.C.. "Assumindo que os textos das outras duas escritas eram idênticos, então a pedra poderia ser usada para decifrar os hieróglifos", diz o cientista Simon Singh em artigo para a BBC.
Os sumérios foram um povo da Mesopotâmia que formou uma grande civilização a partir de 4000 a.C. São reconhecidos como o primeiro grande povo a se estabelecer na Mesopotâmia, embora os historiadores não saibam detalhes da fixação dos sumérios.
O alfabeto que a gente usa pra escrever português, inglês e uma quantidade imensa de outras línguas se chama alfabeto latino. Quem criou essas letras, como você até pode imaginar, foram os romanos, que falavam uma língua chamada latim, que é nada menos que a origem do nosso português!