O ESPECTADOR/ TESTEMUNHA: é aquele que não está diretamente envolvido no ato de bullying, mas tem grade importância vez que pode validar e reforçar a prática da violência ou fazer cessar, quando não apoia ou intervém.
Espectador do bullying, é alguém que testemunha a prática, seja pessoalmente ou online. Amigos, estudantes, colegas, professores, funcionários da escola, pais etc, podem ser observadores. Quando falamos sobre bullying virtual, o cyberbullying, até estranhos podem ser considerados espectadores.
Normalmente, os alvos dessas agressões são crianças e adolescentes mais tímidos, introspectivos, que possuem alguma doença, que estão acima do peso, que usam óculos ou que possuam qualquer característica que cause um “estranhamento” ao “buller”, que é o nome dado ao agressor.
“As vítimas de bullying podem ter traços de psicopatia, agressividade, com problemas de saúde mental, podem ter sofrido violência, rejeição ou abuso na infância e essas pessoas podem achar que merecem esse tipo de agressão ou que vieram ao mundo predestinadas a sofrer.”
QUAL O PAPEL DO ESPECTADOR DO BULLYING ? Cleo Fante.
Como é o perfil dos alvos de bullying?
Com relação ao perfil das vítimas, sabe-se que crianças e adolescentes com deficiência física e mental, com diferentes orientações sexuais e de gênero, com defeitos congênitos ou adquirido, e com sobrepeso são as principais vítimas do bullying.
Quais são os tipos de pessoas que mais sofrem bullying?
A percepção de bullying é mais frequente entre pessoas mais jovens. Pessoas de 16 a 29 anos, 52% delas disseram que já sofreram bullying no ambiente escolar. Ao passo que pessoas com 60 anos ou mais, cai para 19%. Como essa percepção muda, dependendo da idade da pessoa”.
A professora Laís Bueno, coordenadora dos cursos de Marketing e Pedagogia da UniAlfa, apontou que o Brasil é o 2º país do mundo em casos denunciados de cyberbullying – o 1º lugar é da Índia e o 3º dos Estados Unidos.
O que leva o autor do bullying a praticá-lo é querer ser mais popular, sentir-se poderoso e obter uma boa imagem de si mesmo. É uma pessoa que não aprendeu a transformar sua raiva em diálogo e para quem o sofrimento do outro não é motivo para ele deixar de agir.
Os agressores são crianças com baixa tolerância à frustração que gostam de provocar, magoar e destruir para sentir que têm poder, ou seja, é uma necessidade de afirmação pessoal. Comparativamente com os seus pares, são crianças com dificuldades em fazer amigos e não gostam da escola.
o alvo costuma ser uma criança ou um jovem com baixa autoestima e retraído tanto na escola quanto no lar. ´´ por essas características,dificilmente consegue reagir´´, afirma o pediatra Lauro Monteiro Filho, fundador da Associação Brasileira Multiprofissional de Proteção á infância e adolescência (abrapia).
É comum que o bullying, principalmente o bullying na escola, atinja crianças e adolescentes devido a cor da sua pele, por serem alunos com algum tipo de deficiência, pela orientação sexual, aparência, hábitos ou simplesmente seu modo de ser.
O alvo usual do bullying é o tipo de pessoa que não se enquadra nos padrões sociais tidos como normais, por questões físicas, psicológicas ou comportamentais.
A ideia é praticar a ser um “espectador ativo”, ou seja, um espectador que participa da ação. Isso pode ser possível em cenários que envolvem poucos riscos, como por exemplo quando colegas de trabalho estão sendo rudes uns com os outros, mas ainda não chega a ser uma situação de perigo em si.
Jovens do sexo feminino (16,2%), filhos de mães sem escolaridade (16,2%) e estudantes de escola pública (13,5%) estão entre as principais vítimas das agressões.
A VÍTIMA: Geralmente, são pessoas passivas, fisicamente mais fracas, apresentam menos amigos, demonstram baixa autoestima, são rejeitados pelos pares e dependente de outros, apresentando diferenças observáveis e/ou habilidades sociais mais fracas.
Quem pratica o bullying? O perfil dos agressores, em geral, são crianças que por algum motivo são levadas a ter comportamentos agressivos com os colegas. Apesar dos praticantes do bullying terem noção de estarem causando sofrimento, eles persistem realizando os atos como uma forma de aceitação em seu meio social.
Fante (2005:61) diz que os especialistas consideram como causa do bullying quer a ausência de autoridade, quer a sua presença violenta: "As causas desse tipo de comportamento, segundo especialistas, devem-se à carência afetiva, à ausência de limites e ao modo de afirmação do poder dos pais sobre os filhos, por meio de ...
O bullying, infelizmente, está presente em todos os cantos da sociedade, mas essa prática ocorre com mais frequência nas escolas, sejam elas públicas ou privadas, rurais ou urbanas.
Os dados da Pesquisa Nacional de Saúde Escolar também indicam que o percentual dos meninos que sofrem bullying (7,9%) é maior do que o de meninas (6,5%). São os meninos também os que mais praticam bullying com os colegas, 26,1% contra 16% das meninas.
Os questionários foram respondidos pelas unidades que realizaram o Saeb (Sistema de Avaliação da Educação Básica). Santa Catarina, São Paulo e Rio Grande do Sul lideram. Esses foram os estados com maiores indíces de escolas que registraram ocorrências de bullying.
O que leva o autor do bullying a praticá-lo é querer ser mais popular, sentir-se poderoso e obter uma boa imagem de si mesmo. É uma pessoa que não aprendeu a transformar sua raiva em diálogo e para quem o sofrimento do outro não é motivo para ele deixar de agir.
No que se refere ao gênero, verifica-se que discentes do sexo masculino têm maior propensão ao envolvimento com o bullying que as meninas, seja como vítima, agressor ou vítima-agressor. Os diferenciais são mais expressivos nas escolas privadas que nas públicas.
Pesquisas recentes sugerem que os efeitos do bullying infantil podem durar décadas, causando mudanças duradouras que podem nos colocar em maior risco de problemas de saúde mental e físicos.