Segundo o IBGE, 56,1% dos brasileiros se declaram negros, grupo que reúne pretos e pardos. Mas são poucos os que ocupam cargos de decisão. No Senado, o primeiro senador negro só tomou posse em 1991. Já a primeira senadora negra foi eleita em 1995.
Os negros enfrentam dificuldade na progressão de carreira, na igualdade de salários e são os mais vulneráveis ao assédio moral no ambiente de trabalho, apesar da proteção constitucional contra o racismo e a discriminação.
O negro sempre foi importante para o desenvolvimento social e econômico do país porque sempre esteve presente em todos os ciclos exploratórios pelos quais o país passou. Está presente também na culinária do país, em aspectos culturais para o desenvolvimento de algumas danças que hoje começam a ser mais valorizadas.
Conforme convenção do IBGE, no Brasil, negro é quem se autodeclara preto ou pardo, pois população negra é o somatório de pretos e pardos. Para fins políticos, negra é a pessoa de ancestralidade africana, desde que assim se identifique.
Atualmente, o Brasil concentra o maior número de população negra fora do continente africano. No entanto, 133 após a assinatura e oficialização da cidadania do povo negro, muitos ainda se encontram em condições desiguais em relação à população branca.
Desigualdade Racial no Brasil - 2 minutos para entender!
Como o negro é visto na sociedade atual?
O negro é visto, a partir daí, como um perigo em potencial para a vida social, um foco de criminalidade, aletramento, analfabetismo em si mesmo. É essa desconfiança que constitui historicamente uma forma social que chamo de forma social escravista, que não é a mesma coisa que sociedade escravista.
Segundo o levantamento do Instituto de Pesquisa do DF (IPEDF), divulgado em novembro de 2022, 29,3% da população negra enfrenta algum tipo de insegurança alimentar. No campo da saúde, 75% dos negros do DF utilizam exclusivamente o Sistema Único de Saúde (SUS). Entre os não negros, essa proporção é de 58%.
A população brasileira está tendo mais orgulho em se reconhecer mais “escurecida”. Essa é uma constatação de especialistas ouvidos pela Agência Brasil após os mais recentes resultados do Censo 2022, que revelaram que 55,5% da população se identifica como preta ou parda.
Para fins legais, o Estatuto da Igualdade Racial estabelece que são consideradas pessoas negras as que se autodeclaram pretas e pardas, conforme o quesito cor ou raça usado pelo IBGE e que possuam traços físicos, também chamados de fenotípicos, que as caracterizem como de cor preta ou parda.
O racismo no Brasil não é praticado de forma velada, mas sim escancarada, especialmente considerando os aspectos estruturais e institucionais. As oportunidades no mercado de trabalho, a distribuição de renda, o percentual da população carcerária e as condições desiguais de moradia só ressaltam isso.
Faltam oportunidades no setor educacional, no mercado de trabalho e também para o desenvolvimento pessoal - tudo isso devido ao racismo e ao desfavorável cenário econômico enfrentado pela população negra brasileira que é a que mais tem sofrido com o agravamento da pobreza no Brasil no último ano, segundo um ...
Causa: essa desigualdade advém de estruturas históricas de racismo e discriminação, perpetuadas por uma indústria midiática que prioriza narrativas e imagens que não refletem a diversidade racial da sociedade brasileira.
O negro contribuiu com a cultura brasileira em seus vários aspectos, desde as artes, língua, religião, economia e indústria. O legado africano para o Brasil é imenso. Foram os negros que povoaram o Brasil, mesmo compulsoriamente, ao contrário dos europeus que fizeram daqui uma colônia de exploração.
Negros sofrem mais com doenças crônicas e adversidades na vida explicam parte desse adoecimento. Diabete, hipertensão, doença renal crônica, obesidade, transtornos mentais. Estes são alguns dos problemas de saúde mais frequentes entre a população negra (pardos e pretos em conjunto), em comparação à população branca.
Negros e pardos representam 53,6% de toda a população do Brasil e, mesmo sendo a maior parte está numa minoria de posições de destaque e prestígio social, como chefias de empresas e outros cargos de maior status. Cerca de 12% da população preta e 13% da parda têm ensino superior.
Marginalizada, sem assistência e com uma vida precária, a população negra no Brasil continuou a enfrentar muita dificuldade. Os negros eram discriminados socialmente, não tinham acesso aos mesmos direitos que os brancos e foram perseguidos.
De acordo com o Estatuto da Igualdade Racial, o termo "negro" engloba tanto indivíduos pardos quanto pretos, abrangendo uma categoria mais ampla que corresponde à combinação de pessoas afrodescendentes. O termo pardo está documentado nas primeiras cartas enviadas depois da chegada dos portugueses ao Brasil, em 1500.
Dessa forma, de acordo com os critérios do IBGE, o termo "negro" engloba tanto indivíduos pardos quanto pretos, abrangendo uma categoria mais ampla que corresponde à combinação de pessoas autodeclaradas como pretas e pardas.
Segundo o IBGE, preta é a pessoa de ancestralidade africana, desde que se autodeclare assim. Vale lembrar que a definição de raça/cor do IBGE é feita por uma autodeclaração, assim, é preciso que a pessoa se autodeclare preta ou parda para ser assim tida como tal.
Já o conceito de negro é definido pelo Estatuto da Igualdade Racial como: o conjunto de pessoas que se autodeclaram pretas e pardas, conforme o quesito cor ou raça usado pelo IBGE, ou que adotam autodefinição análoga.
Pretos e pardos que compõem a população negra do país são maioria entre trabalhadores desocupados (64,2%) ou subutilizados (66,1%), segundo informativo Desigualdades Sociais por Cor ou Raça no Brasil, divulgado hoje (13) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).