Omulu ou Obaluaiê têm o poder de controlar todas as doenças, principalmente as contagiosas. Agosto é o mês de Omulu, o Orixá que veste um grande capuz de palha que cobre todo seu corpo. Omulu é filho de Nanã que enfeitiçou Oxalá para conseguir engravidar.
No Brasil, ele é sincretizado com Omolu, o orixá que desempenha funções semelhantes na religião dos orixás. Ambos são venerados e temidos, invocados para afastar doenças, proteger contra a morte prematura e apaziguar a ira da terra.
Omolu e Obaluaiê são os regentes das almas e dos Pretos Velhos. Seu campo de força e local de oferendas se encontram na Calunga Pequena (cemitérios). Sua saudação é "Atotô Abaluaiê / Atotô Omolu", que significa "Silêncio para o grande rei da Terra".
Omolú é o orixá da cura e das doenças, um dos mais antigos que existem. Também é conhecido como Obaluaê, Sapatá e Xapanã, e sincretizado com São Lázaro no catolicismo. Omolú é o orixá da cura, muito associado ao sol e conhecido como senhor da terra. Ouça o texto abaixo!
Omulu é o médico dos Orixás, o senhor da cura das chagas e de outras moléstias. Por outro lado, é o Orixá soturno e perigoso, dono das doenças epidêmicas. É uma divindade da terra, tanto do solo quanto do subsolo.
Tanto no Candomblé quanto o Obaluaiê na Umbanda é sinônimo de temor, pois ninguém esconde nada deste Orixá, ele é capaz de enxergar qualquer detalhe da vida de uma pessoa, é também o responsável pela morte já que rege a terra e é dela que tudo nasce e tem seu fim.
Do iorubá abe'rin (“abe” significa “debaixo” e “rin” significa “úmido”), o aberém é uma comida oferecida a Omolu e Oxumarê, feita com milho ou arroz moído na pedra, envolvida em folhas de bananeira e cozida no vapor. Pode ser servida com caruru e mel de abelhas.
Nas giras de Umbanda, Omolú se manifesta através dos seus falangeiros. Na Umbanda, Omolú é respeitado e temido, mas também profundamente amado por sua capacidade de trazer cura e renovação, sendo um Orixá fundamental para o equilíbrio e a saúde dos seres humanos e do mundo espiritual.
A folha ritual de Obaluaê é a mamona, a sua bebida ritual é o Aruá e a sua comida ritual predileta é a pipoca, como vimos anteriormente em sua mitologia, com fatias de coco. O dendê também é bem vindo por esse orixá.
São extremamente prestativos e trabalhadores, são amigos de verdade. São perseverantes, pacientes, amorosos e fiéis a uma causa. Para os filhos de Omulu, a justiça não é a dos homens, e sim a de Deus (Olorum). Muito intuitivos e de mente aguçada, têm uma capacidade mental atualizada ao seu tempo.
Linha de Omolu = Contas Brancas e Lilás (Candomblé)/ Roxas (assim como a da Linha de Nanã), podendo ser também Pretas e Brancas (Linha de Preto-Velho) - Umbanda. Linha de Iemanjá = Contas Azul claro (em alguns casos contas Brancas e Azuis) - Candomblé/ Azul-claro ou Cristal (Transparente) - Umbanda.
Oferendas de Comida: Prepare e ofereça pratos que são do agrado de Omulu como pipoca, farofa, inhame, favas, mel e cebola. Essas oferendas são geralmente colocadas em uma cabaça e deixadas em encruzilhadas ou enterradas na terra.
Orixá Exu tem sua imagem desmistificada como ser do mal e assustador. Considerado por muitos como um ser “assustador”, o orixá Exu, cultuado nas religiões de matrizes africanas, está fortemente ligado ao negro brasileiro e a sua história.
"Entenda: Omolu não é apenas a cura, ele é quem carrega as doenças e quem permite que elas sejam restauradas. A vida e as melhores intenções das pessoas aparecem na doença.
Omolu formata a linha em que trabalham os Exús, já Obaluaê formata junto a Oxalá a linha em que trabalham os Pretos Velhos. Omolu atua nos seres humanos pelo chacra básico, enquanto Obaluaê está presente pelo chacra esplênico.
Os umbandistas acreditam na existência de um deus soberano chamado Olorum (equivalente a Olódùmarè). Eles também creem na imortalidade da alma, na reencarnação e no carma, além de reverenciar entidades, que seriam espíritos mais experientes que guiam as pessoas.