Quem criou a linguagem neutra A primeira língua oficial a adicionar um pronome neutro de terceira-pessoa, através de uma autoridade institucional, foi o sueco.
Quem inventou a linguagem neutra? Não se sabe exatamente se foi apenas uma pessoa específica, um grupo de pessoas, ou uma organização que “inventou” a linguagem neutra, pois seu uso tem sido praticado em diferentes culturas e idiomas há anos.
O uso de uma expressão que não abarca nem o gênero masculino e feminino busca atingir pessoas trans e não-binárias. Publicado em 6 de janeiro de 2023 às 20h07. Além da saudação tradicional a homens e mulheres, o governo Lula passou a adotar o pronome neutro 'todes' em eventos e cerimônias oficiais.
É a substituição dos artigos feminino e masculino por um "x", "e" ou até pela "@" em alguns casos. Assim, "amigo" ou "amiga" viram "amigue" ou "amigx". As palavras "todos" ou "todas" são trocadas, da mesma forma, por "todes", "todxs" ou "tod@s".
A Câmara dos Deputados aprovou nesta 3ª feira (5. dez. 2023), durante a votação do projeto de lei que institui uma política nacional de linguagem simples, uma emenda que estabelece a proibição do uso da linguagem neutra pela comunicação de órgãos e entidades da administração pública.
O termo "todes" vem sendo utilizado há algum tempo e possui importância dentro da comunidade LGBTQIAP+, ainda que o apresentador Ratinho não esteja interessado em citá-lo. O uso da linguagem neutra é uma forma de se referir às pessoas não-binárias, ou seja, que não se identificam com os gêneros feminino ou masculino.
'Todes' já é uma palavra popular, utilizada para substituir o masculino genérico – “Bom dia a todes” –, ou em contexto no qual o falante quer contemplar todos os gêneros, especificando-os: “Bom dia a todas, todes e todos”. Também propõe os pronomes pessoais Ile e Elu e suas derivações.
A linguagem neutra, não binária ou inclusiva não é uma imposição dos movimentos feministas ou LGBTQIA +, mas uma tentativa de inclusão de pessoas historicamente marginalizadas. Além disso, a proposta do gênero neutro visa abarcar tanto coletivos quanto pessoas que não encontram lugar no binarismo.
O pronome neutro é uma forma de pronomes que não é especificamente associada a nenhum gênero, seja masculino ou feminino. Ele é utilizado para referir-se a uma pessoa de maneira mais inclusiva, especialmente quando não se deseja fazer referência ao gênero masculino ou feminino da pessoa.
O pronome neutro “hen” tem sido usado desde a década de 1960, mas ganhou força nos últimos anos com o ativismo da comunidade trans. O uso pronome é tão difundido atualmente que ele ultrapassa o âmbito do ativismo trans e feminista, sendo implementado em textos oficiais, legais e também pela imprensa e livros.
Segundo Coutinho (1976), no latim neutro era comum as desinências e os qualitativos assumirem a forma neutra quanto aos substantivos exemplo: Pulchrum (o belo), Justim (o justo), (todas as coisas).
A linguagem neutra surgiu, então, como uma possibilidade de diminuir o desconforto, aumentar a inclusão desses grupos e acolhê-los. No dia 14 de julho, celebra-se o Dia Internacional de Pessoas Não Binárias.
O uso da linguagem neutra em sala de aula como princípio da dignidade humana ganhou reforço com a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que derrubou lei estadual que proibia o uso de pronomes neutros nas escolas.
Todos um termo globalizante, inclusivo. Quando se diz “bom dia a todos”, a audiência feminina já está incluída. Portanto, se dissermos “bom dia, a todos e todas”, isso equivale a dizer “bom dia a todos e todas e a todas”, pois, no pronome indefinido “todos”, a audiência feminina já está incluída.
É a substituição dos artigos feminino e masculino por um "x", "e" ou até pela "@" em alguns casos. Assim, "amigo" ou "amiga" virariam "amigue" ou "amigx". As palavras "todos" ou "todas" seriam trocadas, da mesma forma, por "todes", "todxs" ou "tod@s".
Nele, foi incluída a proibição do uso de linguagem neutra. Pelo texto, "novas formas de flexão de gênero e número das palavras da língua portuguesa", como "todes", não poderão ser usadas em comunicações com a população.
“Há professores e professoras severamente perseguidos por utilizarem a linguagem neutra. Há pessoas que acham que a utilização da linguagem neutra é ensinar a criança que ela não é menino ou menina. E não é nada disso. Não influenciamos a orientação sexual das pessoas.
O termo “Todes” é usado pela comunidade não-binária, ou seja, pessoas que não se identificam com o gênero feminino nem com o masculino. Informalmente, foi criada a “linguagem neutra” para utilizar termos que não definam essas pessoas como homem ou mulher, como forma de inclusão e respeito.