Strauss foi um oficial da Marinha e presidente da Comissão de Energia Atômica dos Estados Unidos. Seu interesse por física nuclear se intensificou após a morte de seus pais na década de 1930, vítimas de câncer.
Como chefe da Comissão de Energia Atômica, Strauss manteve a sua rivalidade com Oppenheimer. Na verdade, ele impôs como condição para aceitar o cargo que o físico fosse mantido afastado de todas as informações confidenciais sobre questões nucleares.
Strauss considerava Oppenheimer um risco à segurança porque ele havia permitido que seu irmão Frank, membro do Partido Comunista, trabalhasse no Projeto Manhattan – e por causa das associações de Oppenheimer com outros comunistas nas décadas de 1930 e 1940.
O mais famoso e importante deles foi, de fato, Klaus Emil Julius Fuchs, um físico alemão que trabalhou em Los Alamos, sob a supervisão de Robert Oppenheimer. Atuou infiltrado e forneceu segredos importantes para os comunistas.
Quem foi Lewis Strauss, o eterno inimigo de Oppenheimer, o 'pai' da bomba atômica. "Ficou claro que ajudar a alimentar os famintos e vestir os nus na Bélgica e no norte de França era contribuir para a história", escreveu Strauss nas suas memórias.
Oppenheimer | FINAL EXPLICADO - Qual a motivação do Strauss? As cenas em Preto e Branco
Quem foi o traidor do Projeto Manhattan?
'Oppenheimer': Joseph Rotblat, o único cientista que abandonou o Projeto Manhattan por razões morais (e ganhou o Prêmio Nobel da Paz) “Uma história de US$ 1 bilhão sobre o dilema ético das armas nucleares?”, brincou o ator Robert Downey Jr. ao ganhar o Globo de Ouro de melhor ator coadjuvante pelo filme Oppenheimer.
Com as crescentes acusações contra o físico e pelo fato de não apoiar o uso de novas bombas atômicas, Oppenheimer começou a ser taxado como traidor do governo dos EUA, mesmo tendo servido ao país durante a guerra.
Além desses personagens, Oppenheimer também destaca algumas figuras históricas que retrataram de maneira diferente da realidade. Por exemplo, o filme sugere que o comunista Jean Tatlock traiu J. Robert Oppenheimer para passar informações secretas para os soviéticos.
"Se eu soubesse que os alemães falhariam na construção da bomba atômica, não teria participado da abertura dessa caixa de Pandora” é uma das frases mais impactantes ditas pelo físico alemão Albert Einstein após seu apoio ao Projeto Manhattan, liderado por J. Robert Oppenheimer.
Fumante inveterado, o físico apresentou diversos problemas de tuberculose ao longo da vida. Morreu em 18 de fevereiro 1967, vítima de um câncer de garganta.
Lewis, que temia o poder dos soviéticos e desconfiava das intenções de Julius Oppenheimer, iniciou uma espécie de caça as bruxas. A ligação do físico com pessoas próximas ao Partido Comunista só agravaram as 'suspeitas'.
Na noite do bombardeio de Hiroshima, Oppenheimer foi aplaudido por uma multidão de colegas cientistas em Los Alamos e declarou que seu único arrependimento era o fato de a bomba não ter sido concluída a tempo de ser usada contra a Alemanha.
Porque Einstein não participou do Projeto Manhattan?
Uma pergunta importante: por que é que Einstein não foi convidado para o Projeto Manhattan? Em verdade, ele era um notório pacifista e não produziria uma arma que só em Hiroshima matou no momento da explosão 70 mil civis.
Por fim, há um último período retratado em Oppenheimer. Em 1963, o cientista recebe o Prêmio Enrico Fermi em reconhecimento a sua contribuição para o desenvolvimento nuclear. Uma homenagem do governo dos EUA concedida como um gesto de reparação pelo tratamento dado a ele nos anos pós Segunda Guerra.
O consenso parece ser o de que Oppenheimer tinha capacidade intelectual de sobra para levar um Nobel para casa, mas suas realizações como cientista não ficaram à altura dessa possibilidade –por pouco.
Após a morte de seu pai, Peter estabeleceu-se permanentemente no norte do Novo México, residindo na fazenda Perro Caliente, que seu pai havia adquirido anos antes. Segundo o Today, Peter ainda mora no Novo México e atua como carpinteiro. Ele tem três filhos: Dorothy, Charles e Ella.
Hoje o Laboratório Nacional de Los Alamos ainda serve como centro de estudos da Administração Nacional de Segurança Nuclear, entretanto, os mais curiosos podem visitar algumas das dependências da cidade que uma vez foi secreta, explica o House Beautiful.
Albert Einstein talvez seja mais famoso por ter apresentado ao mundo a equação E=mc². Basicamente, ele descobriu que a energia e a massa são intercambiáveis, preparando o terreno para a energia nuclear e as armas atômicas.
Segundo as estimativas, o QI do Albert Einstein estava entre 160 e 180. Isso o colocaria no campo dos gênios, mas ele não teria o QI mais alto de todos. De acordo com alguns apontamentos, William James Sidis (1898-1944) teria sido o dono do maior QI de todos, estimado entre 250 e 300.
Como retrata o filme, essa discussão ocorreu ao mesmo tempo em que Strauss suspeitava das verdadeiras intenções de Oppenheimer. A desconfiança foi alimentada pelo fato de várias pessoas próximas a Oppenheimer terem sido filiadas ao Partido Comunista americano, incluindo o seu irmão e a sua esposa.
4. Oppenheimer zombou de Strauss sobre isótopos. No filme, a perseguição de Lewis Strauss por Oppenheimer é justificada pela humilhação que o ex-oficial naval sofreu pelo físico durante uma sessão da Comissão de Energia Atômica dos Estados Unidos (AEC) em 1949.
Após o fim da Segunda Guerra Mundial, a esfera de Rufus, uma potencial bomba nuclear que nunca foi detonada, mas usada para pesquisa, fez duas vítimas fatais no laboratório de Los Álamos (EUA). Usada sem sucesso em testes nucleares, ela foi finalmente derretida.
Uma delas é a intrigante Jean Tatlock, um dos grandes amores de Oppenheimer. Importante na saga do 'pai da bomba', ela teve um destino melancólico em 1944, quando foi encontrada morta após um caso de suícidio. No filme de Nolan, o episódio é retratado de maneira angustiante.
Fumante inveterado desde a adolescência, Oppenheimer sofreu episódios de tuberculose ao longo da vida. Ele morreu de câncer da garganta em 1967, com 62 anos de idade. Em um raro momento de simplicidade, dois anos antes da morte, o físico traçou uma distinção entre a prática da ciência e a poesia.
Um espião entre nós. O filme de Christopher Nolan explora muitas das figuras que rondam J. Robert Oppenheimer durante a criação da bomba atômica . Com um elenco repleto de estrelas de Hollywood, um dos personagens passa batido na história: Klaus Fuchs.