São Paulo — Um operador da Faria Lima, centro financeiro na capital paulista, foi denunciado pelo Ministério Público de São Paulo (MPSP) por lavagem de dinheiro para Odair Lopes Mazzi Junior, o Dezinho, um dos chefões do Primeiro Comando da Capital (PCC).
A organização é financiada principalmente pelo tráfico de drogas, mas roubos de cargas, assaltos a bancos e sequestros também são fontes de faturamento.
Dois terços do faturamento do PCC são exclusivamente do tráfico internacional, de acordo com as investigações. O setor da organização criminosa responsável pela atividade ficou conhecido como "Tomate". Isso porque, segundo o promotor, a cocaína saía do país por meio de carregamentos de tomates.
Com larga experiência no mercado, Diego Mazzi de Aquino, de 36 anos, é cunhado de Dezinho e trabalhou nos últimos anos em um grande banco e em uma corretora de investimentos. Ele é acusado de atuar como “laranja” do líder do PCC e dar orientações para driblar alertas de bancos sobre operações financeiras suspeitas.
PCC usava restaurantes e bares em SP para lavar o dinheiro do tráfico
Onde está o líder do PCC?
Apesar da decisão, o líder do PCC não deixará a Penitenciária Federal de Brasília, onde foi transferido em janeiro de 2023, e continuará cumprindo pena, que ultrapassa 300 anos, sobre outros crimes que cometeu.
No Brasil, a presença do PCC, além de São Paulo, é mais forte em Mato Grosso do Sul e no Paraná por causa da fronteira com os países que têm bandos parceiros da facção.
A facção atua principalmente no estado de São Paulo onde possui mais de 8 mil membros e está presente em 90% dos presídios paulistas e fatura cerca de 120 milhões de reais por ano.
Para ingressar no PCC, a facção exige envolvimento anterior com o mundo do crime e a indicação de um “padrinho” integrante da organização que se responsabiliza pelas condutas do “afilhado”.
Uma das maiores facções criminosas do mundo, o PCC chega aos 30 anos neste ano com cerca de 40 mil criminosos batizados e presença em ao menos 26 países, de acordo com a polícia.
Entre os “artigos” que definem as regras de comportamento impostas nas “quebradas”, destacam-se os que proíbem envolver-se com mulheres comprometidas, usar drogas em locais proibidos, estuprar, usar o nome do PCC em vão, roubar a facção e mentir a seus líderes.
Dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, feito pelo núcleo investigativo da RecordTV, mostram que 53 facções estão espalhadas pelo país, sendo o PCC a mais dominante. O CV está em 13 e no Distrito Federal.
O próprio surgimento da facção, em 1993, deu-se com o assassinato de detentos rivais em uma partida de futebol, na Casa de Detenção de Taubaté. Apesar de afirmar buscar “Paz, Justiça e Liberdade”, o PCC sempre mostrou que a violência é uma alternativa possível para a solução dos conflitos.
O gesto fálico é um dos gestos de insulto mais familiares, explica o antropólogo Desmond Morris. “O dedo médio é o pênis e os dedos laterais são os testículos. Saúde: A cada 3, TD3, TDIII.
A disputa: a batalha entre as duas facções ocorre por dois motivos. O primeiro pela aliança entre o PGC e o CV, em Santa Catarina. O outro seria pelo controle dos portos clandestinos catarinenses para envio de drogas via rotas marítimas.
Como é a saída de um membro do PCC? No caso do PCC, segundo o MPSP (Ministério Público de São Paulo), para sair, o integrante precisa fazer o pedido para a sua chefia, informando os motivos. Em caso de dívida, a mesma deve ser paga para deixar a facção.
R$ 5 milhões por semana: as investigações que frustraram o plano de resgatar Marcola ainda revelaram que o líder do PCC tem um faturamento de R$ 20 milhões por mês, algo em média de R$ 5 milhões por semana com negócios particulares.
O "batismo" é uma cerimônia, feita às vezes em conferência telefônica, na qual o criminoso afirma que aceita as regras da facção, respondendo a um questionário. Ao ser aprovado, entra para o chamado Livro Branco, onde estão os ""irmãos" do crime.
Os oito homens que fundaram o PCC são: Ademar dos Santos, o Dafé; Antônio Carlos dos Santos, o Bicho Feio; Antonio Carlos Roberto da Paixão, o Paixão; César Augusto Roris da Silva, o Cesinha; Isaías Moreira do Nascimento, o Isaías Esquisito; José Márcio Felício, o Geleião; Misael Aparecido da Silva, o Misa; e Wander ...
A facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital), a maior do país, foi criada por oito presos em 31 de agosto de 1993, no anexo da Casa de Custódia de Taubaté (a 130 km de SP), para, segundo seus fundadores, "combater a opressão dentro do sistema prisional paulista" e também "para vingar a morte dos 111 presos do ...