Era Xangô. Ele era um alabê, chefe dos tocadores de atabaques, que rejeitou deitar-se com Oxum. Ao ritmo de um atabaque, com toques rápidos de características guerreiras, Oxum desmanchava-se em felicidade numa relação sexual com Xangô. Oxum implorava por seu amor, mas ele só desdenhava dela.
Oxum sempre foi uma moça muito curiosa e interessada em aprender de tudo. Como sempre foi manhosa, além de ser muito mimada, conseguia tudo de seu pai, Oxalá.
Exu sentiu-se atraído pela bela mulher, mas não era de entregar nada gratuitamente e lhe propôs um trato. Se ela ficasse junto dele por sete anos, fazendo todos os serviços de sua casa, entregaria os mistérios que ela tanto desejava. Oxum aceitou e durante todo o tempo do trato, lavou, passou e cozinhou para Exu.
Filha de Iemanjá e Orunmilá (Ifá – o oráculo), Oxum teve três maridos: Ogum, Xangô e Oxosse, sendo que deste último gerou Logunedé que viveu seis meses com o pai, nas matas e seis meses com a mãe, nas águas doces.
Oxum é a orixá dos rios, das cachoeiras, da fertilidade e da beleza. Foi casada com Xangô e com Ogum, mas também teve um relacionamento com Oxóssi. Ouça o texto abaixo!
Características Negativas: chantagistas, choram para ter a piedade dos outros, dramáticos, são matreiros, debochados, possessivos, exigentes, ciumentos, autoritários. Gostam de palpitar sobre os problemas alheios, adoram criticar.
E a deusa não rejeita a carne de cobra. Já entre os alimentos que são sua quizila, isto é, aqueles alimentos que não podem ser consumidos ou ofertados ao orixá por fazer algum mal ou cortar seu axé, estão a tangerina, a carambola e os pombos.
No mito, Xangô só foi capaz de amar Oxum quando ela se despojou da sua antiga vida ou de tudo aquilo que não pertencia à sua alma. Numa visão literal, é como se a posição masculina fosse a de não se conformar com o feminino que se mostra com mais poderes que ele.
Irmão mais novo de Exú e Ogum, o Orixá é considerado o rei da caça, sendo associado à vida ao ar livre e a elementos da natureza. “Como todo caçador, era solitário, mas nunca viveu sem um grande amor. Em sua plenitude, teve um envolvimento com Oxum, que resultou em um filho, Logum Edê”, relata Manguinha.
Esse cosmo é o núcleo religioso em que ele tem a sua relação com o sublime, com o transcendente. O nome que se dá ao transcendente pode ser Olorum ou Oxum. Pouco a pouco, o povo da Bíblia descobriu que se tratava de um só Deus com muitos nomes e diversas manifestações4.
Há duas versões para que tenha cortado a própria orelha: numa delas o fez por ter sido ludibriada por Oxum ; noutra, a intenção era puramente o sacrifício. Nas duas versões, Obá corta a própria orelha por amor a Xangô. Quando se manifesta nos terreiros, esconde o defeito com a mão.
Ypondá é a qualidade de Oxum mais ríspida e feiticeira, tem seu culto fundamentado com as Yami (senhoras feiticeiras da floresta) e é a mãe de Logunedé.
Opará/Apará (Òpárá) é a divindade dos rios e cachoeiras, por vezes confundida como uma qualidade da Orixá Oxum, mas aos iorubás se trata de uma divindade própria, muito guerreira.
Filha de Oxum é vaidosa, valoriza muito o amor, seja o próprio ou por outras pessoas, exalam beleza e sensualidade, pois são seres honestos e dedicados. Herdando as características dessa poderosa orixá, as filhas ostentam carinho e calmaria, tendo assim muita sorte no amor. Vem entender mais o que é ser filha de Oxum.
O seu canto e seu choro são consequências do ambiente ou dos sentimentos das pessoas que ela vai ajudar, que podem estar tristes ou angustiadas. Neste caso, a combinação do canto (mantra) com o choro se torna uma ferramenta efetiva para o descarrego das pessoas necessitadas.
Também adora que lhe ofereçam cerveja, vinho doce e licor de caju, bem como flores do campo e frutas. Para ter efeito, as oferendas devem ser depositadas em bosques ou matas.
Oxum é a Senhora dos rios e cachoeiras. Rege a beleza e o amor. Para ter sua proteção, use aos sábados roupas ou peças amarelas, azuis ou rosas e ofereça-lhe feijão fradinho cozido com ovos cozidos. Seus números para sorte: 5, 7, 10 e 16.
Linha de Oxum = Contas Amarelas (Douradas) - Candomblé/ Azuis-escuras, podendo usar dourado também (Umbanda) Linha de Xangô = Contas Marrons (Candomblé e Umbanda) Linha de Iansã = Contas Rosas (em alguns casos Vermelhas e Laranjas) - Candomblé/ Amarelas, em alguns casos podendo usar laranja ou vermelho escuro (Umbanda)