Numa tacada só, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), privatizou a construção do Trem Intercidades Eixo Norte (TIC), ligando São Paulo a Campinas, e a Linha 7-Rubi da CPTM.
A principal razão que leva o governo Tarcísio a querer privatizar todas as linhas do Metrô e da CPTM é a saúde financeira das empresas públicas, que vem piorando nos últimos anos.
Linhas privadas ganham 4 vezes mais, mas transportam menos que Metrô e CPTM. Expectativa: privatizar os trilhos de São Paulo vai trazer mais eficiência e economia para o Estado. Realidade: falhas graves nas linhas operadas pela iniciativa privada, enquanto Metrô e CPTM, estruturas públicas, ficam com o prejuízo.
A privatização aumenta a intensidade do trabalhado dos metroviários, reduzindo a segurança. A privatização serve apenas para administrar a linha e não resulta na sua ampliação.
Numa tacada só, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), privatizou a construção do Trem Intercidades Eixo Norte (TIC), ligando São Paulo a Campinas, e a Linha 7-Rubi da CPTM.
O governo do Estado está privatizando as linhas em blocos. Em 2021, as linhas 8-diamante e 9-esmeralda foram assumidas pela ViaMobilidade. A linha 7-rubi é a que está com o processo mais adiantado.
Cidades onde a iniciativa privada cuida da maior parte do sistema são raras. Dois exemplos são o metrô de Buenos Aires, na Argentina, e o do Rio de Janeiro.
Quem é o novo dono da Sabesp? O novo dono da Sabesp, após a privatização, é o Grupo Equatorial. A Equatorial Energia adquiriu 15% das ações da Sabesp, tornando-se o principal acionista.
As linhas a serem privatizadas são as que mais levam passageiros na cidade. A 3-vermelha transportou mais de 300 milhões em 2022, seguida da 1-azul (295,9 milhões) e da 2-verde (167 milhões). A 15-prata, um monotrilho na zona leste, é marcada por problemas constantes de operação.
Toda vez que alguém carrega o BU, o dinheiro arrecadado vai para uma conta única. A verba é repartida entre SPTrans (responsável pelos ônibus, controlada pela prefeitura paulistana), as públicas Metrô e CPTM, e o grupo CCR (que inclui ViaMobilidade e ViaQuatro).
Os passagei- ros tiveram que desembarcar pelos trilhos. A Linha 4-Amarela, que é privatizada e opera- da pela concessionária ViaQuatro, não suportou a quantidade de pessoas e estações foram fecha- das.
Privatizar é muito ruim, inclusive para os usuários. A empresa privada tem como meta o lucro e isso faz com que o serviço piore e a tarifa aumente. A greve é um instrumento histórico de luta e tudo que se conseguiu de direitos foi por meio dela", argumentou.
O Metrô de São Paulo reportou, no período, prejuízo de R$ 1,167 bilhão, ante R$ 759 milhões em 2021, aumento de 53,8% em relação ao período comparativo. A receita operacional líquida foi de R$ 2,164 bilhões no acumulado de 2022, aumento de 40,1%, comparado a 2021 que alcançou R$ 1,545 bilhão.
A gestão estatal relata que, com a privatização, seria possível promover uma redução tarifária e as metas de universalização dos serviços de saneamento seriam alcançadas com uma antecipação de quatro anos, de 2033 para 2029.
A Equatorial (EQTL3) reportou nesta quarta-feira (14) lucro líquido ajustado de R$ 306 milhões no segundo trimestre, 16,8% superior ao resultado de um ano antes, segundo balanço financeiro.
Um dos motivos foi a forma como a oferta foi feita pelo governo paulista. A ideia era que houvesse concorrência na escolha do investidor de referência (indivíduo ou entidade que possui uma participação significativa) da companhia, mas somente a Equatorial entrou na jogada e deu o lance.
O governo de São Paulo priorizou o repasse de verba pública para empresas privadas responsáveis por linhas de trem e metrô na capital. As concessionárias ViaMobilidade e a ViaQuatro receberam juntas 2 bilhões de reais para transportar cerca de 500 milhões de passageiros no ano passado.
Na coluna crônica deste sábado (23) o correspondente Roberto Kovalick mostra a estação de trem e metrô mais movimentada do mundo, em Tóquio, no Japão. A Estação Shinjuku recebe, diariamente, cerca de 3,7 milhões.
Idealizado por Charles Pearson, o primeiro metrô do mundo é inaugurado em Londres às 6 horas da manhã de 10 de janeiro de 1863. A linha, com extensão de 6,5 quilômetros, permitiu ligar a rua Farringdon à rua Paddington. Malgrado os problemas de aeração, os trens do metrô funcionavam a vapor.
A Enel, concessionária de energia que passou a atender as cidades de São Paulo e da região do ABC, entre outras, após a privatização feita pelo governo paulista em 1999, tem causado revolta na população pelas constantes falhas e apagões que duram dias, por falta de manutenção e pessoal capacitado para fazer os reparos ...
No último sábado, 4, a ViaMobilidade, concessionária formada pelo Grupo CCR e a Ruas Invest Participações, assumiu a operação da Linha 5-Lilás, privatizada pelo governo de Geraldo Alckmin (PSDB) no início deste ano.