Na atualidade, quilombolas são pessoas que vivem em comunidades remanescentes de quilombos e têm identificação histórica, com os costumes e com o território. Com base na Secretaria Especial do Desenvolvimento Social, a identificação de uma pessoa como quilombola é autodeclaratória.
As comunidades remanescentes de quilombo ou os quilombos contemporâneos são grupos sociais cuja identidade étnica até hoje os distingue do restante da sociedade. A identidade étnica de um grupo é a base para sua forma de organização, de sua relação com os demais grupos e de sua ação política.
Pessoa Quilombola é a pessoa que, morando ou não em um quilombo, se identifica com a cultura quilombola. Ela pode estar matriculada em qualquer etapa da Educação Básica, bem como na Educação de Jovens e Adultos (EJA).
As comunidades quilombolas são grupos étnicos – predominantemente constituídos pela população negra rural ou urbana –, que se autodefinem a partir das relações específicas com a terra, o parentesco, o território, a ancestralidade, as tradições e práticas culturais próprias.
Entre as cidades brasileiras, Barreirinha, no Amazonas, é a cidade com mais localidades quilombolas do país (167), seguida de Alcântara (74) e Itapecuru Mirim (45), ambas no Maranhão, e Oriximiná (41) e Moju (38), no Pará.
Ainda hoje existem comunidades quilombolas que resistem à urbanização e tentam manter seu modo de vida simples e em contanto com a natureza, vivendo, porém, muitas vezes em condições precárias devido à falta de recursos naturais e à difícil integração à vida urbana e não tribal.
Quando pensamos em quilombo no Brasil vem à nossa mente o famoso Quilombo dos Palmares, sediado no Nordeste e que contemplou uma rede de 12 quilombos, chegando a contar com mais de 20 mil pessoas.
O Nordeste é a região do Brasil que concentra o maior número de localidades quilombolas, 3.171. Logo em seguida vem a região Sudeste, com 1.359 quilombos. As demais regiões têm os menores números: Norte (873), Sul (319) e Centro-Oeste (250).
As pistas do que é uma pessoa quilombola já pode ser encontrada na própria. “Aos remanescentes das comunidades dos quilombos que estejam ocupando suas terras é reconhecida a propriedade definitiva, devendo o Estado emitir-lhes os títulos respectivos”.
Os quilombolas são chamados assim porque o termo "quilombo" se refere a comunidades de pessoas negras que viviam fugidas da escravidão no período colonial do Brasil.
Utiliza-se, para tanto, a conceituação de quilombos do período colonial, segundo a qual quilombo era definido como “toda a habitação de negros fugidos, que passem de cinco, em parte despovoada, ainda que não tenham ranchos levantados e nem se achem pilões nele”.
Outros quilombos que se destacaram foram: o Quilombo do Campo Grande, que foi uma espécie de confederação de quilombos, do qual fazia parte o Quilombo do Ambrósio, ambos na região da Capitania de Minas Gerais; a Comunidade Quilombola do Caxambu, também em Minas Gerais; o Quilombo Ivaporunduva, em São Paulo; o Quilombo ...
Hoje ser quilombola significa tanto ser parte de determinado recorte social - um povo com um passado em comum, nascido e crescido dentro de uma mesma estrutura econômica e social - quanto ser parte da memória das lutas negras no país.
Nas comunidades quilombolas, hoje, existem três religiões predominantes: o catolicismo, o candomblé e o evangelismo. Algumas possuem apenas uma religião, porém, o mais comum é que, numa mesma comunidade, predominem duas ou três religiões diferentes.
Na atualidade, quilombolas são pessoas que vivem em comunidades remanescentes de quilombos e têm identificação histórica, com os costumes e com o território. Com base na Secretaria Especial do Desenvolvimento Social, a identificação de uma pessoa como quilombola é autodeclaratória.
Como vivem os quilombolas hoje em dia? Atualmente, os quilombolas vivem em comunidades que, embora mantêm tradições ancestrais, enfrentam desafios contemporâneos. Muitas dessas comunidades estão em áreas rurais, onde a agricultura de subsistência e o extrativismo são as principais atividades econômicas.
A comunidade durou quase cem anos. Entre 1597 e 1695, resistiu a investidas da coroa portuguesa e de delegações holandesas, que tentaram por muitas vezes destruir o local, sem sucesso. O quilombo reuniu na serra da Barriga —na época em Pernambuco, hoje região pertencente ao estado de Alagoas— milhares de pessoas.
Os quilombos eram comunidades formadas por africanos escravizados e seus descendentes. Essas comunidades eram formadas por escravos que fugiam da escravidão, sendo um local onde viviam em liberdade e resistiam à escravidão. Nos quilombos não viviam apenas africanos escravizados, mas também índios e brancos livres.
Zumbi dos Palmares nasceu no estado de Alagoas no ano de 1655. Foi um dos principais representantes da resistência negra à escravidão na época do Brasil Colonial. Foi líder do Quilombo dos Palmares, comunidade livre formada por escravos fugitivos das fazendas.
O Quilombo dos Palmares foi o maior quilombo da história do Brasil e ao longo do século XVII chegou a reunir cerca de 20 mil habitantes na Serra da Barriga. O Quilombo dos Palmares ficou conhecido por ser o maior quilombo da história brasileira.
Assim, uma pessoa que se autodetermina quilombola tem laços históricos e ancestrais de resistência com a comunidade e com a terra em que vive. O Sítio Histórico e Patrimônio Cultural Kalunga, no nordeste de Goiás, é o maior território quilombola do Brasil, ocupado há mais de 300 anos por esses povos tradicionais.
O cultivo de mandioca, milho, feijão e arroz compõe a base alimentar dessas comunidades quilombolas desde o período colonial. A partir desta cultura alimentar, estruturaram-se modos de fazer o plantio, de colheita e de troca que se tornaram tradicionais dentro da comunidade.