Os sofistas atualmente são aqueles que disputam seus próprios interesses, numa oratória que privilegia somente uma parte da população. Sejam políticos, empresários, professores, líderes de organizações, facções ou mesmo religioso, qualquer um que defenda sua verdade.
Os mais conhecidos sofistas foram Protágoras de Abdera (c. 490-421 a.C.), Górgias de Leontinos (c. 487-380 a.C.), Hípias de Élis, Isócrates de Atenas, Licofron, Pródicos e Trasímaco. Vamos agora conhecer um dos mais importantes, Protágoras.
Os sofistas eram um grupo de filósofos, sábios e eruditos que viajavam de cidade a cidade para divulgar os conhecimentos, em troca de dinheiro. Os estudantes e discípulos dos filósofos sofistas deveriam pagar taxas para que pudessem ouvir os ensinamentos dos filósofos e sábios.
Como é considerado um discurso sofista atualmente?
Atualmente, um discurso sofista é considerado uma argumentação que supostamente apresenta a verdade, mas sua real intenção reside na ideia do erro, motivado por um comportamento capcioso, numa tentativa de enganar e ludibriar.
Os sofistas atualmente são aqueles que disputam seus próprios interesses, numa oratória que privilegia somente uma parte da população. Sejam políticos, empresários, professores, líderes de organizações, facções ou mesmo religioso, qualquer um que defenda sua verdade.
Sofismo ou sofisma significa um pensamento ou retórica que procura induzir ao erro, apresentada com aparente lógica e sentido, mas com fundamentos contraditórios e com a intenção de enganar. Em um sentido popular, um sofisma pode ser interpretado como uma mentira ou um ato de má fé.
Já os sofistas defendiam o relativismo, valorizando a retórica persuasiva e o sucesso social e político. Acreditavam que o conhecimento era subjetivo e variável, adaptando-se ao contexto e às crenças individuais.
Os sofistas eram conhecidos com professores itinerantes. Eles recebiam essa denominação porque percorriam as cidades, se deslocando de um lugar para o outro, ensinando às pessoas a arte da retórica e outros artifícios argumentativos.
Nele, o sofista é apresentado como o falso filósofo, que professa o falso saber, e que, por isso, se encontra no âmbito do não-ser, em contraposição ao filósofo, que se encontra no âmbito do ser.
O grupo de pensadores identificado como sofistas caracterizou-se principalmente pela ausência de uma doutrina em comum e pelo ensino voltado a um fim instrumental. Eram vistos como habilidosos oradores pelas pessoas, reconhecendo-se a importância das palavras e do uso da lógica.
Segundo alguns estudiosos, entre os ensinamentos dos sofistas destacavam-se aqueles que tinham como principal objetivo o desenvolvimento da habilidade da argumentação, além do domínio de doutrinas divergentes.
Por esta razão, a expressão "sofisma" existe hoje para identificar uma argumentação rebuscada, porém sem fundamentação sólida. Como foi o primeiro sofista, a posição relativista atribuída a Protágoras é normalmente identificada como a posição geral que iniciou o movimento, que se tornaria a profissão de sofista.
Essa divergência se reflete no antagonismo entre Sócrates e os chamados sofistas. Os sofistas afirmavam ensinar conhecimento e virtude. Se Sócrates tinha razão, eles eram impostores, pois nem o conhecimento nem a virtude eram passíveis de ser ensinados. A maioria não poderia jamais atingir nem uma coisa nem outra.
Na visão platônica, os sofistas não promoviam um ensino embasado no conhecimento verdadeiro, limitavam ao ensino da arte de falar bem, essa forma de ensino não promove, segundo Platão, o exercício da reflexão filosófica aprofundada que transforma a percepção da realidade dos homens, a capacidade de argumentação ...
Até então, o sofista era tido como um intelectual, um sábio. O termo sofístico tem sua origem na palavra sofista, e essa, por sua vez, remete aos primeiros conselheiros e sábios da Grécia arcaica, bem como do Oriente próximo.
Eles acreditavam que a verdade dependia do consenso e que a linguagem era arbitrária. Diferentemente, Sócrates buscava a verdade, as virtudes e o bem, questionando se a virtude poderia ser ensinada e se a moral dependia do parentesco. Sócrates se distinguiu dos sofistas por seu ideal moral e exigência pela verdade.
Qual foi a importância dos sofistas para a sociedade?
Os sofistas eram mestres itinerantes que ensinavam retórica, argumentação e outras habilidades importantes para a participação política. Eles foram os primeiros a oferecer ensino pago, o que possibilitou que pessoas de diferentes origens sociais tivessem acesso à educação.
Os sofistas acreditavam que a justiça só poderia derivar das mãos dos homens, que se apresentava como lei, no entanto, pensavam que a lei era algo instável, e portanto, a justiça também, pois, se a lei está sujeita a acabar algum dia pela sua revogação parcial ou total, a justiça também tende a ser modificada.
“Os Sofistas surgem na Grécia antiga, século V a. C. na passagem da oligarquia para a democracia. São os mestres de retórica e oratória, muitas vezes mestres itinerantes, que percorrem as cidades-estados fornecendo seus ensinamentos, sua técnica, suas habilidades aos cidadãos em geral.
A sofística constituiu um fenômeno com um alto significado na história da educação, pois foi com os sofistas que a paidéia ganhou um sentido e um significado mais profundo, isto é, a educação passou a ser tratada de forma mais consciente e racional.
Nesse sentido, ele conduz a conclusões falsas. A origem do termo é datada nos séculos V e IV a.C., quando os sofistas atuavam como mestres da retórica na Grécia Antiga. Mas a sua utilização se mantém atual, especialmente, nos debates públicos sobre temas que são tabus na sociedade.
Alguns filósofos dizem que “sofisma” é um argumento com dolo, isto é, construído com a intenção consciente de enganar o interlocutor, enquanto que “falácia” seria um argumento sem dolo, isto é, construído sem a intenção de enganar, mas enganoso do mesmo jeito.