Estima-se que cerca de 80% das crianças com autismo apresente algum distúrbio do sono. Por isso, elas podem ter dificuldade para dormir, agitação antes de ir para a cama e em alguns casos insônia.
Autistas, em particular, tendem a ter o sono mais agitado e inquieto, pois muitos têm estereotipias como balançar o corpo, rolar, entre outras. Fale com seu médico sobre a possibilidade de algum medicamento ajudar a aliviar esses sinais durante o sono.
Mais de 70% das pessoas no espectro autista podem desenvolver alguma alteração no sono. Há relatos de ao menos dez transtornos capazes de afetar não só a qualidade, como também o tempo de duração e a quantidade de sono.
Dificuldade para pegar no sono ou acordar muito cedo é muito comum entre autistas. Assim como crianças com desenvolvimento típico, as crianças autistas podem apresentar dificuldade para dormir. Crianças em idade escolar costumam precisar de 10 a 11 horas de sono por noite.
Quando for hora de dormir, diminua o acesso a estímulos como TV, computador, brincadeiras de correr e Ipad algum tempo antes, depois vá com ela para o quarto, avise que está na hora se dormir, não faça mais contato visual ou vocal, apague a luz e espere ela se acalmar e dormir.
10 SINAIS de AUTISMO LEVE EM HOMENS E MULHERES ADULTOS | Faça o TESTE de 1 MINUTO (ASPERGER)
Quais são as crises do autismo?
As crises autistas são episódios de comportamento desafiador e, muitas vezes, intensamente emocional que podem ocorrer em crianças autistas. Essas crises podem se manifestar de várias maneiras, incluindo explosões de raiva, agressão, choros incontroláveis, autolesões e a recusa a participar de atividades.
Crianças com autismo leve podem ter dificuldade em iniciar e manter conversas, muitas vezes usando frases que parecem desconexas ou fora de contexto. Elas podem utilizar palavras de maneira incorreta ou em situações inadequadas, o que pode confundir as pessoas que tentam entender essas crianças.
O uso de melatonina em pacientes com TEA tem sido associado a melhores parâmetros de sono, resultados adversos mínimos e melhor comportamento diurno. Uma revisão sistemática do uso de melatonina (versus placebo) em pacientes mostrou uma melhora de 73 minutos no sono total e de 66 minutos no início do sono.
Existem situações em que a pessoa pode estar esperando e buscando por estimulação sensorial do ambiente, e tudo estar “parado demais” pode ser o motivo para uma desregulação emocional. Portanto, é importante observar o comportamento do indivíduo no contexto do ambiente para ter pistas sobre o que ele está vivenciando.
O excesso de estímulos pode deixar o autista mais irritado, agressivo e agitado. É claro que existem muitos outros fatores que influenciam nesses pontos, mas diminuir os estímulos negativos e incentivar aqueles que trazem conforto (como brinquedos sensoriais, por exemplo) é uma boa forma de ajudar nesses sintomas.
A psicóloga Lívia Aureliano acrescenta ainda que algumas pesquisas no país, como na Universidade Presbiteriana Mackenzie, tem mostrado cientificamente fatores que podem contribuir para o crescimento nos casos de autismo, como poluição, fertilização in vitro e uso de algumas medicações.
Os distúrbios de sono em pacientes com Transtorno do Espectro Autista (TEA) são muito comuns e persistentes, atingindo 44% a 83% das crianças segundo alguns estudos. Esse distúrbios incluem insônia (inicial, mediana e terminal), padrões irregulares de sono, poucas horas de sono e noites sem dormir.
Dificuldade para interagir socialmente, como manter o contato visual, identificar expressões faciais e compreender gestos comunicativos, expressar as próprias emoções e fazer amigos. Dificuldade na comunicação, caracterizado por uso repetitivo da linguagem e dificuldade para iniciar e manter um diálogo.
Quais são os primeiros sinais de autismo em um bebê?
Os movimentos mais estereotipados, como balançar e girar os dedos, agitar as mãos ou a cabeça podem estar presentes. Além disso, o autista tem os sentidos afetados e reações perceptíveis a sons, luzes, toques e até texturas, o que interfere na troca do leite pelos primeiros alimentos sólidos.
O Transtorno do Espectro Autista (TEA) e o Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) são comumente confundidos por apresentarem sintomas semelhantes e que podem comprometer o comportamento, o aprendizado, o desenvolvimento emocional e as habilidades sociais de quem os possui.
Como fazer um teste para saber se o filho tem autismo?
Não existe nenhum exame que possa identificar se uma pessoa está no espectro autista ou não. Na realidade, o diagnóstico é realizado de forma clínica, com uma equipe multidisciplinar composta por profissionais diversos, como neuropediatra, psiquiatra, psicólogo, entre outros.
Pode incluir atrasos no desenvolvimento da linguagem, falta de resposta a chamadas pelo nome, dificuldade em iniciar ou manter uma conversa e uso repetitivo de palavras ou frases (ecolalia). Por exemplo, uma criança pode não reagir quando chamada pelo nome ou pode evitar o contato visual durante uma conversa.
A resposta é direta: não. Não existe medicação para tratamento do autismo. Logo após essa resposta, a próxima pergunta geralmente é “então porque muitos autistas tomam remédio?” A medicação utilizada para pessoas com o Transtorno do Espectro Autista (TEA) é para as comorbidades que podem estar associadas.
Sim, pessoas com TEA podem chegar à vida adulta, vivendo de maneira independente. Mas, tudo depende do grau do transtorno e de quanto a pessoa foi estimulada durante a vida. Como já diz o nome do transtorno, o autismo enquadra um espectro, ou seja, uma variedade de graus.
O autismo é um distúrbio do neurodesenvolvimento cuja etiologia ainda é desconhecida. Pesquisas mostram que não há um fator único, mas sim a interação de componentes genéticos e ambientais.
Dificuldade em focar-se numa tarefa simples e concretizá-la. Preferência por ficar sozinho do que brincar com outras crianças. Não ter, aparentemente, medo de situações perigosas. Ficar repetindo palavras ou frase em locais inapropriados.
Dito isso, a maneira como uma pessoa com autismo enxerga o mundo está conectado diretamente aos sentidos. Assim como é difícil lidar com as informações de um ambiente, existem diversas respostas neurológicas para organizar cada sensação de tato, olfato, visão, paladar e audição.