A outra é que encarar uma doença grave como o câncer desencadeia algumas emoções desagradáveis, que muitas vezes tendem a ser amenizadas com o cigarro. Fumar torna-se, portanto, uma válvula de escape. Mas manter o cigarro aceso durante o tratamento prejudica e muito os resultados, diminuindo as chances de cura.
Fumar é um fator de risco para o desenvolvimento de diversos tipos de câncer, e continuar com esse hábito durante o tratamento oncológico pode comprometer seriamente a eficácia dos tratamentos.
Os autores acreditam que o organismo dessas pessoas tem algum tipo de sistema para reparar danos ao DNA ou "desintoxicar" a fumaça para torná-la menos propensa a causar mutações.
O risco de câncer de pulmão diminui a cada ano sem fumar à medida que as células normais substituem as células que foram afetadas pelo fumo. Depois de 20 anos, o risco para câncer de pulmão do ex-fumante é o mesmo que uma pessoa que não fumou.
De acordo com o médico titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica (SBCO), Wesley Pereira Andrade, o tabagismo é responsável pela maioria dos cânceres de pulmão. “Cerca de 85% a 90% dos casos de câncer de pulmão são tabaco relacionados. O tabagismo é um agente causal importante do câncer de pulmão.”
RISCOS DO CIGARRO: VÍCIO PODE CAUSAR CÂNCER E INFARTO
Quantos fumantes morrem de câncer?
Um levantamento nacional da Fundação do Câncer divulgado nesta quinta-feira (16) mostra que o tabagismo é responsável por cerca de 85% dos óbitos por câncer de pulmão entre homens e aproximadamente 80% das mortes pelo problema em mulheres.
Tanto para fumantes quanto para não fumantes, o câncer de pulmão costuma se apresentar da mesma forma, com sintomas como: cansaço; tosse; expectoração com sangue; dor no peito; dificuldade para respirar; rouquidão; perda de peso e de apetite.
Fumantes de cachimbo podem achar que correm menos riscos porque não estão tragando a fumaça, mas o pneumologista Elton afirma que "há evidências científicas de que, mesmo sem a pessoa tragar, tanto o charuto quanto cachimbo podem ser tão nocivos quanto o cigarro".
Em 10 anos, a taxa de mortalidade por câncer de pulmão é cerca de metade da de um fumante. Além disso, em 15 anos, o risco de doença cardíaca é igual ao de um não fumante. Se isso não for suficiente, aqui estão mais alguns motivos!
Não existe uma quantidade segura de cigarro. O cardiologista e consultor do Bem Estar Roberto Kalil lembra que o cigarro aumenta em 30% o risco de infarto.
Os riscos de câncer, enfisema pulmonar e bronquite crônica são ainda maiores, já que o cigarro de tabaco promove mais danos à saúde do que o comum, afirma o pneumologista Paulo Corrêa, coordenador da Comissão Científica do Tabaco da SBPT (Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia).
Sentindo vontade de fumar: A vontade de fumar não dura mais que alguns minutos. Nesses momentos, para ajudar, você poderá chupar gelo, escovar os dentes a toda hora, beber água gelada ou comer uma fruta. Mantenha as mãos ocupadas com um elástico, pedaço de papel, rabisque alguma coisa ou manuseie objetos pequenos.
Quem faz quimioterapia pode usar adesivo para parar de fumar?
A doutora Nithya Ramnath, especialista em tratamento de câncer de pulmão do Roswell Park Cancer Institute, no Estado de Nova York, concorda que pacientes de câncer têm de parar de fumar. Ela ressalta que eles também devem evitar o uso de adesivos ou chicletes de nicotina.
Porque o fumo aumenta a probabilidade de ter câncer?
Isso porque, segundo o dr. Carlos Gil Ferreira, oncologista torácico e presidente do Instituto Oncoclínicas, a fumaça do cigarro a que os fumantes passivos estão expostos contém as mesmas substâncias cancerígenas encontradas na fumaça inalada pelos fumantes.
A retirada da nicotina tem dois efeitos – físico e psicológico. Os sintomas físicos, enquanto chateiam, não colocam a vida em risco. A substituição da nicotina pode reduzir muito destes sintomas físicos. Mas para a maioria dos usuários o maior desafio é a parte mental de parar.
Fumar esporadicamente é prejudicial? Os tabagistas esporádicos apresentam maior risco de mortalidade do que as pessoas que não fumam, mesmo que fumem apenas alguns cigarros por mês. Portanto, todos os fumantes devem parar, independentemente de quão esporadicamente fumem.
Isso porque algumas pessoas acreditam que é sim possível fumar e ao mesmo tempo ter pulmões saudáveis, já outras discordam totalmente. Mas, afinal, quem está certo? Ainda que seja muito raro, é realmente possível que alguns fumantes tenham os pulmões limpos caso o usuário pare de fumar.
Após nove meses, os pulmões já estão parcialmente regenerados. Ao ficar dez anos sem cigarro, o ex-fumante tem metade das chances de desenvolver câncer de pulmão, em comparação com alguém que segue com o vício.
O cigarro pode interagir com medicamentos e diminuir a eficácia da quimio e radioterapia. Veja por que fumar durante o tratamento de câncer pode ser prejudicial. O cigarro é conhecido como fator de risco significativo para várias doenças, como infarto, AVC, pressão alta, além do câncer, principalmente o de pulmão.
Tosse persistente: Uma tosse persistente que não melhora com o tempo é um sintoma comum do câncer de pulmão. A tosse pode ser seca ou acompanhada de muco, e pode piorar ao longo do tempo. Falta de ar: Sentir falta de ar ou dificuldade em respirar pode ser um sintoma do câncer de pulmão.
Dor no peito e falta de ar também podem ser sinais de câncer de pulmão. O câncer de pulmão tem alta prevalência no Brasil. Segundo estimativas do Instituto Nacional de Câncer (INCA), para cada ano do triênio 2023-2025, são esperados 32.560 novos casos, sendo 18.020 entre os homens e 14.540 entre as mulheres.