As longas filas do Inamps eram constantemente noticiadas pelos jornais (assim como as do SUS são hoje). Aqueles que não ostentavam carteira assinada só podiam contar com alguns hospitais universitários públicos e com algumas instituições filantrópicas (caridade), onde eram atendidos na condição de indigentes.
O sistema público de saúde atendia a quem contribuía para a Previdência Social. Quem não tinha dinheiro dependia da caridade e da filantropia. Centralizado e de responsabilidade federal, sem a participação dos usuários.
Tinham direito aos serviços de saúde antes da criação do SUS?
Antes do nascimento do SUS, as políticas de saúde eram pensadas mais em termos de recuperação do que em prevenção de doenças. Para os trabalhadores formais, existia o Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social (Inamps) — saúde e previdência andavam juntos.
Desse modo, em 1930, o governo criou o Ministério da Educação e Saúde (MESP), assumindo a responsabilidade pela prestação de serviços de saúde aos chamados pré-cidadãos: pobres, desempregados e trabalhadores informais.
A assistência à saúde desenvolvida pelo INAMPS beneficiava apenas os trabalhadores da economia formal, com “carteira assinada”, e seus dependentes, ou seja, não tinha o caráter universal que passa a ser um dos princípios fundamentais do SUS.
Como era a política de saúde brasileira antes do SUS
Quem pagava o INAMPS?
Os recursos financeiros do INPS advêm, em sua maioria, da contribuição previdenciária de empresas e empregados, sendo que cerca de 25% a 30% destes recursos eram repassados à prestação da assistência médica aos previdenciários e a seus dependentes, no período de 1967 a 1980 (11). serviços privados.
Ao final dos anos de 1980, o INAMPS entra em declínio, devido a pressões de movimentos sociais por uma reforma sanitária no país, além de se mostrar como um sistema cuja conta não fechava, pois a arrecadação não cobria seus gastos. Sendo assim, em 1993, o INAMPS é totalmente extinto com a Lei n° 8.689.
Aqueles que não contribuíam para a previdência social podiam obter atenção à saúde desde que integrassem o perfil dos programas (materno- infantil, tuberculose, hanseníase, etc.), em serviços filantrópicos ou, para aqueles que pudessem pagar, em consultórios e clinicas privadas.
Beçak explica a diferença do SUDS (Sistema Único e Descentralizado de Saúde), vigente nos anos 80, e do SUS (Sistema Único de Saúde). “Ambos são muito parecidos, mas o SUDS era um sistema mais modesto, primitivo e limitado. A população não tinha conhecimento de direitos no sistema da saúde.
Tinha início o governo Collor, coincidindo com o processo de implantação do Sistema Único de Saúde e de um novo arcabouço jurídico: a Constituição Federal de 1988, as Constituições Estaduais, as Leis Orgânicas Municipais, a Lei 8.080/90 e a Lei 8.142/90. 09.
Hesio Cordeiro liderou o grupo de médicos que fundou o Instituto de Medicina Social (IMS) da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), em 1971. Este foi o primeiro programa de pesquisa sobre saúde pública no Brasil e nele foram formuladas as bases para a criação do Sistema Único de Saúde (SUS).
O INAMPS foi criado pelo regime militar em 1974 pelo desmembramento do Instituto Nacional de Previdência Social (INPS), que hoje é o Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS); era uma autarquia filiada ao Ministério da Previdência e Assistência Social (hoje Ministério da Previdência Social), e tinha a finalidade ...
O SUS foi criado em 1988 pela Assembleia Nacional Constituinte. Várias pessoas foram muito importantes na formulação e no encaminhamento das propostas, mas uma teve um papel central e decisivo. Essa pessoa foi o médico e político baiano Carlos Sant'Anna.
O INAMPS se constituía como a política pública de saúde que vigorava antes da criação do SUS e foi extinto pela lei federal 8.689, em 1993. O antigo Instituto era responsável pela assistência médica aos trabalhadores que contribuíam com a previdência social.
Durante os anos de 1970, mesmo no auge do milagre econômico, as verbas para saúde eram baixas: 1% do orçamento geral da União. Ao fim da década, as prefeituras das cidades que mais cresciam começaram a se organizar para receber e conceder aos migrantes algum tipo de atendimento na área da saúde.
Desde os tempos mais antigos, o homem adoecia e necessitava de cuidados. Nas comunidades primitivas, a doença era entendida como ação do sobrenatural, dos deuses, e os cuidados eram atividade mágica, realizados por xamãs, principalmente, e pelas mulheres.
Durante o período da ditadura militar, duas instituições se ocuparam da saúde: o Instituto Nacional de Previdência Social (INPS), criado em 1966; e o Instituto de Assistência Médica da Previdência Social (Inamps), que em 1974 substituiu o INPS – ambos sob o guarda-chuva do Ministério da Previdência e Assistência Social ...
Todavia, o direito às CAPs é desigual, pois elas são organizadas somente nas empresas que estão ligadas à exportação e ao comércio (ferroviárias, marítimas e bancárias), atividades que na época eram fundamentais para o desenvolvimento do capitalismo no Brasil (LUZ,1991).
Pioneiro e inovador. Assim pode ser classificado o trabalho do médico Hésio de Albuquerque Cordeiro, que levou o antigo INAMPS a consagrar os princípios do movimento sanitário, dando início ao SUS.
Como era o sistema de saúde na época do governo militar?
Era nos hospitais, com uma medicina “hiperespecializada”, não na rede básica de saúde, que se poderiam consumir os mais sofisticados e caros exames e remédios. Como dito anteriormente, a ditadura militar emprestou, a fundo perdido, somas enormes de dinheiro público para a construção de hospitais privados.
O Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social (INAMPS), autarquia federal, foi criado em 1977, pela Lei nº 6.439, que instituiu o Sistema Nacional de Previdência e Assistência Social (Sinpas), definindo um novo desenho institucional para o sistema previdenciário, voltado para a especialização e ...
A criação do INSS data de 27 de junho de 1990. O Decreto nº 99.350 efetivou a fusão do Instituto de Administração Financeira da Previdência e Assistência Social (IAPAS) com o Instituto Nacional de Previdência Social (INPS).
A legislação publicada no dia 24 de janeiro de 1923 possibilitou a criação das Caixas de Aposentadoria e Pensões (CAP), inicialmente em cada empresa da Estrada de Ferro do Brasil. A sanção da Lei Eloy Chaves foi feita pelo então presidente da época, Arthur da Silva Bernardes.