A capital, Pyongyang, tem cinco igrejas sancionadas pelo Governo (três protestantes, uma católica e uma ortodoxa), “mas o acesso a essas instalações para fins de atividade religiosa genuína, especialmente por pessoas comuns, é 'fortemente restringido'”.
Não existe liberdade religiosa no país. Se estima que possa existir entre três mil e 100 mil católicos, que vivem de maneira clandestina. Com uma superfície de 120.540 quilômetros quadrados, a Coreia do Norte faz fronteiras com China, Coreia do Sul e Rússia.
Hoje, há ao menos duas igrejas presbiterianas em Pyongyang, uma das quais recebeu o evangelista americano Billy Graham em 1992. Em 1988, foi reconstruída uma catedral católica, a Igreja de Changchung, na cidade, mas sem sacerdotes residentes, celebrando missas apenas segundo a disponibilidade de clero estrangeiro.
A liberdade religiosa na Coreia do Norte é quase inexistente: é oficialmente um estado ateu, e a política governamental continua a interferir na capacidade do indivíduo de praticar uma religião, embora a Constituição garanta "liberdade de crenças religiosas".
Cristãos Coreia do Norte - Vaticano News - 06/09/2018.
Pode entrar com Bíblia na Coreia do Norte?
A lei do pensamento antirreacionário, promulgada em dezembro de 2020, torna amplamente claro que ser cristão ou possuir uma Bíblia é um crime sério e será severamente punido. As igrejas mostradas aos visitantes em Pyongyang servem apenas para propósitos de propaganda.
Refugiado Norte-Coreano revela perseguição religiosa e crescimento da igreja perseguida. Na Coreia do Norte, o único culto permitido é ao seu líder, Kim Jong-un. Ler a Bíblia, orar ou louvar a Deus pode levar alguém a ser preso, torturado ou executado.
No coquetel ideológico da Coreia do Norte também está o kimilsungismo, que trata como deuses o fundador da Coreia do Norte, Kim Il-sung, e seus sucessores. Os membros da família Kim não são vistos apenas como líderes, mas são aclamados como figuras de deuses, configurando o culto à personalidade.
Celulares são disponíveis na Coreia do Norte, mas não conseguem fazer ligações externas, segundo a CSIS. Todas as ligações são monitoradas por agências de segurança do estado para evitar comunicações dissidentes.
Matrimônio é uma das festas mais importantes no país, e espera-se que todos se casem. De seda verde e amarela até os pés, a noiva estende o buquê de flores, enquanto o noivo, de terno escuro, a enlaça à beira de um lago na hospedaria Ansan, em Pyongyang.
No entanto, apenas 0,3% dos desertores norte-coreanos são adventistas. A fim de evangelizar os desertores, os líderes estão trabalhando em conjunto com a Igreja da Missão Uimyeong, um templo de refugiados norte-coreanos.
Em uma rara entrevista ao Gospel Prime, um missionário que atua na Coreia do Norte, identificado aqui com o pseudônimo Pedro, relata os desafios do país que ocupa a primeira colocação na Lista Mundial da Perseguição da Portas Abertas.
Observa-se uma retomada da prática da fé na comunidade católica na Coreia do Sul, embora a situação ainda seja afetada pelas consequências a longo prazo deixadas pela pandemia. Em 2023, o número de novos batizados nas igrejas coreanas foi de 51.307, um aumento de 24% em relação ao ano anterior.
Na China existem cinco mil igrejas católicas e 36 seminários com 1.900 estudantes. Desde 1981, mais de 900 sacerdotes foram consagrados. Contam também com mais de mil noviços que já fizeram a primeira comunhão.
Segundo as leis chinesas, qualquer instituição religiosa não listada no “sistema de investigação de informações de organizações sociais legalmente registadas” é suscetível de se enquadrar na prática de atividades ilícitas pelo governo.
Pode parecer curioso uma igreja evangélica de origem coreana, mas, segundo o pastor Marcos, os evangélicos são numerosos na Coreia do Sul; ficam atrás apenas dos budistas. Por lá, a Missão Boa Notícia foi fundada em 1962.
Diante de todas as limitações, o governo proíbe que as pessoas deixem o país. Quem descumprir pode ser assassinado. Como a Coreia é extremamente militarizada, outros países têm medo de invadir.
O que acontece com os cristãos na Coreia do Norte?
A Coreia do Norte ocupa o segundo lugar no ranking de países onde os cristãos são mais perseguidos. A adoração a Deus é estritamente proibida: só há espaço para o culto ao Estado e ao próprio ditador Kim Jong-un.
Hoje existem quatro igrejas em Pyongyang toleradas pelo Estado: duas ortodoxas russas, uma católica romana e uma protestante. Elas existem como “prova” de que a Coreia do Norte tolera a religião.
Todos reconhecem Kang como Sangje, o Deus Supremo do Universo, e acreditam que ele reorganizou todo o universo através de sua missão e rituais, mas diferem em quem os sucessores de Kang deveriam ter sido.
Coreia do Norte, Afeganistão, Paquistão, Eritreia, Iêmen, Irã, Arábia Saudita, Maldivas, China, Vietnã, Uzbequistão, Turcomenistão, Turquia, Catar, Tajiquistão, Cazaquistão, Butão e Omã são os países que integram a Lista Mundial de Perseguição onde as medidas restritivas de circulação das escrituras são maiores.
A principal religião do país é o chondoísmo, que possui princípios alinhados à filosofia Juche, congregando 3 milhões de adeptos (ou 12% da população coreana). O país também possuí uma comunidade budista significativa (1 milhão de seguidores).
A Coreia é um país onde todas as principais religiões do mundo, cristianismo, budismo, confucionismo e islamismo, coexistem pacificamente com o xamanismo.