A resposta é direta: não. Não existe medicação para tratamento do autismo. Logo após essa resposta, a próxima pergunta geralmente é “então porque muitos autistas tomam remédio?” A medicação utilizada para pessoas com o Transtorno do Espectro Autista (TEA) é para as comorbidades que podem estar associadas.
Entre os psicofármacos mais utilizados estão a risperidona (um antipsicótico atípico, bloqueador serotonérgico e dopaminérgico), a olanzapina, a quetiapina, a ziprasidona, a clozapina e o aripiprazol.
Bem, ainda que possamos dar exemplos significativos como o de Murilo, é importante nos basear principalmente em evidências cientificamente comprovadas. A verdade é que, sim, o grau de autismo pode diminuir!
O "autismo leve" não é uma doença e, por isso, não é uma condição que precise ser curada. Com a estimulação adequada, o tratamento de fonoaudiologia, nutrição, terapia ocupacional, psicologia e educação correta e especializada, a pessoa com "autismo leve" consegue atingir elevados níveis de desenvolvimento.
Cerca de 70% dos autistas lidam com ao menos uma comorbidade
Então, por exemplo, pessoas com TEA e agressividade podem tomar medicação, pessoas com TEA e transtornos do sono podem tomar medicação, pessoas com TEA e ansiedade ou TDAH podem tomar medicação, e assim por diante.
Sim, pessoas com TEA podem chegar à vida adulta, vivendo de maneira independente. Mas, tudo depende do grau do transtorno e de quanto a pessoa foi estimulada durante a vida. Como já diz o nome do transtorno, o autismo enquadra um espectro, ou seja, uma variedade de graus.
Além disso, os estudos apontam que a idade média com que uma pessoa diagnosticada com autismo morre é de apenas 36 anos, sendo que para a população em geral a expectativa de vida ultrapassa os 70 anos. Ou seja, pessoas com autismo vivem, em média, metade do tempo que a população em geral.
Segundo a pesquisa, publicada periódico cientifico Molecular Psychiatry, a idade avançada do pai, da mãe ou de ambos aumenta o risco de autismo. Os resultados mostraram que quando os pais têm mais de 50 anos, o risco de autismo da criança é 66% maior em relação aos filhos de pais com 20 anos.
“Muitas crianças com diagnóstico de autismo podem ser independentes na vida adulta. Isso depende de alguns fatores, como idade do diagnóstico, intervenção precoce, qualidade das intervenções e o próprio perfil da criança (suas próprias habilidades).
O Autismo (Transtorno do Espectro Autista – TEA) é um problema no desenvolvimento neurológico que prejudica a organização de pensamentos, sentimentos e emoções.
A Associação para a Ciência do Tratamento do Autismo dos Estados Unidos, afirma que a terapia ABA é o único tratamento que possui evidência científica suficiente para ser considerado eficaz.
Qual o melhor remédio para agressividade no autismo?
Em relação ao comportamento agressivo, os antipsicóticos risperidona e aripiprazol têm evidências consistentes de eficácia e podem ser utilizados quando há falha terapêutica ou não adesão às intervenções não farmacológicas, muitas vezes devido à própria gravidade do comportamento [2].
Então, os genes são os responsáveis por traços específicos, como cor dos olhos, altura ou predisposição a uma doença ou transtorno. Em 2010, foi revelado pela primeira vez o peso do fator genético no TEA, com a comprovação de que o distúrbio é altamente herdável, ou seja, passa com facilidade de pai para filho.
Eletroencefalograma detecta autismo? O EEG oferece dados complementares, mas o diagnóstico do autismo é clínico. Entretanto, a contribuição do exame pode aumentar em breve, a partir da identificação de marcadores sutis, graças ao uso de um algoritmo específico.
Evidências científicas apontam que não há uma causa única, mas sim a interação de fatores genéticos e ambientais. A interação entre esses fatores parecem estar relacionadas ao TEA, porém é importante ressaltar que “risco aumentado” não é o mesmo que causa fatores de risco ambientais.
Um estudo recente do MIND Institute, ligado à Universidade da Califórnia, detectou que a gravidade dos sinais de autismo de uma criança pode mudar significativamente entre a idade de 3 e 11 anos. Ou seja, o estudo reforça que existem evidências de mudanças, e não exatamente piora.
Qual é a inteligência de pessoas com autismo leve?
"No autismo leve, as pessoas têm a eficiência intelectual preservada", explica Joana Portolese, neuropsicóloga e coordenadora do Programa do Transtorno do Espectro Autista do IPq - HC/FMUSP (Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo).
Na área da comunicação, os sintomas de autismo leve se caracterizam pela dificuldade que a criança possui em se comunicar com outras pessoas. Essa característica do autismo leve pode estar presente na formação de frases sem conexão, uso errado de palavras e de sentido, além de problemas em se expressar.
Apesar da linguagem não ser afetada, o autista de grau leve pode ter dificuldade em comunicar seus sentimentos, desejos e anseios. É comum que seja mais difícil iniciar uma conversa, ou manter as conversas iniciadas a ponto de desenvolver uma amizade ou um relacionamento.