Segundo o Censo do IBGE de 2022, o Rio Grande do Sul tem uma população de quase 710 mil pessoas autodeclaradas pretas e 1,6 milhão de pessoas autodeclaradas pardas. Isso significa que cerca de 20% da população do estado é negra.
O Rio Grande do Sul é o segundo estado mais branco do Brasil, ficando atrás só de Santa Catarina. Segundo dados de 2010, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), somente 16,2% da população gaúcha se autodeclara preta ou parda.
A população autodeclarada negra (pretos e pardos) do Rio Grande do Sul totaliza 1.725.166 pessoas, segundo o censo demográfico de 2010 realizado pelo IBGE, o que representa 16,13% dos habitantes do estado.
Bahia, Amazonas e Pará são os Estados com maiores proporções de negros, próximas a 80%. Somando-se os Estados de São Paulo, Bahia e Minas Gerais, têm-se mais de 30 milhões de negros do país (Tabela 1).
Lula diz que 'não sabia' que tinham tantos negros no Rio Grande do Sul
Qual a maior etnia do Rio Grande do Sul?
No estado do Rio Grande do Sul, as comunidades Kaingang são mais numerosas e predominantemente distribuídas na região norte do estado, enquanto os Guarani estão dispersos mais na porção sul e leste.
Com 78,4% da população gaúcha se declarando como branca, o Rio Grande do Sul é o estado com maior percentual do Brasil. Ao todo, 8.534.229 pessoas se consideram brancas.
No Censo de 2022, mais de 92,1 milhões de brasileiras e brasileiros se declararam pardos, o equivalente a 45,3% da população do Brasil, estimada em 203 milhões de pessoas. Foi a primeira vez desde 1991, quando a pesquisa censitária nacional passou a incluir “cor ou raça”, que a população parda foi maioria.
São Gonçalo dos Campos/BA. Com 39,5 mil habitantes, São Gonçalo dos Campos tem 47% de população preta, 45,5% de pardos, 7,3% de brancos e menos de 1% de amarelos e indígenas, segundo o Censo 2022 do IBGE.
Porto Alegre tem 20,2% da população autodeclarada negra (10,2% pretos e 10% pardos). Em 2022, nasceram 13.663 crianças residentes em Porto Alegre, das quais 30,4% são filhas de mães negras, indicando desigualdade na incidência de gestações entre mulheres negras e não negras e estabilidade em relação ao ano anterior.
Segundo o Censo do IBGE de 2022, o Rio Grande do Sul tem uma população de quase 710 mil pessoas autodeclaradas pretas e 1,6 milhão de pessoas autodeclaradas pardas. Isso significa que cerca de 20% da população do estado é negra.
Representando 21% da população gaúcha, cerca de 2,3 milhões de habitantes, as pessoas negras (pretas e pardas) estão em desvantagem na comparação com os brancos em uma série de indicadores relativos à educação, saúde, mercado de trabalho e representação política no Rio Grande do Sul.
“O ideal de Rio Grande do Sul se reporta ao século XIX, quando os primeiros memorialistas começam a narrar que lugar é esse, e aí vai se criar todo um mito de quem é o gaúcho, que aqui no Rio Grande do Sul não tem traços negros e indígenas, ele é um homem branco do campo.
Em Alvorada, na Região Metropolitana de Porto Alegre, o percentual de habitantes autodeclarados pretos é de 14,86%, número que coloca a cidade no primeiro lugar da lista, no RS, com mais residentes pretos, conforme o Censo 2022.
O estudo apontou que os ancestrais europeus dos gaúchos seriam principalmente espanhóis, e não portugueses, como é mais comum em outras partes do Brasil. Isso porque a região dos pampas foi, por muito tempo, disputada entre Portugal e Espanha e só foi transferida da Espanha para Portugal em 1750.
A população negra compõe a população residente de todos os municípios catarinenses. Entre os municípios catarinenses, Joinville tem a maior população parda (120,3 mil), e Florianópolis tem a maior população preta (35,8 mil).
Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) 2014, realizada pelo IBGE, numericamente a cidade de São Paulo é a mais negra do Brasil, com quase 3 milhões.
Bahia é o estado mais negro do Brasil, com 80,8% da população preta ou parda. A população baiana é composta predominantemente por pessoas autodeclaradas negras. Em 2022, do contingente populacional da Bahia, 80,8% se autodeclaravam como indivíduo da raça negra (composto por pretos e pardos).
Ou seja, quando questionada, a pessoa pode se declarar como preta, parda, branca, amarela ou indígena. De acordo com os resultados do Censo 2022, pela primeira vez, desde 1991, a maior parte da população brasileira (45,3%) se declarou como parda; o equivalente a cerca de 92,1 milhões de pessoas.
A cidade de Morrinhos do Sul, no Rio Grande do Sul, tem 97,4% da população que se autodeclara branca. É o índice mais alto no levantamento étnico-racial do Censo 2022, divulgado pelo IBGE nesta sexta-feira, 22. Por isso, Morrinhos é atualmente a cidade mais branca do Brasil.
Assim, no Brasil, normalmente é reconhecida como "branca" a pessoa que tem uma aparência física mais próxima da europeia, e o fato de a pessoa ter sabida ancestralidade africana e indígena não impede que ela seja vista e veja a si mesma como branca.
De acordo com o Estatuto da Igualdade Racial, o termo "negro" engloba tanto indivíduos pardos quanto pretos, abrangendo uma categoria mais ampla que corresponde à combinação de pessoas afrodescendentes. O termo pardo está documentado nas primeiras cartas enviadas depois da chegada dos portugueses ao Brasil, em 1500.
A média brasileira é de 55,5% de pessoas negras e apenas estados do Centro-Sul, como Mato Grosso do Sul (53,4%), São Paulo (41%), Paraná (34,3%) e Santa Catarina (23,3%) têm percentual menor – junto com o Rio Grande do Sul, já citado. Citem o Guia Negro como fonte de onde pegaram esses dados.
Para termos uma ideia, as duas principais etnias indígenas que hoje habitam o Rio Grande do Sul são os guaranis e os caingangues, e ambas vivem aqui, no território, há mais de 2 mil anos. É uma história muito longa e falar de cultura gaúcha é remeter, primeiro, a esses povos originários — pontua o historiador.
Santa Catarina é o Estado com menor proporção de pretos na população, aponta censo 2022. Santa Catarina é a unidade da federação com o menor percentual de população preta do Brasil, conforme apontou o Censo Demográfico de 2022, divulgado nesta sexta-feira (22) pelo IBGE.