Meteorologistas da Universidade do Estado do Colorado (CSU, em inglês) aumentaram a quantidade de furacões previstos para 2024. "O Beryl, um furacão tropical profundo categoria 5, é provável prenúncio de temporada hiperativa", segundo a previsão divulgada nessa terça-feira (9).
A previsão de uma La Niña em 2024 aumenta o risco de furacões intensos. A combinação de fatores climáticos pode resultar em extremos prejudiciais, como seca na Amazônia e no Pantanal. A intensificação dos furacões e o aquecimento do Atlântico são desafios diante das mudanças climáticas.
A temporada de furacões do Atlântico de 2024, que começa na próxima semana, deverá ser "extraordinária", com a possibilidade de quatro a sete furacões de categoria 3 ou superior, informou a NOAA (Agência de Observação Oceânica e Atmosférica dos EUA).
O quarto sistema, Debby, se formou em 3 de agosto de 2024 e 2 dias depois, na madrugada, se transformou em um furacão de categoria 1 na costa sudoeste da Flórida. Em 13 de agosto de 2024, se formou o quinto sistema, Ernesto, perto da ilha Antígua e Barbuda.
🌀 Mas por que eventos do tipo são extremamente raros no Brasil? 📝 Até agora, só tivemos um caso registrado no país, que foi o furacão Catarina, em março de 2004. Ele passou pelo Sul do estado de Santa Catarina e causou danos significativos, deixando 11 mortos.
Furacões: recorde em 2024 e possibilidades no Brasil
É normal tornado no Brasil?
Graças a um relevo menos plano, os tornados no Brasil também não avançam muito, durando apenas minutos e não horas. Mas existem exceções. Em 30 de setembro de 1991, por exemplo, a cidade de Itu (SP) foi atingida por um tornado apontado como um dos mais violentos já registrados no país.
Segundo meteorologistas em entrevista à BBC News Brasil, o Brasil apresenta condições mínimas para ocorrência de furacões a não ser que as mudanças climáticas exerçam alguma influência.
Um radar meteorológico pode detectar furacões? Quando um furacão está a aproximadamente 325 km ou 200 milhas da costa, um radar meteorológico baseado em terra pode detectá-lo. Esses radares fornecem dados atualizados sobre a intensidade da chuva, movimento e velocidade da tempestade tropical.
Temporada de furacões pode ser recorde neste ano, prevêem OMM e NOAA. Atlântico Norte poderá ter de 17 a 25 tempestades nomeadas, oito a 13 furacões, dos quais de 4-7 dos grandes, até o final de novembro. A temporada de furacões 2024 no Atlântico começou em 1º de junho e deve ser excepcionalmente ativa.
Meteorologistas explicam fatores necessários para um evento ser considerado furacão. A ventania que chegou a 151 km/h em Santos, no litoral de São Paulo, e causou destruição em diversas cidades da Baixada Santista, não pode ser classificada como furacão nível 1.
Os furacões são formados nas águas do Oceano Atlântico e no leste do Oceano Pacífico, já os tufões são registrados nas águas da porção oeste do Oceano Pacífico.
O maior número de grandes furacões em uma única temporada no Atlântico é sete, registrado em 2005 e 2020. A previsão da NOAA sugere que 2024 pode se aproximar desse recorde.
Embora sejam raros, houve casos históricos de furacões atingindo o Brasil. Um dos exemplos mais notáveis é o Furacão Catarina, que atingiu a região sul do Brasil em março de 2004. O Furacão Catarina foi um evento único e surpreendente, pois foi o primeiro furacão registrado no Oceano Atlântico Sul.
Antecedentes. Oficialmente, a temporada de furacões no Atlântico de 2022 decorreu de 1 de junho a 30 de novembro. Desenvolveram-se 16 ciclones tropicais, dos quais 14 intensificaram-se em tempestades nomeadas.
Meteorologistas da Universidade do Estado do Colorado (CSU, em inglês) aumentaram a quantidade de furacões previstos para 2024. "O Beryl, um furacão tropical profundo categoria 5, é provável prenúncio de temporada hiperativa", segundo a previsão divulgada nessa terça-feira (9).
Os furacões nascem quando a água dos oceanos atinge temperaturas superiores à 26 °C e evapora. Ao subir, esse vapor encontra camadas mais frias e forma grandes nuvens de tempestades. Durante esse processo, a pressão atmosférica diminui e começa a atrair massas de ar para partes mais altas do céu.
Base de dados oficial. De acordo com a base de dados da PREVOTS, há 321 registros de danos por tornados (incluindo tromba-d'águas) em todo território brasileiro entre junho de 2018 até junho de 2023.
O Brasil não apresenta as condições necessárias para a ocorrência dessas tempestades tropicais. As águas oceânicas não demonstram temperaturas superiores a 26ºC.
Um ciclone passa a ser classificado como um furacão quando atinge velocidades superiores a 150 km/h, quando é considerado um tufão forte, mas também podendo superar os 195 km/h no que é considerado um tufão violento.
Fique atento aos alertas e avisos locais. Siga as instruções fornecidas pelas autoridades de sua área. Mantenha-se distante de janelas e procure um abrigo numa área mais interna e mais baixa para se proteger de ventos fortes. Em caso de enchente, vá para uma área de maior altitude.
O olho é uma região localizada no centro de ciclones tropicais fortes onde as condições climáticas são amenas. O olho de uma tempestade é uma região grosseiramente circular e geralmente com 30 a 60 km (20 a 30 milhas) de diâmetro.
Depois do Sul, a maior concentração de tornados é da região Sudeste (108), seguida do Centro-Oeste (31), Norte (17) e Nordeste (14). Dentre as 581 atividades contabilizadas, a categoria mais identificada, com 115 ocorrências, foi a de escala EF1, que se caracteriza por ventos de 117 e 180 km/h.