Em nível global, agosto de 2024 vai igualar o recorde de temperatura para o mesmo mês estabelecido em 2023, ou seja, 1,51 graus Celsius (°C) acima da média do clima pré-industrial (1850-1900), ou seja, acima do limiar de 1,5°C que constitui o objetivo mais ambicioso do acordo de Paris de 2015.
O Brasil vivencia um ano excepcionalmente quente em 2024, com ondas de calor se estendendo por todos os meses do ano. Todos os meses decorridos deste ano tiveram altas temperaturas, ficando acima da média histórica em relação ao período 1991-2020.
As temperaturas registradas em 2024 não eram vistas há pelo menos 120 mil anos, segundo estudos paleoclimáticos. O que torna esse cenário ainda mais alarmante é o fato de que esses extremos de calor estão diretamente associados à inação global frente à crise climática.
Apesar do período se caracterizar por altas temperaturas, espera-se que sejam menos intensas no Sul, no Sudeste e no Centro-Oeste. Não há mudanças específicas para o Norte e Nordeste do Brasil, apenas nas precipitações.
Segundo o que meteorologista da Climatempo,Vinicius Lucyrio, disse ao G1, vivenciaremos temperaturas medianas, calor bem abafado e bastante umidade. Mais detalhadamente, no início, será um calor acima da média, porém não extremo, diferente do que foi 2023.
O Brasil terá cidades inabitáveis por causa do calor?
Como ficará o calor em 2024?
As temperaturas médias globais durante os três meses de verão (junho, julho e agosto) foram as mais altas já medidas, ultrapassando o recorde de 2023, anunciou nesta sexta-feira (6) o observatório europeu Copernicus.
Inverno de 2024 será com temperatura acima da média em praticamente todo o país. As áreas onde a temperatura no inverno vai ficar mais acima da média estão na mancha vermelha entre Rondônia e o centro-oeste de São Paulo.
Até então, a maior temperatura de 2024 havia sido de 34,7°C, registrada em 26 de março. A terceira maior temperatura deste ano foi de 34,5°C, em 8 de setembro, e a quarta, de 34,3°C, registrada em 9 de setembro e em 14, 15 e 17 de março.
Fenômeno deve permanecer intenso até o dia 20 de setembro, informa a Climatempo. A onda de calor que se instalou no Brasil no início de setembro deve continuar em ação e elevando as temperaturas até 20 de setembro, informa a Climatempo. O fenômeno é o mais longevo e intenso já registrado em 2024.
Mas essa condição não basta para aqueles que gostam do frio intenso, e que já contam os dias para a chegada do inverno. Em 2024, a estação mais gelada do ano começará na tarde de 21 de junho, de acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).
Tanto o Copernicus quanto a Organização Mundial de Meteorologia haviam alertado que 2024 deveria seguir a tendência de aquecimento e até superar 2023, o ano mais quente já registrado. Por trás de tanto calor está uma combinação de El Niño com mudanças climáticas, disseram os cientistas do Copernicus.
No Hemisfério Sul, o outono começa no dia 20 de março de 2024, à 0h06 (horário de Brasília) e termina no dia 21 de junho, às 17h51. Veja o prognóstico climático produzido pelo Inmet em parceria com o Inpe.
Segundo o meteorologista, é bem improvável que grandes ondas de calor aconteçam nos meses de novembro e dezembro, como aconteceu em 2023. Boa parte do Centro-Norte e algumas regiões de São Paulo, Paraná e Minas Gerais devem registrar marcas acima da média, principalmente entre outubro e novembro.
Em 2024, o Brasil já teve três ondas de calor. O meteorologista do Climatempo Fábio Luengo explica que o aumento da temperatura global faz com que haja mais sequências de dias com os termômetros acima da média – condição da onda de calor – um resultado direto das mudanças climáticas.
O ano de 2023 é o mais quente da história do planeta, segundo dados da Organização Meteorológica Mundial (OMM). No Brasil, a média das temperaturas do ano ficou em 24,92ºC, sendo 0,69°C acima da média histórica de 1991/2020, que é de 24,23°C. Em 2022, a média anual foi de 24,07ºC, 0,16ºC abaixo da média histórica.
A oitava onda de calor registrada em 2024, que elevou as temperaturas no Centro-Oeste e Sudeste na primeira semana de outubro, vai diminuir a abrangência sobre o território brasileiro a partir desta quarta-feira (2/10), mas não irá terminar. Primavera 2024: qual a previsão do tempo para a nova estação?
Conforme a Climatempo, essa situação climática é decorrente de uma grande massa de ar seco e quente que ganhou força sobre o País no decorrer desta semana, atuando sobre praticamente todas as regiões.
O observatório do clima da União Europeia alertou, nesta quinta-feira, que é “cada vez mais provável” que 2024 se torne o ano mais quente já registado.
Foi de 17,08 ºC. O observatório realiza as medições desde 1940. O observatório Corpenicus avalia, preliminarmente, que o aumento está relacionado a uma temperatura muito acima da média em grandes partes da Antártida.
A chegada de uma forte frente fria neste final de semana, o último de junho de 2024, promete provocar uma queda brusca da temperatura em várias Regiões do Brasil, especialmente na Região Sul.
Com as altas temperaturas dos últimos dias, os brasileiros sonham com a chegada do inverno. Em 2024, a estação mais fria do ano começa 21 junho, às 17:51h, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia. Nesta data, também chamada de solstício de inverno, ocorre o dia mais curto do ano.