INTRODUÇÃO A hanseníase é uma doença crônica infectocontagiosa causada pelo Mycobacterium tuberculosis, que acomete principalmente os nervos superficiais da pele e troncos nervosos periféricos e ao longo de sua evolução pode levar ao aparecimento de lesões nasais como a perfuração do septo.
No último domingo do mês de janeiro é celebrado o Dia Mundial de Luta Contra a Hanseníase. A doença é provocada pelo agente Micobacterium leprae, e atinge peles e nervos, podendo causar incapacidades físicas permanentes, especialmente nas mãos, pés e olhos.
Manchas esbranquiçadas, avermelhadas ou amarronzadas em qualquer parte do corpo com perda ou alteração de sensibilidade. Área de pele seca e com falta de suor. Área da pele com queda de pelos, especialmente nas sobrancelhas. Área da pele com perda ou ausência de sensibilidade.
Áreas com diminuição dos pelos e do suor; Sensação de formigamento e/ou fisgadas, principalmente nas mãos e nos pés; Diminuição ou ausência da sensibilidade e/ou da força muscular na face, e/ou nas mãos e/ou nos pés; Caroços (nódulos) no corpo, em alguns casos avermelhados e dolorosos.
Hanseníase: causas, sintomas, tratamento e prevenção- Saúde e Bem Estar
Onde a hanseníase atinge?
A hanseníase é uma doença infecciosa, contagiosa, que afeta os nervos e a pele e é causada por um bacilo chamado Mycobacterium leprae ou bacilo de Hansen, em homenagem à Gerhard Henrick Armauer Hansen, médico e bacteriologista norueguês, que descobriu a doença, em 1873.
As manchas de hanseníase normalmente são os primeiros sinais para o início da doença. Estas manchas iniciais são hipocrômicas (mais claras que o tom da pele), com diminuição de sensibilidade dolorosa, tático e térmica. O local que elas mais aparecem são braços, pernas e costas, mas podem aparecer em todo o corpo.
A pessoa se queima ou machuca sem perceber. Dor e sensação de choque, fisgadas e agulhadas ao longo dos nervos dos braços e das pernas, inchaço de mãos e pés. Diminuição da força dos músculos das mãos, pés e face devido à inflamação de nervos, que nesses casos podem estar engrossados e doloridos.
“O contato com tatus é considerado fator de risco para desenvolvimento de hanseníase nos Estados Unidos”, afirma a médica. Ela lembra que o mesmo não acontece no Brasil. E pior: aqui a caça e o consumo da carne de tatu são práticas comuns, apesar de crime ambiental.
A duração do tratamento varia de acordo com a forma clínica da doença. Para pacientes com hanseníase paucibacilar (PB) a duração é de seis meses e para pacientes com hanseníase multibacilar (MB) a duração é de doze meses.
A maioria das lesões cicatrizam sem deixar marcas, porém pode levar alguns anos para que as lesões cutâneas desapareçam completamente(1,2). O envolvimento do sistema nervoso é encontrado em todas as formas de hanseníase e pode ocorrer na ausência de lesões cutâneas.
Como é feito o tratamento medicamentoso da hanseníase? O tratamento medicamentoso da hanseníase envolve a associação de três antimicrobianos: rifampicina, dapsona e clofazimina.
O diagnóstico pode ser feito em qualquer unidade de saúde que tenha um profissional treinado para detectar a doença. A maioria dos especialistas que trata a hanseníase é dermatologista, mas existem vários médicos capacitados e treinados para realizar o diagnóstico.
leprae, apresentando infecção mais grave e sistêmica com infiltração bacteriana difusa na pele, nos nervos e em outros órgãos (p. ex., nariz, testículos, rins). Têm mais lesões na pele (multibacilar) e a infecção é mais contagiosa.
O mosquito noturno comum, Culex quinquefasciatus, é especialmente suspeito de transmitir a lepra, mas não se presta muito bem para experiências porque só pica às escuras.
Dentre os alimentos mais citados como reimosos e que, portanto, devem ser terminantemente proibidos, estão caça (animais selvagens), carne de porco, peixes de pele e frutos do mar. “(…) a minha família, quando teve [hanseníase] também, eles não comiam nem camarão, nem caranguejo, nem carne de porco” (Grupo focal 8).
A principal causa da hanseníase é a bactéria Mycobacterium leprae, também conhecida como bacilo de Hansen. É um parasita que atinge, principalmente, os tecidos epiteliais e nervosos. A infecção ocorre por meio de vias respiratórias ou secreções, até se instalar nos nervos periféricos e no tecido epitelial do doente.
“Na hanseníase multibacilar, os pacientes podem apresentar dormência constante nas mãos ou nos pés, diminuição das sensibilidades térmica, dolorosa e tátil. Sensação de choque nos membros e nariz entupido também são indicativos e devem constar na anamnese do paciente”, completa.
Outra forma de ocorrer a recidiva da hanseníase é contraindo novamente a infecção. “A reinfecção não é comum, mas também pode acontecer se o paciente estiver em um ambiente endêmico com transmissão mantida. Por isso, é importante rastrear os contatos e tratar aquele grupo”, reforça.
A hanseníase possui quatro formas de apresentação, que ocorrem de acordo com a resposta imune do hospedeiro, variando assim em fisiopatologia, quadro sintomatológico, progressão e prognóstico de doença. São elas: forma Tuberculoide (HT), Virchowiana (HV), Dimorfa (HD) e Indeterminada (HI).
O ENH é tipo de reação mais frequente nas pessoas acometidas pela hanseníase e caracteriza-se por apresentar nódulos subcutâneos dolorosos, acompanhados ou não de febre, dores articulares e mal-estar generalizado, com ou sem espessamento e dor de nervos periféricos (neurite).
Olhe o seu corpo, áreas que não suam, com perda de pêlos e sensibilidade, machas que não doem caroços e inchaços, isto pode ser hanseníase. Neste caso, procure seu médico de família na unidade de saúde mais próxima de sua casa.
“Na hanseníase multibacilar, os pacientes podem apresentar dormência constante nas mãos ou nos pés, diminuição das sensibilidades térmica, dolorosa e tátil. Sensação de choque nos membros e nariz entupido também são indicativos e devem constar na anamnese do paciente”, completa.