No intestino, a vitamina D estimula a absorção de cálcio e fósforo. Sem vitamina D apenas 10-15% do cálcio e 60% do fósforo da dieta são absorvidos. Em quantidade suficiente a vitamina D aumenta em 30-40% a absorção do cálcio e em 80% a do fósforo.
Uma pesquisa da Universidade de Sheffield publicada no periódico European Journal of Clinical Nutrition descobriu que os suplementos de vitamina D podem ajudar a aliviar os sintomas da Síndrome do Intestino Irritável (SII), condição que afeta até 11% da população mundial.
"Ela auxilia na absorção de cálcio a nível de trato digestório, auxiliando na formação e na manutenção de ossos e dentes. Também age no sistema muscular e imunológico, no processo de força muscular e resposta imunológica, respectivamente", conta o especialista.
A ação mais conhecida da vitamina D está diretamente ligada ao intestino, afinal a sua principal função é a de aumentar a absorção intestinal do cálcio, participando do transporte ativo deste íon¹.
Como a vitamina D regula a absorção intestinal de cálcio?
O corpo forma calcitriol a partir da vitamina D adquirida da dieta ou sintetizada na pele pela ação da luz solar. Essa vitamina D é modificada primeiro no fígado e depois nos rins. O calcitriol aumenta a absorção intestinal do cálcio, facilita a sua reabsorção renal e ajuda a liberá-lo dos ossos.
Exames de sangue para medir a vitamina D podem confirmar a deficiência. Os níveis de cálcio e fosfato são medidos. Os níveis de outras substâncias podem ser medidos para descartar outras causas de diminuição da densidade óssea. Radiografias podem também ser tiradas.
O uso de protetor solar é o principal fator de bloqueio da absorção de vitamina D. Para você ter uma noção, a pele deixa de reter mais de 95% do nutriente quando protegida por esse produto1.
O intestino grosso é responsável pela formação da fezes e é onde se encontram as bactérias da flora intestinal, que ajudam na produção das vitaminas K, B12, tiamina e riboflavina. Os nutrientes absorvidos nessa parte são principalmente água, biotina, sódio e gorduras feitas com ácidos graxos de cadeia curta.
Ao ser associada aos probióticos presentes na região intestinal, a vitamina D é capaz de aumentar a colonização de microrganismos ali presentes, e consequentemente, modular a microbiota intestinal para o combate de doenças que afetam a saúde digestiva.
A vitamina de figo ajuda a aliviar a prisão de ventre, pois essa fruta tem uma boa quantidade de fibras, promovendo assim o bom funcionamento do intestino. Ingredientes: 500 mL de leite de aveia; 6 figos frescos.
Laranja. Rica em Vitamina C, a laranja favorece a digestão e reforça as defesas do organismo. De acordo com o Ministério da Saúde, é fonte de cálcio, fósforo, sódio e potássio. Além disso, o bagaço da laranja auxilia para o bom funcionamento intestinal.
O que acontece com o corpo quando toma vitamina D?
O excesso de vitamina D aumenta a captação intestinal de cálcio, reabsorção tubular renal e reabsorção óssea, levando a hipercalcemia-nível elevado de cálcio no sangue-sintomas relacionados, como náusea, vômitos, fraqueza, anorexia, desidratação e quadro agudo insuficiência renal.
Em relação a horários, não há uma regra padrão sobre como tomar vitamina D. A principal recomendação é que a dose diária seja ingerida em conjunto ou após uma refeição sólida, como o almoço ou café da manhã, de preferência com alimentos que contenham alguma fonte de gordura saudável.
É melhor tomar vitamina D todo dia ou uma vez por semana?
Certifique-se de evitar doses excessivas de vitamina D. Geralmente, para pessoas com níveis adequados de vitamina D, tomar suplementos de 4.000 UI ou menos por dia é considerado seguro. Os profissionais de saúde podem prescrever suplementos de vitamina D para pessoas com insuficiência ou deficiência.
O estímulo insuficiente na alimentação e, principalmente, dos raios solares pode causar deficiência de vitamina D. Isso é sinalizado pela fraqueza muscular e dor nos ossos, já que a regulação do cálcio e fósforo foi comprometida.
Embora a exposição ao sol represente de 80% a 90% da vitamina D adquirida, 10 a 20% da recomendação diária deve ser suprida pelos alimentos. A nutricionista reforça que as principais fontes são: óleo de fígado de peixes, peixes de água fria, leite integral, gema de ovo e fígado bovino.
Além do baixo consumo de alimentos que contém vitamina D, da falta de exposição solar adequada, devido ao uso excessivo de protetor solar, pele morena, mulata ou negra, a falta de vitamina D pode estar relacionada a algumas situações, como por exemplo: insuficiência renal crônica, lúpus, doença celíaca, doença de Crohn ...
Um outro estudo, dessa vez brasileiro, divulgado na revista Metabolism, sugere que os níveis de vitamina D circulantes no organismo podem influenciar o perfil da microbiota intestinal e, consequentemente, o risco de desenvolver doenças cardiovasculares e metabólicas.
Apesar da nomeação que remete a vitamina, obtida por meio da alimentação, a vitamina D é um hormônio. Ou seja, ela é sintetizada pelo próprio corpo, desde que tenha alguns estímulos — como a exposição solar. Dessa maneira, assim como os demais hormônios do organismo, ela consegue realizar diversas funções.
Os raios solares são a melhor e mais fácil fórmula para absorção de vitamina D. O tempo médio de exposição ao sol para pessoas de pele clara é de 15 a 20 minutos, três vezes por semana.