Outra forma de como tratar a dislexia é por meio de mudanças na sala de aula e na escola de forma geral. Aqui, professor e pedagogo são os agentes responsáveis por pensar em estratégias para reduzir as dificuldades do aluno inerentes à escrita, à fala e à leitura, além de estimular as atividades em grupo.
Apesar de não ter cura, a dislexia tem tratamento e envolve o acompanhamento com um fonoaudiólogo para tratar questões da fala e também com psicólogo para que a criança ou o adulto possa aprender a lidar com as emoções, normalmente abaladas com as dificuldades apresentadas.
As crianças disléxicas aprendem de maneira diferente, mas podem acompanhar o ensino convencional se tiverem apoio necessário para contornar suas dificuldades específicas. Um aluno disléxico não deve ser deixado para trás por seu professor, e deve ser acompanhado por ele, para progredir e ter sucesso graças a ele.
Pessoas com dislexia apresentam um funcionamento peculiar do cérebro para os processamentos lingüísticos relacionados à leitura. O disléxico tem dificuldade para associar o símbolo gráfico, as letras, com o som que elas representam, e organizá-los, mentalmente, numa sequência temporal.
No Brasil, o piracetam é o medicamento aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) para auxiliar no tratamento da dislexia. O piracetam é um medicamento nootrópico, ou seja, atua no cérebro melhorando as funções cerebrais, tais como a memória, atenção e consciência.
Pela legislação, não são considerados PcD as pessoas que apresentam distúrbios de aprendizagem, com ou sem transtornos psiquiátricos e mentais, a exemplo de pessoas com dislexia, discalculia, dispraxia, esquizofrenia, transtorno do déficit de atenção e hiperatividade (TDAH), distúrbio do processamento auditivo central ...
A dislexia está relacionada principalmente à herança genética: ela é causada por uma alteração cromossômica hereditária, afetando de 0,5% a 17% da população mundial. A condição pode se manifestar em pessoas adultas com inteligência normal ou mesmo superior.
Os jogos de forca, caça-palavras e palavras-cruzadas são boas opções de atividades para crianças com dislexia, pois estimulam a memória e ajudam na identificação das sílabas que compõem a formação correta das palavras.
A dislexia (CID-10 R48. 0) é um transtorno de aprendizagem caracterizado pela dificuldade de leitura e escrita em diferentes intensidades. Em alguns casos, pacientes também podem ter dificuldade com sons, seja ao escutá-los ou pronunciá-los.
Como diagnosticar a dislexia? Para o diagnóstico é importante a consulta com neuropediatra e fonoaudiólogo, assim como avaliação psicopedagógica, pois normalmente há vários fatores que podem ser confundidos no início do quadro. Não há exames específicos para o diagnóstico além da avaliação clínica cuidadosa.
Como tal, o tratamento da dislexia passa essencialmente pela educação e pelo ensino que devem ser adaptados a cada caso. A identificação e intervenção precoce são o segredo do sucesso na aprendizagem da leitura. Quanto mais cedo a dislexia for identificada mais rapidamente se pode obter ajuda.
O tratamento da dislexia para adultos, assim como para crianças, envolve identificar e implementar adaptações e intervenções para facilitar a leitura, a escrita e outras habilidades afetadas pela dislexia. Não há medicação que possa tratar ou curar a dislexia.
Incentivar a soletrar palavras complexas antes de as escrever; Fazer listas de palavras pertencentes à mesma família (por exemplo, casa, casamento, casebre, etc.); Treinar a velocidade de leitura da criança, dando-lhe a ler o mesmo texto ao longo de uma semana e cronometrar o tempo que demora cada leitura.
As dificuldades na leitura para pessoas com dislexia estão relacionadas a não identificação de letras, leitura muito silabada e lenta, além de falhas na memória envolvendo os sons das letras (estas características podem variar para cada indivíduo).
Tanto na comunicação oral quanto na escrita, os disléxicos têm dificuldade em estruturar sua história e contá-la do início ao fim. A dislexia é o resultado direto da dominância, ou uma forte preferência por, usando o hemisfério direito do cérebro para pensar e processar informações.
As pessoas disléxicas podem mostrar desempenho 'forte', 'muito forte' e 'excepcional' em uma série de “habilidades cognitivas, habilidades de sistema, habilidades de resolução de problemas complexos, habilidades de conteúdo, habilidades de processo e habilidades técnicas”, dizem os autores.
É importante utilizar recursos com enriquecimento de cores, personagens com estímulos visuais e sonoros, que trabalhem os sons dos fonemas de maneira clara, histórias que incentivem uma organização lógica, pouca informação escrita junta. Isso pode criar um ambiente mais confortável e amigável para o disléxico.
Algumas estratégias que podem ser utilizadas são: atividades multissensoriais e lúdicas, recursos visuais e auditivos e apoio de profissionais de ensino (como professores particulares). Dessa forma, pode-se ter um melhor aprendizado e uma maior maior motivação por parte dos alunos com dislexia.
Usar a música e as rimas, trabalhando ritmo, concentração, atenção, o som e suas formas, é ótimo para estimular a aprendizagem dos alunos com dislexia. As atividades que trabalham a percepção auditiva ajudam a desenvolver a percepção da sequência auditiva e as habilidades de consciência fonológica.