Os primeiros sintomas, no entanto, não são os mais conhecidos — delírios e alucinações. A esquizofrenia tende a começar com um isolamento social e alterações no comportamento que fazem com que o paciente seja visto pelas pessoas de seu convívio como “peculiar” ou “diferente”.
O especialista descreve as mudanças: “Os pacientes começam a se isolar, a ficarem quietos ou com olhares vazios. Em outros casos, é possível observar que o eles passam a ter medo e a tomar atitudes estranhas, como se esconder e dizer que querem matá-lo.”
Até hoje, não foi descoberta a causa da esquizofrenia, mas a combinação de alguns fatores genéticos, cerebrais e do ambiente podem desencadear a doença. Fatores hereditários - parentes de primeiro grau de um esquizofrênico têm mais chances de desenvolver a doença do que as pessoas em geral.
A idade média de início é de 20 a 25 anos em homens e um pouco depois em mulheres. O início durante a infância é raro, porém a esquizofrenia pode ter início durante a adolescência ou, em casos raros, em uma idade mais avançada.
Nesse tipo, as alucinações e os delírios são menos comuns, apesar de não serem sintomas excluídos. Os pacientes têm dificuldade em seguir processos e organizar pensamentos. Isso pode prejudicar a execução de tarefas simples de rotina, como escovar os dentes, tomar banho ou se vestir.
O indivíduo pode começar a falar de maneira confusa ou apresentar um discurso desorganizado, dificultando a compreensão de suas ideias. Além disso, pode demonstrar desconfiança excessiva ou paranoia, acreditando que outras pessoas estão conspirando contra ele ou que está sendo observado.
Exame de sangue permite diagnosticar esquizofrenia e bipolaridade. Maria Fernanda Ziegler | Agência FAPESP – Metodologia desenvolvida por pesquisadores brasileiros permite diagnosticar, com base em um único exame de sangue, duas doenças psiquiátricas com sintomas semelhantes: a esquizofrenia e o transtorno bipolar.
Os olhos da mente de um esquizofrênico podem estar repletos de ilusões, pensamentos mágicos, superstições, mas também ansiedade, irritabilidade e um mal estar permanente, chamado disforia.
Os resultados mostraram diferenças na entonação de voz entre indivíduos com e sem esquizofrenia. Ana Cristina explica que as pessoas com esquizofrenia apresentaram pouca variação de simetria e dispersão na entonação da fala, ou seja, elas expressavam suas emoções pela voz de forma menos acentuada.
Acredita-se que esse distúrbio possa surgir como resultado da interação de fatores genéticos, cerebrais e ambientais. Algumas pessoas podem ter a tendência de desenvolvê-la com o passar dos anos, já outras, um evento estressante ou emocional pode desencadear um episódio psicótico.
“Durante um surto psicótico o paciente pode apresentar alucinações, delírios, ansiedade, agressividade, pensamento ou comportamento desorganizado e, geralmente, a pessoa apresenta um discurso confuso, incoerente, narrando uma história que não existe, alterando pensamento e comportamento”, esclarece.
Sintomas depressivos, que envolvem tristeza, sensação de culpa, baixa autoestima, falta de esperança e até ideias suicidas podem ser confundidos com os sintomas negativos da esquizofrenia, o que pode levar o paciente e sua família a acreditarem que se trata de um caso de depressão, principalmente na fase inicial da ...
O esquizofrênico se depara com o seu corpo, não como uma ilusória unidade, mas como o real, disperso. Sem poder recorrer aos discursos sociais que etiquetam e nomeiam esta desarticulação, a escrita pode permitir um trabalho de crochetagem de uma linguagem no corpo, em uma tessitura de gozo e de alíngua no corpo.
Porém, a esquizofrenia de início precoce é definida como o aparecimento de sintomas psicóticos específicos e prejuízos nas funções adaptativas entre os 13 e os 17 anos. E a esquizofrenia de início muito precoce aparece antes dos 13 anos de idade.
A esquizofrenia é caracterizada por psicose, alucinações, delírios, fala e comportamento desorganizados, afeto aplainado, deficits cognitivos e disfunção ocupacional e social. Suicídio é a causa mais comum de morte prematura.
Mesmo que você não conheça ninguém que tem esquizofrenia, há chances de você estar familiarizado com os sintomas. Pessoas com esta condição podem sofrer de alucinações, ilusões e paranoia, assim como ter dificuldades de concentração, para organizar seus pensamentos e fazer tarefas básicas da vida cotidiana.
A esquizofrenia denominada hebefrênica é a mais grave de todas e acomete mais indivíduos jovens, entre 15 e 25 anos de idade. O transtorno é marcado por sintomas como perturbação dos afetos, comportamento irresponsável e imprevisível, pensamento desorganizado e discurso incoerente.
A linguagem médica caracteriza a esquizofrenia como um diagnóstico clínico. Ou seja, não é possível fazê-lo a partir de exames de sangue, é necessária a avaliação por parte de um profissional com experiência na área, por meio do acompanhamento do paciente.
“Eles podem explodir em risos sem nenhuma razão ou fazer sorrisos e caretas incongruentes. Outros traços comuns de quem tem esquizofrenia: movimentos voluntários bizarros, rigidez, negativismo (como mutismo seletivo), empobrecimento afetivo, apatia, autonegligência e diminuição da fluência verbal”.
A esquizofrenia pode manifestar-se através de um conjunto de sintomas que envolvem alterações do pensamento, da perceção, do comportamento e do afeto. O discurso pode tornar-se repetitivo, incoerente ou incompreensível. A perceção sensorial pode estar alterada, ocorrendo, por exemplo, alucinações auditivas ou visuais.
A doença deve ser acompanhada e tratada rapidamente porque pode provocar crises psicóticas. “Os surtos mais comuns dos pacientes com esquizofrenia são caracterizados por agitação psicomotora, comportamento desorganizado e alterações de sensopercepção, como alucinações e delírios”, afirma a psiquiatra Cristiane Lopes.