Muito autistas relatam pensamentos intrusivos (que invadem a mente, de forma que foge às tentativas voluntárias de expulsá-los) e que se repetem infinitamente ao longo de horas ou mesmo dias, atrapalhando até a realização das atividades da pessoa.
Verdade: Muitas pessoas autistas interpretam as coisas de forma literal e podem ter dificuldade em identificar se alguém está mentindo, mas isso não faz todas elas serem pessoas ingênuas ou que podem ser facilmente enganadas. Inclusive, autistas podem mentir como qualquer outra pessoa!
Há uma crença generalizada de que o autista não sabe mentir e, por isso, cometem sincericídio a todo momento. Não é bem assim. No sincericídio, a verdade costuma ser relativa, e a pessoa não pensa para falar, desconsiderando o que o outro sente ou mesmo deseja.
Dificuldade para interagir socialmente, como manter o contato visual, identificar expressões faciais e compreender gestos comunicativos, expressar as próprias emoções e fazer amigos. Dificuldade na comunicação, caracterizado por uso repetitivo da linguagem e dificuldade para iniciar e manter um diálogo.
As pessoas com autismo podem expressar emoções de maneiras diferentes das esperadas pela maioria das pessoas. Por exemplo, eles podem ter dificuldade em entender e interpretar expressões faciais ou linguagem corporal, mas ainda podem sentir emoções intensas.
Indivíduos autistas demonstram amor e empatia de maneira diferente, pois exames cerebrais revelaram que quando expressam sentimento de amor e afeto por alguém, áreas diferentes do cérebro são ativadas em relação aos não-autistas. O circuito de empatia do cérebro também funciona de maneira diferente.
A memória autista, sem a bússola pragmática, vaga sem função precisa, resultando ora na incapacidade do sujeito em se localizar nos contextos e em sua própria história, ora em prodígios mnêmicos pouco úteis para a autonomia e a vida social.
Crianças com autismo não aceitam coisas novas em seu mundo, sendo assim há uma grande dificuldade em apresentar o mundo a elas. Para que a aprendizagem e o desenvolvimento do raciocínio lógico aconteçam, as invasões do mundo que a cercam são fundamentais, mas dificilmente serão aceitas por ela.
Algumas pessoas autistas podem apresentar mais interesse em movimentos repetitivos. Por exemplo: elas gostam de acompanhar a rotação da máquina de lavar, das hélices do ventilador ou das rodas dos carros.
Uma das características do espectro autista é a dificuldade de abstração, mesmo nos casos mais leves. Eles tem dificuldade de imaginar, entendem as situações de forma concreta, isso faz com que tenham dificuldade de entender o sarcasmo, humor, figuras de linguagem, situações de duplo sentindo e etc.
Dito isso, a maneira como uma pessoa com autismo enxerga o mundo está conectado diretamente aos sentidos. Assim como é difícil lidar com as informações de um ambiente, existem diversas respostas neurológicas para organizar cada sensação de tato, olfato, visão, paladar e audição.
Crianças autistas, em geral, não fixam a atenção nos olhos
No caso das crianças com autismo, a observação padrão é diferente. Enquanto as típicas têm um padrão de olhar triangular – focando olhos e boca -, as autistas têm um padrão retangular, que não passa pelos olhos.
Ficar repetindo palavras ou frase em locais inapropriados. Não responder quando é chamado pelo nome como se fosse surdo. Acessos de raiva. Dificuldade em expressar seus sentimentos com fala ou gestos.
Um estudo recente do MIND Institute, ligado à Universidade da Califórnia, detectou que a gravidade dos sinais de autismo de uma criança pode mudar significativamente entre a idade de 3 e 11 anos. Ou seja, o estudo reforça que existem evidências de mudanças, e não exatamente piora.
O déficit nessa habilidade (que é conhecida por Teoria da Mente) é uma das características centrais do TEA e talvez a principal responsável pelo sincericídio. A falta de leitura do contexto social leva a falhas na elaboração de respostas adequadas em determinadas situações.
Muito autistas relatam pensamentos intrusivos (que invadem a mente, de forma que foge às tentativas voluntárias de expulsá-los) e que se repetem infinitamente ao longo de horas ou mesmo dias, atrapalhando até a realização das atividades da pessoa.
Assim, autistas, em geral, são mais sensíveis a tudo. E não há como ser diferente considerando o amor. Se, por um lado, autistas sentem algo intenso como o amor com uma intensidade mais forte ainda, por outro lado possuem menor habilidade social para relacionamentos.
“As pessoas com autismo têm até algumas vantagens quando consideramos as que nasceram sem autismo. Essas vantagens incluem, mas não se limitam a: atenção aos detalhes, paixão pelo trabalho, capacidade de viver no agora e capacidade de ensinar aos outros sobre o autismo”, relata Zachary em seu discurso.
Os brinquedos sensoriais são uma excelente opção para crianças com autismo, pois estimulam os sentidos e podem ajudar a criança a se acalmar e se concentrar. Esses brinquedos são geralmente feitos com diferentes texturas, cores e sons, oferecendo uma experiência sensorial rica para a criança.
Alguns pacientes podem apresentar inteligência superior, enquanto outros estão na média ou mesmo têm deficiência intelectual. "Cerca de metade das pessoas com autismo têm inteligência preservada, mas na outra metade temos deficiência intelectual leve, moderada e mesmo grave.
O cérebro autista se desenvolve de um modo diferente do comum. Num cérebro autista as áreas do cérebro relacionadas a comunicação, socialização e processamento emocional, entre outras, não se desenvolvem adequadamente.
O cérebro dos autistas processa sinais sensoriais mais depressa que o normal. Já as respostas do núcleo caudado direito, região do cérebro ligada ao aprendizado e ao controle de impulsos motores, são mais lentas. Portanto, muita calma durante a quarentena.
Além disso, alguns estudos feitos nos últimos anos demonstram que os hemisférios do cérebro autista apresentam um pouco mais simetria, em comparação àqueles sem nenhum transtorno. Por essa razão, os autistas apresentam características diferentes na hora de coletar e interpretar informações do mundo externo.