Hoje, o rap tornou-se mais empreendedor e menos engajado com questões sociais e políticas – com o gênero trap dominando o cenário musical. Embora a expansão traga transformação, também torna o gênero mais ambíguo como a voz dos desprivilegiados.
Segundo consta, surgiu na Jamaica durante a década de 60, e foi levado para os EUA, na década de 70. Mais propriamente para os bairros pobres de Nova Iorque, onde os jovens de origem negra e espanica, que em busca de uma sonoridade diferente, deram assim um novo impulso e um novo significa ao Rap.
Nesse sentido, o rap pode ser visto como uma crônica da realidade da periferia. Para muitos desses jovens, o rap torna-se uma forma de intervenção social, mas em outros moldes. Por meio da linguagem poética, do corpo, do lazer propõem uma pedagogia própria, que tem como um dos instrumentos a polêmica.
Mas, além de levantar críticas sobre a violência e a desigualdade social, as músicas do rap assumem outro importante papel: o de auxiliar o artista e o ouvinte na sua formação social, psicológica, política e econômica.
Atualmente, o hip-hop está solidificado na da cultura popular e atinge públicos que não necessariamente fazem parte do contexto preto e periférico. A atual posição do movimento reflete a questão da inserção de pessoas antes excluídas em espaços considerados exclusivistas e inacessíveis. "Isso foi pelo movimento negro.
Quando se fala de Funk e RAP, existe muito preconceito com os artistas, simplesmente por terem vindo de favelas ou comunidades periféricas. Ao ponto de não aceitarem que essa vertente musical possa fazer sucesso.
O Rap, no início, era considerado “funk falado” e foi duramente criticado e pouco aceito pela sociedade, pois era considerado imoral, sendo associado a uma imagem violenta e criminosa (CAMARGOS, 2015).
Sua principal função é transmitir informação a fim de conscientizar as comunidades periféricas para a luta contra os preconceitos e as injustiças. O rap designa, assim, a voz de um grupo que se reconhece enquanto marginalizado e menosprezado pelo sistema, porém luta e tenta, de alguma, forma ser notado.
A proposta é garantir a livre circulação das pessoas com problemas mentais pelos serviços, pela comunidade e pela cidade. A Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) estabelece os pontos de atenção para o atendimento de pes- soas com problemas mentais, incluindo os efeitos nocivos do uso de crack, álcool e outras drogas.
Rap (em inglês, também conhecido como rapped) é um discurso rítmico com rimas e poesias, que surgiu no final do século XX entre as comunidades afro-descendentes nos Estados Unidos. É um dos cinco pilares fundamentais da cultura hip hop, de modo que se chame metonimicamente (e de forma imprecisa) hip hop.
Brasil está entre países que mais ouvem Rap no mundo
Ainda de acordo com os dados nacionais, os estados brasileiros que mais escutaram Rap no Spotify foram São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Bahia, Distrito Federal, Ceará e Goiás.
O rap constitui-se em uma expressão artística por meio da qual os MCs relatam poeticamente a condição social em que vivem e retratam suas experiências cotidianas.
O Hip Hop busca apropriar-se dos espaços públicos, assim como das regiões nobres e centrais da cidade, seus atores segundo Rose (1997), reinterpretam a experiência da vida urbana, apropriando-se de modo simbólico do espaço urbano, através da dança, do rap, do estilo.
O Rap é um dos pilares do Movimento Hip Hop que se originou nos guetos de Nova Iorque por comunidades pobres jamaicanas, latinas e afro-americanas. O objetivo desse movimento era, e ainda é, o de combater a pobreza, a violência, o racismo, o tráfico de drogas, a falta de saneamento e de educação.
Sob a influência do grupo americano Public Enemy, no final dos anos 1980, o rap surgiu no Brasil. A primeira música lançada nesse estilo foi Kátia Flávia, composta por Fausto Fawcett e Laufer. Com os músicos do Racionais MC's e do DMN, o estilo se popularizou entre os brasileiros.
O rap faz parte da vida dos alunos (e dos professores) e falar a língua deles é imperativo para uma pedagogia do afeto. Assim, o gênero musical e artístico pode ser um importante recurso para trabalhar competências e habilidades socioemocionais.
Atualmente, o rap e a cultura hip-hop como um todo se tornaram maiores do que a própria tribo. Sua influência vai além da música, sendo também responsável por criar muitas das tendências de moda que vão para as passarelas, estilo de vida e até mesmo gírias.
O rap legitima a territorialidade e denuncia a marginalidade e a exclusão social históricas, fazendo parte da cultura hip-hop, cujas raízes vêm da ancestralidade africana. O hip-hop, desde seu surgimento, viu-se alvo do preconceito racial e social, situação que ainda perdura.
O rap, por sua vez, é a expressão que mais difundiu e difunde este movimento de resistência, inclusive na mídia. Traz à tona o preconceito racial e social, a pobreza e a violência, presentes no cotidiano das comunidades negras, sendo uma manifestação contemporânea fundamental na cena cultural brasileira.
O Rap é uma forma de expressão artística que aborda uma variedade de temas, como questões sociais, políticas, pessoais e culturais. É uma das formas mais populares de música urbana e tem influenciado a música e a cultura popular em todo o mundo.
Concluímos que o rap se constitui como uma importante ferramenta contra-hegemônica, centrando-se na valorização da cultura negra e na promoção da autoestima e da consciência racial. Palavras chave: Raça, Política, Rap, Resistência negra, Cultura afro-brasileira.
As ideologias no rap resultam de um processo de afirmação e construção de redes que aperfeiçoam-se no sentido não só em afirmar determinado segmento de artistas mas pretende também o governo sobre os outros através da construção sistemática de lideranças que se destacaram no cenário.