Portanto, trocando de roupa, não era necessário tomar banho. Limpar as partes expostas como face, pescoço, mãos e braços, já era suficiente. A limpeza íntima era feita com folhas de sabugo de milho – ou com a mão mesmo.
Monges, dependendo da ordem, tomavam banho duas vezes por ano. Alguns santos, como São Goderico (1065-1170), que foi da Inglaterra a Jerusalém sem trocar de roupa, eram famosos por sua imundície.
Na Idade Média, as famosas "toalhinhas" eram colocadas sobre as roupas íntimas, lavadas e depois reutilizadas, essa foi a primeira versão reutilizável de um método de absorção.
Porque na Idade Média as pessoas não tomavam banho?
A História mostra que o banho na Idade Média era praticamente nulo. Além da precariedade dos sistemas de higiene, o novo comportamento religioso apresentava a prática como um ato desonroso e impuro. Para Vigarello, a água do banho é insinuante e perturbadora, porque supõe o toque com o corpo.
As pessoas limpavam os dentes com panos. O resultado eram problemas dentários graves e mau hálito generalizado. O papel higiênico, como conhecemos hoje, não existia. Em vez disso, as pessoas usavam materiais como folhas, musgo, palha, lã ou até mesmo a mão para se limparem após usar a casa de banho.
Como era a higiene feminina na ERA VITORIANA | Século 19
Como era feita a higiene pessoal na época de Jesus?
A imundície era generalizada, porque lixo e dejetos eram despejados na rua. Havia latrinas públicas em algumas cidades, mas elas eram evitadas pelas condições repulsivas. Os moradores tinham penicos _ que despejavam pela janela, não raro sobre a cabeça de alguém.
Os banhos dele limitavam-se aos recomendados pelo médico; em geral, a limpeza do rei era feita com pano com água, álcool ou saliva. Para amenizar o mau hálito, a população precisava esfregar os dentes e gengivas com panos e uma mistura de ervas, já que escovas e pastas de dente ainda não existiam.
Algumas cidades ofereciam banhos públicos, mas era um luxo que só as famílias mais abastadas podiam pagar. Aos pobres, restavam os banhos nos rios. O mau odor do corpo era disfarçado com perfumes e essências ou com pétalas de flores (no caso dos mais pobres).
A monarquia seguia as mesmas regras: a falta de banho era transversal a todos os estratos na sociedade. Consta, por exemplo, que a rainha Isabel de Castela só tomou banho duas vezes na vida: no dia em que nasceu e no dia anterior ao casamento.
Receitas excêntricas à parte, o fato é que, durante a maior parte da Idade Média, os cabelos estiveram esquecidos. Nos séculos XV e XVI eles eram comumente lavados a seco com argila em pó, e depois escovados.
Na Bíblia, a mulher é biologicamente impura por ter consumido o fruto proibido no Jardim do Éden. Durante a “Era das Trevas”, o catolicismo influenciou fortemente a forma que a população olhava para a menstruação. “Tornou-se uma coisa que fazia a mulher ser meio temida, a ponto de elas serem queimadas por isso.
Embora sangramento vaginal após os 60 anos se concentre em um cenário relativamente incomum, uma vez que a maioria das mulheres entra na fase da menopausa por volta dos 45 a 55 anos, a circunstância inusitada foi vivida pela atriz Vera Holtz aos 63 anos.
O fluxo menstrual, como qualquer secreção do corpo humano (à exceção da lágrima e, em alguns casos, do suor) é visto como impuro. Por se tratar de sangue, símbolo da própria vida, são muito mais intensas as regras que recaem sobre ele. Nem todas essas regras têm valor negativo.
Muitas leis da Idade Média buscavam restringir o consumo excessivo de comida e bebida — das pessoas mais pobres, é claro. Por isso, em 1336, uma lei foi promulgada para proibir que as pessoas recebessem mais do que dois pratos de comida durante uma refeição.
O banheiro era comunitário e não necessariamente havia diferenciação de gênero. Todos se sentavam lado a lado em uma latrina coletiva. Ali as pessoas faziam suas necessidades enquanto interagiam, debatiam assuntos diversos e, até mesmo, realizavam banquetes.
As mulheres usavam talco diariamente, pois além do cheirinho bom ele podia absorver a umidade o que evitava transferir o cheiro do corpo para a roupa. O talco era também usado na virilha após higiene, pois as roupas eram quentes e provocavam muita transpiração, também entre as pernas.
Antes disto, em toda a Europa era pouco difundido o costume de tomar banho. Os religiosos diziam que era pecado e mulheres e crianças eram obrigadas a se lavar com uma roupa leve por cima sem se tocar o corpo. Na época da rainha Vitória, o palácio de Buckingham não tinha nenhum local especial para tomar banho…
João foi injustiçado pela História. "O d. João era, sim, um príncipe muito medroso, indeciso, tinha crises de depressão, era fisicamente muito feio, não tomava banho.
"Além de nadar pelado na praia, ele tinha uma necessidade de limpeza corporal absurda para a época dele. Os palácios podiam quase não ter móveis, mas todos tinham de ter uma casa de banho completamente equipada. Ele tomava banho depois de todos os deslocamentos", diz o historiador Paulo Rezzutti, autor da biografia "D.
A fava, o feijão, o grão de bico, o cizirão, e a ervilha era as leguminosas mais consumidas. Os cereais moídos ou em grãos, serviam para preparos de sopas e papas. Sempre presentes nas famílias medievais estavam os legumes verdes e frescos.
Durante a Idade Média, o corpo foi reprimido e censurado pelo dogmatismo religioso, nesse período, a Igreja era detentora do saber, controlando, assim, as concepções criadas sobre o mesmo. A sociedade desta época se preocupava mais com a salvação da alma do que com os cuidados que se deviam dar ao corpo.
Capim seco, casca de árvore, madeira apodrecida, agulhas (folhas adultas) de pinheiros e alguns fungos eram usados como mecha. O Acendedor manual, quando não em uso, era mantido embrulhado para que pegasse umidade. Além de ser usado para produzir fogo, o acendedor manual tinha outras utilidades.
O banho diário era raro: apenas índios e escravos tomavam banhos diários em rios. Europeus, principalmente em regiões mais urbanas raramente se banhavam de corpo inteiro. A limpeza era normalmente feita com toalhas e se ocupava apenas de algumas partes do corpo. Sabões eram produtos raros na colônia.
Não por acaso, eles tomavam cerca de três banhos em um só dia. Para muitos especialistas, o ritual acabou afugentando essa civilização de várias epidemias e pragas comuns à Antiguidade.
Na Antiguidade, a ausência de redes encanadas e esgotos era suprida com a utilização de copos e bacias que permitiam a realização do banho. Geralmente, as pessoas se sentavam em uma cadeira enquanto despejavam pequenas porções de água nos lugares a serem higienizados.