O Brasil em 1929 vivia o fim da Primeira República, no último governo oligárquico da chamada república do café com leite: o do presidente Washington Luís, que governou de 1926 a 1930. Nessa época, o café era o centro da economia brasileira e o governo se esforçava para investir nos produtores e exportadores.
A crise de 1929 afetou também o Brasil. Os Estados Unidos eram o maior comprador do café brasileiro. Com a crise, a importação deste produto diminuiu muito e os preços do café brasileiro caíram. Para que não houvesse uma desvalorização excessiva, o governo brasileiro comprou e queimou toneladas de café.
A Crise de 1929, também conhecida como Grande Depressão, foi uma forte recessão econômica que atingiu o capitalismo internacional no final da década de 1920. Marcou a decadência do liberalismo econômico, naquele momento, e teve como causas a superprodução e especulação financeira.
Para superar a crise de 1929, o governo brasileiro, sob a figura do então presidente Getúlio Vargas (1930-45), idealizou uma política de investimentos no setor industrial e na produção agrícola, sendo esta a base da economia nacional.
Como a Crise de 1929 influenciou a política brasileira?
A Crise de 1929 e a desvalorização do café enfraqueceram as oligarquias que estavam no poder àquela época, abrindo espaço para que a Revolução de 1930 mudasse a realidade do Brasil com a chegada de Getúlio Vargas ao poder.
CRISE DE 1929 E A GRANDE DEPRESSÃO | ENTENDA COMO FOI!
Em que período o Brasil foi afetado pela crise de 29?
Consequências da Crise de 1929
A quebra da Bolsa de Nova York deu início ao período da Grande Depressão. De 1929 a 1933, os Estados Unidos viveram o pior momento da crise econômica. Porém, a partir de 1933, uma gradual recuperação começou a acontecer no país.
Qual a relação entre a Crise de 1929 e a industrialização brasileira?
A crise de 1929 foi um exemplo da fragilidade da economia brasileira e também um aviso de que o país necessitava diversificar sua produção. Foi com a entrada de Getúlio Vargas em 1930 que o processo de industrialização tornou-se o eixo norteador das discussões e medidas políticas.
Qual foi a ação do governo brasileiro em resposta à Crise de 1929?
As principais iniciativas de combate aos efeitos da crise de 1929, no Brasil, foram realizadas por Getúlio Vargas, presidente a partir de 1930. Uma das medidas tomadas foi a compra e queima de sacas para garantir o aumento do preço do café no mercado internacional.
Medidas anticrise: na economia, Vargas precisou tomar medidas para reduzir os impactos da Crise de 1929 na economia brasileira. A principal medida foi tentar manter o preço do café valorizado no mercado internacional.
Como a Crise de 1929 impactou positivamente o Brasil?
As consequências da Crise de 1929 para o Brasil foram a crise do café e a intervenção estatal para estabilizar os preços do produto no cenário mundial.
Nascido em 19 de dezembro de 1905, o investidor Irving Kahn foi considerado o “domador de crises” devido à sua atuação no mercado financeiro na Crise de 1929.
A Crise de 1929 foi uma consequência da grande expansão de crédito por meio de oferta monetária (emissão de dinheiro e títulos) levada a cabo pelo Federal Reserve System (espécie de Banco Central dos EUA) desde os primeiros anos da década de 1920.
Kahn fez sua fortuna em meio à crise. Ele ainda era jovem, 23 anos, novato ainda no mercado financeiro. Na época, ele previu, corretamente, que os preços iam cair, e muito, e vendeu ações na Bolsa. A história do nascimento de sua fortuna virou lenda no mercado.
Qual o país que passou imune pelo período da Grande Depressão e por quê?
O aumento da crise na Alemanha acabou favorecendo a ascensão do nazismo e a chegada de Hitler ao poder em 1933. O único país que escapou relativamente ileso da crise foi a União Soviética, que na década de 1920 já havia iniciado a transição para o socialismo através da planificação de sua economia.
Esse plano econômico abriu portas para que o Estado tivesse participação direta na economia nacional. Entre outras ações, o New Deal estabelecia o controle na emissão de valores monetários, o investimento em setores básicos da indústria e a criação de políticas de emprego.
O Brasil tinha a economia baseada nas exportações de café. São Paulo era o maior produtor do grão, mas Minas tinha uma participação importante também. Em relação aos produtos industrializados, o País importava quase tudo o que consumia, sendo totalmente dependente de países do chamado Primeiro Mundo.
A renúncia de Getúlio Vargas, do seu regime do Estado Novo em 1945 e a posterior redemocratização do país, com a adoção de uma nova constituição em 1946 marca o fim da Era Vargas e o início do período conhecido como Quarta República Brasileira.
Graças a isso, a economia brasileira recuperava-se já em 1933, superando os níveis de 1928: o PIB em 1933 já era 9% maior do que o de 1928; o produto agrícola e o industrial eram respectivamente, 13% e 5% maiores.
O governo federal entrou em ação para tentar conter a crise no setor cafeeiro comprando grande parte dos estoques dos produtores. Com o objetivo de reduzir a oferta e conter a queda dos preços internacionais, o presidente Getúlio Vargas determinou a queima dos estoques de milhares de sacas de café.
A crise econômica de 1929 favoreceu a derrocada do comunismo e o surgimento de um novo modelo de Estado, adotando políticas revolucionárias nos estados capitalistas, os quais tiveram que considerar o planejamento econômico e a previdência social, ou seja, o bem-estar social.
O mais antigo destes data do reinado de Pedro I do Brasil, através de prêmios de subsídios governamentais. O primeiro estabelecimento a receber tal concessão foi a Fábrica das Chitas, devotada ao papel e à impressão, por um decreto de 26 de junho de 1826.
A economia era baseada no modelo primário-exportador, em que o Brasil importava produtos manufaturados com a receita da exportação de commodities. A pauta exportadora tinha como principais commodities o café, o algodão, a borracha e o açúcar.
Instabilidade política: Durante o ciclo do ouro, o Brasil passou por diversos períodos de instabilidade política, como as revoltas e conflitos internos. A instabilidade política prejudicava a estabilidade econômica e dificultava a implementação de políticas de desenvolvimento industrial.