O futebol feminino era tratado como uma performance, um show e não uma partida. Até a década de 40, o futebol entre mulheres existia longe de clubes ou grandes ligas. Havia prática em periferias, mas não há registros de uma seleção.
Até a década de 40, o futebol entre mulheres era longe de clubes ou grandes ligas, embora os registros das primeiras partidas datem dos anos 20. Apesar de ainda não ser proibida, a modalidade era considerada violenta e ideal apenas para homens.
Quando o futebol feminino começou a ter visibilidade?
O marco definitivo para o futebol feminino foi a participação brasileira na primeira Copa do Mundo Feminina, em 1991, na China. As jogadoras brasileiras demonstraram talento e habilidade, revelando ao mundo a força do futebol praticado por mulheres no país.
Os registros históricos apontam que o futebol feminino é praticado no Brasil há pelo menos 100 anos, inclusive durante o período de proibição pelo governo, de forma clandestina. Após a revogação do decreto-lei, as primeiras equipes oficiais apareceram no início da década de 80.
Como é visto a prática do futebol feminino no Brasil de uma forma geral?
No Brasil, o futebol feminino começou a ser mais visto perto dos anos 2000, devido à seleção feminina ter conseguido medalhas em jogos olímpicos e ficado em terceiro lugar na Copa do Mundo.
Veja como era o futebol feminino antes do sucesso do Fenômeno Marta!
Como o futebol feminino era visto pela sociedade?
O futebol feminino era tratado como uma performance, um show e não uma partida. Até a década de 40, o futebol entre mulheres existia longe de clubes ou grandes ligas. Havia prática em periferias, mas não há registros de uma seleção.
Foram exatos 38 anos em que o futebol feminino era vetado por decisão presidencial, assinada por Getúlio Vargas, mas mantida pelos presidentes subsequentes. Para efeito de comparação, a regulamentação ocorreu há apenas 40 anos – quatro anos depois da queda da proibição, em 1979.
O futebol feminino é a modalidade do futebol praticado com equipes compostas somente por mulheres. Apesar de em alguns países o futebol ser predominantemente praticado por homens, 188 países possuem seleção feminina e campeonatos de futebol profissionais e amadores para mulheres.
Por que o futebol feminino não tem a mesma visibilidade que o masculino?
De acordo com os dados, 42% da população acredita que as atletas de futebol feminino são excessivamente masculinizadas. Ou seja, na visão do público, as mulheres são vistas apenas nos extremos da hipersexualização ou masculinização dos corpos, o que impacta diretamente na autoimagem das praticantes.
Sexismo: Infelizmente, o preconceito de gênero ainda está presente em nossa sociedade. Desigualdade de investimento: o futebol feminino recebe menos investimento do que o masculino, isso pode causar a impressão de que é menor qualidade ou menos importante. Falta de visibilidade: recebe menos atenção da mídia.
Em 1983, o CND considerou o futebol feminino aceitável e o regulamentou. De acordo com documentos históricos guardados no Arquivo do Senado, em Brasília, houve parlamentares que pressionaram pela legalização do futebol feminino.
Como é o reconhecimento do futebol feminino nos dias de hoje?
Apesar das dificuldades e dos preconceitos que ainda enfrenta, o futebol de mulheres vem conquistando pouco a pouco o reconhecimento e os direitos que lhe foram tirados há tantos anos. Em 2022, de acordo com a ESPN, a modalidade feminina acumulou recordes de público pelo mundo, inclusive no Brasil.
O futebol feminino começou no final do século XIX e início do século XX, quando as mulheres começaram a participar de partidas informais e não oficiais. Porém, o crescimento e a aceitação do futebol feminino como um esporte organizado enfrentaram muitos desafios ao longo dos anos.
Quando o futebol feminino começou a ganhar visibilidade?
Apenas em 1983 o futebol feminino foi regulamentado. Esta exposição busca tornar mais conhecida a história das mulheres que lutaram pelo direito de jogar bola.
A competição inspira meninas ao redor do mundo. Ao incentivar e apoiar nossas atletas, contribuímos para a construção de uma geração de mulheres confiantes e determinadas a alcançar seus objetivos, tanto dentro quanto fora dos campos.
Como começou a presença feminina nos estádios de futebol?
A presença feminina nos estádios se deu a partir da própria dinâmica cultural da cidade que, por sua vez, foi influenciada pelos gostos e costumes europeus. Uma vez cristalizado como um hábito da alta sociedade, o futebol provocou nas mulheres uma forte identificação com um novo estilo de vida emergente.
O pé feminino é menor e tem menos volume. Além do encaixe ruim, o uso de chuteiras masculinas pode causar lesões e deformações. O artigo aborda outros problemas, como a qualidade dos gramados e o uso das mesmas bolas que os homens.
Por que o futebol feminino não tem reconhecimento?
Em terras tupiniquins, um dos motivos para essa desigualdade entre homens e mulheres no futebol, tem explicação na lei. Isso porque, na década de 40, o futebol feminino foi proibido no Brasil. Um decreto do governo Getúlio Vargas dizia que a prática não condizia com a “natureza” da mulheres!
Porque o futebol feminino não é tratado como o masculino?
Historicamente, o futebol feminino no Brasil sofre pela forma como tem sido tratado pela mídia, carecendo de apoio, organização e inserção midiática, apesar de já ter conquistado grandes avanços como listado acima. Existe grande disparidade na cobertura entre o futebol feminino e masculino.
Até a década de 40, o futebol entre mulheres era longe de clubes ou grandes ligas. O que se sabia era de prática em periferias. Não há registros de uma seleção. Apesar de ainda não ser proibida, a modalidade era considerada violenta e ideal apenas para homens.
Esporte mais popular no mundo, o futebol, quando praticado por mulheres, coloca em cena estereótipos de feminilidade e masculinida- de, e tende a contribuir positivamente para o alargamento dos limites do que é próprio às mulheres, subvertendo fronteiras de gênero.
Na Segunda metade do século XX, aconteceu na cidade do Rio de Janeiro o primeiro evento esportivo exclusivamente feminino, que marcou o processo da emancipação da mulher brasileira no esporte, os Jogos da Primavera, que eram uma grande festa social, esportiva e estética da época.
Qual é a importância da valorização do esporte feminino?
A representatividade feminina no esporte é importante para: Inspirar novas gerações de meninas e adolescentes a acreditarem que o esporte também pode fazer parte de suas vidas.
Maior presença nas atividades tradicionalmente dominadas por homens. As mulheres têm se destacado em atividades tradicionalmente dominadas por homens, como futebol, basquete, tênis, natação e atletismo. Suas conquistas e recordes estabelecidos têm inspirado gerações futuras de atletas femininas.