Para Spinoza, Deus é imanente – o entendimento divino (conhece e entende tudo). Não obstante, para Spinoza é significativo a diferença entre qualitativo e quantitativo, ou seja, o entendimento humano tem um alcance limitado, é finito. Todavia o entendimento divino é infinito, a diferença dar-se em termos quantitativo.
12). Assim sendo, segundo Espinosa, Deus é aquilo que existe por si só, e por mais nada é determinado a existir, e todo o mundo, ou tudo aquilo que existe, existe em Deus e é parte essencial de Deus, ou seja, Deus é tudo e tudo é Deus ao mesmo tempo.
Espinosa pensava Deus de outra maneira: se ele existe, então é porque tudo faz parte dele. Deus é a causa da sua existência e de tudo o que existe, ele é a absoluta potência produtiva, ele é a natureza. Ou seja, é por ter proposto um Deus tão, mas tão diferente, que Espinosa foi considerado Ateu.
Deus para Spinoza é o único motivo da existência de todas as coisas. Deus é a substância única e nenhuma outra realidade existe fora de Deus. Ele é a fonte única e Dele surgem todos os outros elementos. Deus existe em si e foi gerado por si, para existir ele não necessita de nenhuma outra realidade.
Segundo Espinosa, ele foi a manifestação suprema, mas humana, da Sabedoria Divina. Foi o homem sábio, que mais do que qualquer outro, que se identificou com o Espírito de Deus. Por isso, deve ser considerado como modelo para a Humanidade no seu todo, não perdendo a sua condição humana.
Em 24 de abril de 1929, Einstein telegrafou ao rabino Herbert S. Goldstein em alemão: “Acredito no Deus de Spinoza, que se revela na harmonia de tudo o que existe, não num Deus que se preocupa com o destino e os feitos da humanidade”.
De acordo com o filósofo, a teoria de Espinosa demonstra que a ambivalência da indissociabilidade entre a esperança e o medo está na origem da superstição e que o elemento supersticioso possibilita a mobilização de teses conspiratórias e de negacionismo científico.
A frase mais famosa de Baruch Spinoza é: Deus sive Natureza. Um dos primeiros pensadores do Iluminismo e da crítica bíblica moderna, incluindo das modernas concepções de si mesmo e do universo, ele veio a ser considerado um dos grandes racionalistas da filosofia do século XVII.
Pesquisador atento dos textos bíblicos, do Talmude – texto fundamental dos rabinos – e de obras essenciais da cultura hebraica, Spinoza investigava igualmente os escritos de grandes filósofos ocidentais, como Sócrates, Platão, Aristóteles, entre outros.
A natureza humana ao fazer uso do seu conatus não está agindo por livre vontade, mas apenas por necessidade de preservar a sua existência, sendo assim, Spinoza nos deixa claro que não existe o livre-arbítrio.
A frase Deus sive substancia sive natura (Deus é tanto substância como natureza), isto é, natura naturans e natura naturata, ou seja, substância e modos (acidentes) simultaneamente, explicita Espinosa da seguinte maneira: Deus é a natureza (Natur) infinita, absoluta (naturans), e tudo o que é, isso foi tornado ( ...
Platão concebe Deus como "artífice do mundo", porém com um poder limitado pelo modelo que ele imita: o mundo das ideias ou das realidades eternas. Já Aristóteles considera que Deus é o "primeiro motor" ao qual necessariamente se filiava a cadeia de todos os movimentos, pois tudo o que se move é movido por outra coisa.
teoria fundamental de Espinosa é a seguinte. Ele era um determinista e, diferente dos estoicos, afirmava que o homem tem poder sobre os afetos, que a razão pode alterar a ordem das conexões das emoções e fazer com que concordem com a ordem e as conexões dadas na razão.
Ele respondeu: “Acredito no Deus de Spinoza que se revela por si mesmo na harmonia de tudo que existe, não no Deus que se interessa pela sorte e pelas ações dos homens”. Deus, para Spinoza, não é propriamente o Criador do Universo, mas é o Universo em si, a própria Natureza.
Conforme escreveu Einstein, "acredito no Deus de Spinoza, um Deus que se manifesta na harmonia de tudo o que existe, e não num Deus que se preocupa com o destino e as ações dos homens". Para Spinoza, as próprias leis da natureza podiam ser identificadas com a mente de Deus.
Espinosa sofreu a excomunhão por questionar valores sagrados dentro da comunidade judaica e expressar opiniões muito diferentes das de sua religião. Depois de seu afastamento, Espinosa pôde se dedicar integralmente à filosofia, vivendo de maneira modesta, exercendo o ofício de polidor de lentes.
Spinoza apresenta o conceito de Deus em seu livro mais famoso a Ética demonstrada à maneira dos geômetras. Nele afirma que, afora Deus, nada pode ser dado nem concebido e que, tudo o que existe, existe em Deus, sem Deus nada pode ser, nem pode ser concebido.
Por manifestar interesse na filosofia de René Descartes, de Thomas Hobbes e de filósofos cristãos, o jovem Baruch de Spinoza atrai a ira dos judeus fanáticos.
Como Spinoza se posiciona perante as Escrituras Sagradas?
Spinoza adverte que, nada é sagrado ou profano, só em função do uso se tornará uma coisa ou outra. Isso si- gnifica que as Escrituras só podem ser consideradas palavra de Deus na perspectiva religiosa.
Para esse momento, Albert Einstein sempre respondia: eu acredito no Deus de Spinoza. Quem não havia lido Spinoza se calava. Mas quem conhecia Baruch de Spinoza, compreendia o que o teórico alemão pensava sobre Deus ou a natureza.
A filosofia de Espinosa demonstra que a imagem de Deus, como intelecto e vontade livre, e a do homem, como animal racional e dotado de livre-arbítrio, agindo segundo fins, são imagens nascidas do desconhecimento das verdadeiras causas e ações de todas as coisas.
Espinosa apresenta uma filosofia crítica sobre as formas de superstição em todas as suas formas: religiosa, política e filosófica. De acordo com ele a superstição é uma paixão negativa que nasce na imaginação humana que impede de compreender as leis necessárias do universo.
A liberdade em Espinosa coincide com a potência de ação, como a ação empreendida sobre as condições de existência a partir de um conhecimento que é uma síntese afetivo-reflexiva sobre as afecções que compõem bons encontros com nossos corpos, aumentando a potência de agir - e aí está a potência de ação como efeito dos ...