A ameaça iminente mantém o país em constante estado de alerta. Em 2022, Tóquio destinou 15 trilhões de ienes para projetos de resistência a desastres naturais até 2040. A capital também revisa periodicamente seu plano de gerenciamento de desastres causados por terremotos.
No Japão, tecnologia é braço forte da construção civil
Esses são alguns sinais clássicos de um terremoto. Esses tremores de terra costumam ser responsáveis pela morte de milhares de pessoas em todo mundo, mas seus efeitos podem ser minimizados com a adoção de normas de construções arquitetônicas anti-sísmicas.
Quais são as ações tomadas pela população do Japão para enfrentar os terremotos frequentes?
**Sistemas de Alerta Precoce:** O país utiliza sistemas de alerta precoce que detectam terremotos em seus estágios iniciais e enviam avisos para a população através de alarmes, mensagens de texto e mídias sociais, dando tempo para que as pessoas se preparem e busquem abrigo.
“O Japão está situado nas fronteiras de quatro placas tectônicas, o que o torna uma das áreas mais propensas a terremotos no mundo”, disse Shoichi Yoshioka, professor da Universidade de Kobe no Japão.
Um terremoto de magnitude 7,6 (numa escala de 10) atingiu o Japão no primeiro dia de 2024, deixando pelo menos 57 mortos. Prédios desabaram em diversas províncias, na região central do país. Em maio de 2023, um outro sismo já havia assustado a população, na capital Tóquio.
Terremoto de magnitude 7,6 atinge o Japão, e país emite alerta de tsunami
Como será o Japão em 2050?
O Japão será neutro em carbono até 2050, declarou seu primeiro-ministro, fazendo uma promessa ambiciosa de acelerar drasticamente as metas de combate ao aquecimento global do país, mesmo planejando construir mais de uma dúzia de usinas a carvão nos próximos anos.
Andorra. Andorra é o país mais seguro contra desastres naturais devido à sua localização montanhosa e isolada, que o protege de muitos eventos climáticos extremos.
Qual o segredo do Japão para resistir a um terremoto que seria devastador em outros lugares?
Os edifícios modernos de tijolos, construídos segundo os padrões europeus, desmoronaram. O desastre levou à elaboração do primeiro código de construção resistente a terremotos do Japão. A partir de então, os novos edifícios precisariam ser reforçados com aço e concreto.
Abrigue-se no vão de uma porta interior, nos cantos das salas ou debaixo de uma mesa ou cama. Mantenha-se afastado de janelas e espelhos. Tenha cuidado com a queda de candeeiros, móveis ou outros objetos. Se está num local com grande concentração de pessoas fique dentro do edifício, até o sismo cessar.
O Japão também desenvolveu um sistema de alerta líder mundial que dá às pessoas tempo para se prepararem para um abalo. Uma rede de sismógrafos foi instalada em todo o país, que detecta as ondas iniciais e calcula o tamanho potencial e o local do terremoto.
Isso torna o país um local muito propenso a terremotos de todos os níveis de intensidade, mas por que tantos terremotos? Isto acontece basicamente porque o Japão está localizado numa área sísmica muito ativa, cita o USGS. .
Todos os andares possuem, além de paredes de concreto, uma estrutura de aço interna, que ajuda a suportar o peso do prédio. Esses amortecedores absorvem grande parte do impacto provocado pelos tremores. Assim probabilidade do edifício sofrer rachaduras ou abalos estruturais diminui.
Porque o Japão desenvolveu tecnologias contra terremotos?
Em meio à destruição causada por inúmeros terremotos que atingem o Japão, muitos prédios continuam em pé, apesar dos fortes tremores. O que explica isso são as altas tecnologias construtivas desenvolvidas há anos pelos japoneses para minimizar os prejuízos e mortes causados por esses desas- tres naturais.
“Os terremotos mais fortes ocorrem nas bordas das placas tectônicas. O Chile está ao longo do limite entre a placa oceânica de Nazca (parte do fundo oceânico do Pacífico) e a placa da América do Sul. Já o Brasil está no meio da placa Sul-Americana, longe das suas bordas”, explica Assumpção.
As últimas erupções do Cumbre Vieja foram em 1949 e 1971, e, embora tenha havido deslizamentos de terra, nenhuma movimentação anormal foi registrada. As chances, portanto, do Brasil ser atingido por um grande tsunami são ínfimas, praticamente nulas.
1. Valdivia, Chile, 1960 (9,5) O maior tremor já registrado na história ocorreu na América do Sul, perto da cidade de Valdivia, no Chile. Por cerca de dez minutos, a terra tremeu ao longo da costa chilena, promovendo tsunamis e causando a morte de 5,7 mil pessoas, assim como destruição de inúmeras estruturas.
Cerca de 90% dos terremotos no mundo ocorrem na região conhecida como Cinturão de Fogo do Pacífico: uma área de intensa atividade sísmica e vulcânica que inclui o oeste do continente americano e o leste da Ásia, onde está o Japão.
Qual foi o último grande terremoto ocorrido no Brasil?
Em 7 de junho de 2022, Tarauacá, no noroeste do Acre, tinha registrado abalo de 6,5 graus, o segundo maior tremor da história do País. Na ocasião, o terremoto não deixou vítimas, nem danos materiais.
2024). O tremor fez disparar um alerta de tsunami na região. Segundo a Agência Meteorológica do Japão, o epicentro do terremoto ocorreu na costa leste da ilha de Kyushu, uma das principais ilhas do Japão, localizada no sul do país. A profundidade foi de cerca de 30 quilômetros.