Leitura labial é o nome popular da chamada leitura orofacial, a técnica de comunicação para pessoas surdas em um mundo de ouvintes que não falam ou não desejam aprender a Língua Brasileira de Sinais (Libras). “É o reconhecimento das formas que a boca assume durante a pronúncia de uma palavra.
Uma alternativa que pais e responsáveis na comunidade surda vêm apostando é a existência de escolas bilíngues, que trabalhem tanto a alfabetização através do método fônico, quanto a alfabetização para surdos através da libras.
Bisol. A língua de sinais é a língua natural para a pessoa surda, ou seja, a língua que abriga seus pensamentos e sentimentos. A língua de sinais funciona como suporte do pensamento, como meio de comunicação e é através dela que o surdo pode pensar o mundo e aprender outras línguas.
Acontece que o surdo não oralizado não tem o português como sua língua materna. Sua primeira língua é a Língua Brasileira de Sinais – Libras, uma língua que acontece no espaço e no seu campo visual, que ainda não tem grafia amplamente reconhecida e cuja estrutura frasal em muito diverge do português.
Surdos sinalizados são aqueles que se comunicam por meio de sinais ou gestos; sua primeira língua é a Libras e muitos apresentam dificuldade em compreender a língua portuguesa. Os surdos bilíngues dominam as duas línguas, ou seja, usam a língua de sinais oficial e falam e/ou escrevem a língua oficial do país.
Dicas para ensinar uma criança surda a ler e escrever
Quem é surdo sabe ler?
Ao menos para grande parte dos surdos. Apesar de não ser de conhecimento geral, pessoas com deficiência auditiva não sabem, necessariamente, ler e escrever na Língua Portuguesa. Idiomas oficiais do Brasil, a Língua Brasileira de Sinais (Libras) e o Português são duas línguas diferentes.
A maioria dos surdos têm as cordas vocais em perfeito funcionamento, portanto, são minorias os surdos que também são mudos. Muitas pessoas surdas não falam porque não aprenderam a falar. Alguns surdos falam, são os surdos oralizados, que desenvolveram a fala através de um trabalho com fonoaudiologia.
A dificuldade de aprendizado da língua portuguesa escrita pode estar ligada a diversos fatores, como a dificuldade de aprender através da fonética e som, a aquisição de linguagem tardia, ou mesmo, a diferença da estrutura gramatical da Libras e do português.
A criança surda aprende através da percepção visual, a visão lhes proporciona a aprendizagem, já o ouvinte escuta e reproduz através da fala. Nesse contexto, de acordo com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Lei n.
Assim, o ensino para surdos passou a ter também a proposta de uma educação bilíngue, onde a Libras é considerada uma primeira língua e o português escrito uma segunda língua.
Nem todo surdo é mudo. Uma boa parte aprendeu a falar por terapia com fonoaudióloga desde cedo, alguns até usam tecnologias auditivas. E outros perderam a audição depois de aprender a falar normalmente. E continuam falando depois de perder a audição.
Segundo Valentini e Bisol, para aprender, as pessoas surdas constroem um sistema que não mais representa a primeira língua, ou seja, a língua de sinais, mas também não representa a língua alvo, ou seja, o português escrito; por esse motivo, muitas vezes encontramos os textos das pessoas surdas com uma estrutura de ...
A criança surda precisa aprender duas línguas para se alfabetizar, primeiramente, precisa aprender sua língua natural: língua de sinais, e aprender a língua portuguesa na modalidade escrita, para poder interagir e se incluir no mundo letrado.
Muitos Deficientes Auditivos realizam a leitura labial ou utilizam do recurso da legenda (nos casos de vídeos). Algumas dicas para utilizar na sala de aula são: Se utilizar vídeos, ofereça legenda simultânea. Durante a explanação da disciplina ou uma simples conversa, posicione-se à frente da pessoa.
Para o surdo, a aquisição da modalidade escrita representa a alfabetização em uma outra língua com diferenças sintáticas, morfológicas e fonéticas. Por isso, as irregularidades morfossintáticas identificadas na escrita dos indivíduos surdos coincidem com construções próprias da língua de sinais.
A pessoa surda não é necessariamente muda, inclusive, são pouquíssimos os surdos que não têm alguma manifestação vocal. Muitos surdos são oralizados e falam corretamente o idioma que aprenderam.
A educação bilíngue refere-se ao uso de duas línguas para se comunicar, no caso de indivíduos surdos, L1(primeira língua) língua de sinais e L2 (segunda língua) língua oficial do país.
O aluno com surdez na abordagem bilíngüe terá a língua de sinais como sua língua oficial e como segunda língua o português. Assim a criança sabendo a língua de sinais desde pequena, ela terá muito mais chance de aprender a ler, escrever, enfim ser alfabetizada.
Os surdos têm laringe, que é o órgão responsável pela emissão dos sons, e podem sim aprender a falar. O surdo só será mudo se tiver alguma outra deficiência que o impeça de emitir os sons. A surdez, por si só, não provoca nenhuma perda no aparelho fonador - responsável pela fala.
As pessoas que apresentam essa deficiência geralmente se comunicam através de gestos, numa linguagem própria, feita através de sinais. Essa linguagem recebe a nomenclatura de Língua Brasileira de Sinais, mais conhecida como LIBRAS.
E por que isso acontece? É uma resposta bem simples: a pessoa surda é capaz de escrever com base no conhecimento que obteve previamente e tem como primeira língua a libras. Quanto maior for o contato com conteúdos escritos e participação social, maior será a quantidade de vocabulários memorizados.
A língua de instrução para as pessoas surdas é a língua de sinais e a língua oral do país é ensinada na modalidade escrita. A participação do intérprete é muito importante.
Os surdos oralizados aprenderam a falar a língua oficial do país. Podem usar ou não aparelho auditivo, ter implante coclear ou fazer leitura labial e, por isto, alguns deles são confundidos com pessoas ouvintes.