Durante as Idades Média e Moderna, novos cenários se desenharam para os indivíduos surdos [1]: se, em alguns contextos, foram marginalizados e tidos como não educáveis, em outros passaram a contar com esforços assistenciais, caritativos e instrucionais [2].
Como os surdos eram considerados na Idade Moderna?
Já na Idade Moderna, foram criadas novas nomenclaturas para referir-se à pessoa Surda, antes consideradas surdas-mudas. Com o tempo, muitos pensadores começaram a perceber que os Surdos não podiam ouvir ou falar, mas tinham uma forma de se expressar através de gestos e mímicas.
Nesta definição de Skliar(1998) o objeto da modernidade é fazer com que o surdo se molde de forma a fazer desaparecer sua diferença. O resultado disso é a presença do modelo ouvinte com sua importância e o ser surdo como a personificação do ser deficiente.
Strobel mostra que na Idade Antiga os surdos eram adorados no Egito e na Pérsia, pois se acreditava que eles se comunicavam com os deuses, mas na Grécia e em Roma, eles eram assassinados e os que escapavam eram escravizados. Na Idade Média, eram tidos como objeto de curiosidade, como seres estranhos.
Como o surdo era visto pela sociedade na Idade Média?
Acreditava que os surdos podiam se comunicar por meio de gestos, que, em equivalência à fala, eram aceitos quanto à salvação da alma. E, os cristãos, até à Idade Média, acreditavam que os surdos, diferentemente dos ouvintes, não possuíam uma alma imortal, uma vez que eram incapazes de proferir os sacramentos.
Historicamente, os surdos, como parte das minorias nacionais, sempre foram vistos como “sujeitos dignos de pena” pela sociedade, uma vez que são considerados “menos capazes que os 'ouvintes'”. De acordo com Gomes e Ficagna (2017, p.
Para a sociedade da época, os surdos na Idade Média eram quase que totalmente excluídos. Isso ocorria principalmente em virtude de determinadas crenças sociais e religiosas, que interferiam na forma como as pessoas no geral viam as pessoas surdas.
O patrono da nossa escola é: Charles Michel de L'épée, nascido em 25 de novembro de 1712, em Versalhes, França, foi um educador filantrópico francês do século XVIII, que ficou conhecido como o “Pai dos surdos”“.
O Congresso de Milão, em 1880, foi um momento obscuro na História dos surdos, uma vez que lá, um grupo de pessoas, a maioria ouvintes, tomou a decisão que a língua oral seria utilizada na educação e no ensino de surdos, substituindo-a língua de sinais/gestuais (o comité do congresso era unicamente constituído por ...
A primeira experiência educacional com surdos foi desenvolvida pelo monge beneditino Pedro Ponce de Leon (1510-1584), sendo reconhecido como o primeiro professor de surdos, ao desenvolver um alfabeto manual que auxiliava os mesmos a soletrar as palavras.
O que explica historicamente como eram vistos os problemas dos surdos?
O início da história do surdo
Para se ter uma ideia, em algum momento da história, esse tipo de deficiência era visto como algum tipo de castigo dos deuses. Sendo assim, os surdos marginalizados e, às vezes, obrigados a viver separados de suas famílias.
Os surdos são tratados preconceituosamente como incapazes de apreender. Os recursos visuais, caminho quase que óbvio para o ensino de quem não ouve, não recebe a devida atenção de parte dos professores observados. Quais seriam os caminhos para uma boa educação dos surdos?
O surdo não tem dificuldades apenas no mercado de trabalho, há também o forte preconceito da sociedade para com ele, pois há a crença de que eles sejam burros, e o fato de boa parte não ser alfabetizada na Língua Portuguesa e ter como Primeira Língua a LÍBRAS, que impacta ainda mais a comunicação com os ouvintes, ...
O que marcou o início da Idade Moderna foi a conquista da cidade de Constantinopla pelos otomanos, em 1453; já o que encerrou esse período foi a Queda da Bastilha, evento que deu início à Revolução Francesa, em 1789.
As pessoas que apresentam essa deficiência geralmente se comunicam através de gestos, numa linguagem própria, feita através de sinais. Essa linguagem recebe a nomenclatura de Língua Brasileira de Sinais, mais conhecida como LIBRAS.
Durante as Idades Média e Moderna, novos cenários se desenharam para os indivíduos surdos [1]: se, em alguns contextos, foram marginalizados e tidos como não educáveis, em outros passaram a contar com esforços assistenciais, caritativos e instrucionais [2].
No Congresso Mundial de Professores de Alunos Surdos, realizado em Milão (Itália), em 1880, ficou estabelecido que o Método Oral (Oralismo) era o mais adequado na educação do surdo, sendo então proibido o uso da Língua de Sinais na Europa. Essa proibição se estendeu ao Brasil em 1881.
Trinta anos depois que a Libras voltou a ser utilizada para o ensino, foi sancionada no Brasil a Lei nº 10.436/2002. Essa lei a reconheceu como meio legal de comunicação e expressão, reconhecendo também os outros recursos de expressão a ela associados. Em 2022, a Lei completou 20 anos.
A surdez congênita pode ser causada por inúmeros fatores, ente eles a genética, o uso de drogas ou doenças adquiridas pela mãe na gestação, como meningite, toxoplasmose e rubéola. Esse é um assunto importante, uma vez que a audição desempenha um papel fundamental no crescimento infantil.
O atual Instituto Nacional de Educação de Surdos foi criado em meados do século XIX por iniciativa do surdo francês E. Huet, tendo como primeira denominação Collégio Nacional para Surdos-Mudos. Em junho de 1855, E.
A preocupação com a aprendizagem dos surdos data do século XVI. Anteriormente, os chamados surdos-mudos não eram considerados aptos para receber educação formal, pois a palavra oral tinha importância fundamental.
A Língua Brasileira de Sinais, também conhecida como Libras, é a língua utilizada na comunicação dos surdos no Brasil. Essa língua desenvolveu-se a partir da fundação do Instituto Nacional de Educação de Surdos, no século XIX, quando d. Pedro II convidou o francês Ernest Huet para ensinar surdos aqui.