O método Paulo Freire estimula a alfabetização dos adultos mediante discussão de suas experiências de vida entre si, através de palavras presentes na realidade dos alunos, que são decodificadas para a aquisição da palavra escrita e da compreensão do mundo.
Foi alfabetizado pela mãe, que o ensina a escrever com pequenos galhos de árvore no quintal da casa da família. Em Jaboatão concluiu a escola primária. Em seguida, fez o primeiro ano ginasial no Colégio 14 de Julho.
Para Freire (1987), o processo de alfabetização acontecia através do diálogo com os estudantes da EJA, onde as questões sociais eram problematizadas, daí salientava a importância do diálogo.
Seu método ficou conhecido nacionalmente com o trabalho realizado na cidade de Angicos (RN), em 1963, onde Freire alfabetizou 300 trabalhadores rurais em 40 dias. Por isso, foi chamado por Paulo de Tarso Santos, ministro da Educação do governo de João Goulart, para fazer uma campanha nacional de alfabetização.
Para Freire (1983) a alfabetização é um ato criador, no qual o analfabeto apreende criticamente a necessidade de aprender a ler e a escrever, preparando-se para ser o agente desta aprendizagem. E consegue fazê-lo na medida em que a alfabetização é mais que o simples domínio mecânico de técnicas para escrever e ler.
Como aplicar o método Paulo Freire na alfabetização?
Como funciona o método? O método Paulo Freire de alfabetização é dividido em três etapas: investigação, tematização e problematização. Na etapa de investigação, aluno e professor buscam, no universo vocabular do aluno e da sociedade onde ele vive, as palavras e temas centrais de sua biografia.
Quais são os princípios da alfabetização popular proposta por Paulo Freire?
Os princípios em questão são: Diálogo; Construção compartilhada do conhecimento; Amorosidade; Problematização; Construção do projeto democrático e popular; Convivência não hierarquizada; e Emancipação.
Aprendeu a ler e a escrever com os pais, à sombra das árvores do quintal da casa em que nasceu. Tinha oito anos quando a família teve que se mudar para Jaboatão, a 18 km de Recife. Aos 13 anos perdeu o pai e seus estudos tiveram que ser adiados. Entrou no ginásio com 16 anos.
Paulo Freire compreendia que o sujeito aprende para se humanizar. De acordo com o educador, aprender é complemento da formação do sujeito como humano. “Se aprende na relação com o outro, no diálogo com outro, na aproximação dele com o conhecimento do outro.
Para Freire, ensinar é uma especificidade humana e ele prioriza a necessidade de o professor saber escutar o educando, sendo o diálogo a sua principal ferramenta de ensino 3. Freire P. Pedagogia da Autonomia.
Um dos principais conceitos da teoria de Paulo Freire fala sobre uma educação orientada para a cidadania. Para o pedagogo, um processo de aprendizagem bem conduzido leva em conta a realidade dos estudantes e da comunidade escolar, estabelecendo uma conexão entre cultura, conhecimento e sociedade.
Quais os métodos de alfabetização de Paulo Freire?
Ao elaborar um método pedagógico, Freire revolucionou o ensino no país e, desde então, o “Método Paulo Freire” se tornou referência para o desenvolvimento educacional. O método de alfabetização criado por Paulo Freire é dividido em três etapas: investigação, tematização e problematização.
Sendo assim, para Freire, a base da pedagogia é o diálogo. A relação pedagógica necessita ser, acima de tudo, uma relação dialógica. Essa premissa está presente no método em diferentes situações: entre educador e educando, entre educando e educador e o objeto do conhecimento, entre natureza e cultura.
"Quando a educação não é libertadora, o sonho do oprimido é ser o opressor." "Se a educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela tampouco a sociedade muda." "Ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua própria produção ou a sua construção."
Essas experiências resultaram na denominada “experiência de Angicos”, em 1963, que causou alvoroço na cidade. Ele ensinou 300 adultos a ler e a escrever em 45 dias.
Qual o posicionamento de Paulo Freire sobre o analfabetismo?
O sujeito analfabeto, foco da ação alfabetizadora, para Freire, “não é um homem perdido, o analfabetismo não é uma chaga ou enfermidade”, é um homem que inserido na cultura escrita, não aprendeu a ler e escrever (Freire & Macedo, 1990), visão completamente oposta à que circula na sociedade, na mídia, na política ...
É reconhecido principalmente pelo desenvolvimento de uma pedagogia crítica, baseada no diálogo como ferramenta de reflexão sobre o mundo e a própria experiência nele, sempre em busca da emancipação individual e social.
Alfabetização: leitura do mundo, leitura da palavra. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2013.), na qual se verifica que, para Paulo Freire, a comunicação deve ser sempre um projeto de construção coletiva, porque é diálogo que se faz com as pessoas, entre elas, e não pelas pessoas ou para elas.
Ler é uma operação inteligente, difícil, exigente, mas gratificante. Ninguém lê ou estuda autenticamente se não assume, diante do texto ou do objeto da curiosidade a forma crítica de ser ou de estar sendo sujeito da curiosidade, sujeito da leitura, sujeito do processo de conhecer em que se acha.
Freire acreditava que, por trabalhar com a alfabetização de adultos pobres, esses conceitos auxiliariam no objetivo de tornar a educação libertadora e que, dessa forma, despertaria a consciência dos alunos para as relações de opressão nos ambientes de trabalho e para as injustiças sociais existentes na sociedade.
“Paulo Freire defende o respeito aos indivíduos, a responsabilidade com o outro ser humano e com a natureza, e o estímulo ao pensamento crítico. Isso confronta o período em que vivemos, permeado por um discurso de ódio e de estímulo à violência. De apoio à militarização e à destruição ambiental.
A educação é vista por Freire como pedagogia libertadora capaz de torna-la mais humana e transformadora para que homens e mulheres compreendam que são sujeitos da própria história. A liberdade torna o centro de sua concepção educativa e esta proposta é explícita desde suas primeiras obras.